Que falta você faz George…


Hoje fazem exatos 10 anos em que perdemos George Harrison, e o vitrola não poderia deixar de homenageá-lo.

George foi o Beatle,
.mais tímido: detestava entrevistas e a histeria dos fãs, George queria mesmo era tocar.
.o mais musicalmente talentoso: escreveu “a música mais romântica de todos os tempos” de acordo com Frank Sinatra, “Something”, além de vários outros sucessos para os beatlemaníacos como “Here Comes The Sun” e “Norwegian Wood”, além de completar Paul e John fazendo os mais famosos riffs de guitarra da década de 60 e 70.
.o mais renegado: Por ser tímido, John e Paul se destacavam mais (e adoravam), escondendo ainda mais o talento tímido de George, que se contentava em ser o guitarrista fiel.
.o mais tranquilo: George era tão tranquilo que nem a separação polêmica dos Beatles o abalou, ele seguiu gravando com Ringo, John e Paul, mesmo que separadamente.
.o mais pacífico: George começou muito antes de John Lennon a trabalhar seu lado espiritual, e com isso, caminhar para mais perto da paz. Foi ele também que, ao invés de agredir um invasor em sua casa, cantou trechos “Hare Krishna” para acalmar o agressor que o esfaqueou.
.o primeiro a fazer um disco triplo: George deu “um tapa de luva” na separação dos Beatles lançando “All Things Must Pass”, album triplo de sucessos do Beatle tímido que foram ignorados por John, Paul e seus empresários.
.o amigo fiel: George era tão fiel a seus amigos, que largou Pattie Boyd, sua esposa até 1973, para que Eric Clapton se casasse com ela…e a amizade continuou, com eles se chamando de “husbands in law”.
.o primeiro a visitar o Brasil: George adorava fórmula 1, e veio aqui, em 1979, no GP de Interlagos.
.o discreto: George morreu em paz, e em família, de uma maneira tão discreta, que nem seu filho Dhani Harrison soube onde ele havia morrido. Foi da maneira como ele queria, e suas cinzas foram levadas ainda no dia 29 de novembro, a Índia, e somente no dia 30 de novembro de 2001, sua morte foi noticiada pelos jornais mundiais.

George foi mais do que 1/3 de Beatles, foi um dos melhores guitarristas da história, foi um humanista, foi um herói. Foi discreto, como sempre foi, mas marcou todos os beatlemaníacos (ou não), com seu sorriso tímido, seu cabelo desarrumado e os dentes tortos. Ah George, que falta você faz…

Os Favoritos dos Sousa: Wilson das Neves

Wilson das Neves (Rio de Janeiro – 14 de Junho de 1936) é um baterista, cantor e compositor brasileiro.

Entre 1957 e 1968, Wilson das Neves acompanhou a pianista Carolina Cardoso de Menezes, foi membro do Conjunto de Ubirajara Silva, estreou como músico de estúdio na Copacabana Discos, se integrou em conjuntos como o de Steve Bernard e o de Ed Lincoln. Tocou com o flautista Copinha, com o pianista Eumir Deodato no conjunto “Os Catedráticos”, e com Eumir e Durval Ferreira, no grupo “Os Gatos”. Fez parte da orquestra de Astor Silva, da orquestra da TV Globo e da orquestra da TV Tupi de São Paulo, liderada pelo maestro Cipó. Desse período até 1973, acompanhou artistas como Elis Regina, Egberto Gismonti, Wilson Simonal, Elizeth Cardoso, Roberto Carlos, Francis Hime, Taiguara e Sérgio Sampaio.

Acompanhou artistas internacionais como Toots Thielemans, Michel Legrand e Sarah Vaughan.

Figura presente no samba, o baterista tocou ao lado de grandes nomes do gênero como João Nogueira, Beth Carvalho, Cartola, Nelson Cavaquinho, Clara Nunes, Roberto Ribeiro, Martinho da Vila e muitos outros.

Como compositor, é parceiro de Aldir Blanc, Paulo Cesar Pinheiro, Nei Lopes, Ivor Lancellotti, Claudio Jorge, Moacyr Luz e Chico Buarque, com quem toca desde 1982.

Gravou em 1996, o disco “O Som Sagrado de Wilson das Neves”, lançado pela CID.Atualmente acompanha Chico Buarque em sua turnê e faz parte da Orquestra Imperial.

