Os incríveis anos 70:1969 – 1º FESTIVAL ESTUDANTIL DA CANÇÃO DE BELO HORIZONTE (FEC-BH)

Toninho Horta (aos 18 anos), com Joyce e Naná Vasconcelos (embaixo) defendendo a música de Toninho “Yara Bela”. Nesta fotografia de 1966 