Discografia

  • Elza Soares – Baterista: Wilson das Neves (1968 – Odeon)
  • Juventude 2000 – Wilson das Neves e seu Conjunto (1968 – Parlophone/Odeon)
  • Som Quente é o das Neves – Wilson das Neves e seu Conjunto (1969 – Polydor)
  • Samba Tropi – Até aí morreu Neves – Wilson das Neves e seu Conjunto (1970 – Elenco/Philips)
  • O Som Quente É O Das Neves – Wilson das Neves E Seu Conjunto (1976 – Underground/Copacabana)
  • O Som Sagrado de Wilson das Neves (1996 – CID)
  • Brasão de Orfeu (2004 – Acari Discos/Biscoito Fino)
  • Pra Gente Fazer Mais Um Samba (2010 – MPB/Universal Music)

Mais Wison das Neves no Raras Músicas

Show: Ringo Starr and His All Star Band: Chevrolet Hall Belo Horizonte 16/11/11

COTAÇÃO:

O primeiro Beatle a tocar em BH não decepcionou. Num show com público e beatlemaníacos de todas as idades, acompanhado por uma banda de celebridades: Edgar Winter (teclado e Sax), Wally Palmar (guitarra), Gary Wright (guitarra), Rick Derringer (guitarra) e Richard Page (baixo), Gregg Bissonette (na outra bateria) e Mark Rivera (sax), Ringo fez o Chevrolet Hall cantar e dançar por quase 2 horas do mais puro rock’n roll. Ringo e sua banda seguiram o mesmo set list de 22 títulos já apresentado em outras cidades.  “It Don’t Come Easy”  abriu a apresentação e agitou o público, que foi ao delírio com a primeira das músicas dos Beatles:  “Honey Don’t”. Durante o show, Ringo ficou por mais tempo atrás da bateria, onde certamente ele se sente mais à vontade, entremeando músicas de sua carreira solo, sucessos de seus companheiros de banda e músicas dos Beatles. Destaques para “I Wanna Be Your Man”, “Act Naturally” e “Yellow Submarine” , além da bela  “Photograph” e os momentos solos de Rick Deringer , com “Hang on Sloopy” e o show de competência e versatilidade de Edgar Winter com a instrumental “Frankenstein”. Para o final “With a Little Help From My Friends”, emendada com uma citação de “Give Peace a Chance”, clássico de John Lennon.  Ringo nos faz crer, que mesmo nestes tempos de axé, seranejo brega e hip hop , o rock continua sobrevivendo com dignidade e força. Long life Ringo Starr, Long life All Star Band, Long life rockn’n roll ! Dou 4 estrelas e meia

Os 50 Solos de Guitarra Mais Influentes do Rock – Parte IX

#30 – Randy Rhoads- Crazy Train  (1980)

Porque é importante: Depois de Van Halen, não seria nada fácil para um roqueiro de Los Angeles deixar a sua marca, mas Randy Rhoads conseguiu, e em grande estilo. Em sua estreia com Ozzy. Rhoads pegou o que ele havia absorvido de Mick Ronson, Gary Moore e Bach e sintetizou tudo isto numa obra prima do metal. Ele não foi o primeiro a misturar música erudita e rock, mas foi quem abriu as portas para guitarristas como Zakk Wylde e Tom Morello. (Guitar Player)

Randy Rhoads /Jackson Flying V/Gibson Les Paul 1974 Creme de Randy Rhoads

#31 – Stevie Ray Vaughan – Pride and Joy  (1983)

Porque é importante: A segunda faixa de Texas Flood, álbum de estreia de Stevie ray Vaughan, intitulada Pride and Jiy, estourou nas ondas de rádio, graças a sua ótima melodia, letra cativante e um solo arrebatador, no qual Vaughan manda ver em uma serie de licks matadores, apoiados pelo timbre grandioso de seu equipamento Fender/Dumble. A habilidade de Stevie ray em compor e seu estilo, muito influenciado por Hendrix e Albert King foram essenciais para transformar o que era fundamentalmente um shuffle clássico em uma faixa [unica e magistral, que todo roqueiro tradicional deve conhecer. Quem achava que tcava com paixão e energia, teve que rever seus conceitos, pois Stevie Vaughan deu uma aula do tamanho do estado do Texas. (Guitar-Player)

Stevie e a Fender SRV

#32 – Yngwie Malmsteen – Black star (1984)

Porque é importante: Mike Varney já tinha a fama de descobridor de grandes guitarristas quando, em 1983, escreveu sobre um garoto sueco, com o nome engraçado. Muitos ouviram Malmsteen pela primeira vez nesta obra prima da guitarra virtuose. Com velocidade estonteante, arpejos clássicos deslumbrantes, vibratos grandiosos e maravilhoso timbre de Stratocaster com Marshall, Yngwie imprimiu uma nova técnica à guitarra rock. Malmsteen virou o jogo para sempre com este solo. Basta perguntar a Paul Gilbert, Jason Becker ou qualquer outro músico que já tenha feito um sweep em um arpejo, desde então. (Guitar Player)

Yngwie Malmsteen e suas Fender Stratocaster

Meu Primeiro Disco

Este é um disco marcante de minha coleção. Como disse Raul Seixas ” Ao chegar do interior, inocente puro e besta” , tinha eu meus 12 anos, quando fui ao cinema assistir em Cinemascope (uma tela enorme e ligeiramente curva), o lançamento de 2001, Uma Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick. Voltei para casa maravilhado, com o filme, mas especialmente com a trilha sonora. Era véspera de meu aniversário e não tive dúvida – meu presente : a trilha do filme. A partir daí decidí iniciar a minha imensa coleção de músicas. Inicialmente LPs, compactos simples e duplos,cassetes,  depois CDs, DVDs, mp3, FLAC, e finalmente mp4 para ipod.Não tenho formato predileto, cada um com suas vantagens e desvantagens, um pra cada hora. Hoje o Raras Músicas disponibiliza para vocês o disco nº 00001 da minha coleção.

Faixas/Tracks:

 

01. Overture: Atmospheres – The Sudwesfunk Orchestra, Ernest Bour
02. Main Title: Also Sprach Zarathustra (Thus Spake Zarathustra) – The Vienna Philharmonic, Herbert Von Karajan
03. Requiem For Soprano, Mezzo Soprano, Two Mixed Choirs & Orchestra – The Bavarian Radio Orchetra, Francis Travis
04. The Blue Danube (Excerpt) – The Berlin Philharmonic Orchestra, Herbert Von Karajan
05. Lux Aeterna – The Stuttgart Schola Cantorum, Clytus Gottwold
06. Gayane Ballet Suite (Adagio) – The Leningrad Philharmonic Orchestra, Gennadi Rezhdestvensky
07. Jupiter And Beyond – The Bavarian Radio Orchestra, Francis Travis, The Sudwesfunk Orchestra, Ernest Bour, Internationale.
a) Requiem For Soprano, Mezzo Soprano, Two Mixed Choirs & Orchestra
b) Atmosphere
c) Adventures (Altered For Film)
08. Also Sprach Zarathustra (Theme from 2001: A Space Odyssey) – Vienna Philharmonic Orchestra
09. The Blue Danube (Reprise) – The Berlin Philharmonic Orchestra, Herbert Von Karajan
Supplemental Material
10. Also Sprach Zarathustra (Theme from 2001: A Space Odyssey) – Sudwesfunk Orchestra
11. Lux Aeterna – The Stuttgart Schola Cantorum, Clytus Gottwold
12. Adventures (Unaltered) – Internationale Musikinstitut, Gyorgy Ligeti
13. HAL 9000 – Dialog Montage

Show: Chico Buarque – Chico – Palácio das Artes – Belo Horizonte 06/11/11

Cotação:

Chico escolheu BH para abrir a temporada de promoção de seu novo CD, e o Vitrola esteve lá. O que nós vimos foram as habituais cenas de  idolatria, nem sempre (ou quase nunca) correspondidas, de um público que lotou o Palácio das Artes.

A Banda de Chico é excepcional: Jorge Helder e Wilson das Neves, o maestro e arranjador Luiz Claudio Ramos, João Rebouças (piano e teclados), Chico Batera(percussão), Marcelo Bernardes (flautas, saxofone) e Bia Paes Leme (teclados e vocais).

O show é correto, embora comece bastante frio, mas reserva algumas boas surpresas. Canções menos frequentes nas apresentações ao vivo, como Baioque, Ana de Amsterdam, O Velho Francisco , De Volta ao Samba, Desalento, Injuriado   substituiram outras mais conhecidas. Do novo disco algumas ainda pouco conhecidas, como Querido Diário e Rubato. Chico quase não se move no palco, mas é adorado. O climax vem com as mais conhecidas do público : Geni e o Zepelim, Sob Medida, Bastidores, Todo o Sentimento ,  O Meu Amor ,  Teresinha ,  e “Anos Dourados.

Outro momento interessante foi quando Chico brinca de rap em resposta ao rapper Criolo, que fez uma música inspirada em Cálice. Diz Chico:

” Pai, afasta de mim a biqueira
Afasta de mim as ´biate´
Afasta de mim a ´cocaine´
Pois na quebrada escorre sangue

Pai, afasta de mim esse cálice/ De vinho tinto de sangue”

Um momento especial do show acontece quando ele convida seu  “personal baterista”,Wilson das Neves, para cantar  e divide com ele os vocais de  Teresa da Praia (Tom Jobim e Vinícius de Moraes), imortalizada por Dick Farney e LúcioAlves.

Chico volta duas vezes para o bis e no segundo e último bis canta Na Carreira  (Edu e Chico), do “Grande CircoMístico”, de 1982, que avisa  ao público:

” Hora de ir embora
Quando o corpo quer ficar
Toda alma de artista quer partir

(…)

Ir deixandoa pele em cada palco
E não olhar pra trás
E nem jamais
Jamais dizer
Adeus”

Chico abre os braços, se despede com um tímido beijinho, que mal escorrega de suas mãos e dá adeus. Fica a impressão de que o show poderia ter sido melhor. Chico é muito tímido, tem pouca presença de palco e isto limita um pouco o espetáculo. Ser um artista que agrada seu público, que pagou caro para assistí-lo, e que quer escutar sempre as mesmas músicas ( como fazem Roberto Carlos e Paul McCartney, por exemplo), ou arriscar em um show mais ousado, recheado de músicas menos conhecidas e mais  novas ? Qual a fórmula ideal ? Chico escolheu o meio do caminho, o que parece ser uma decisão sábia e justa. Resumindo, gostamos. Dou 4 estrelas.

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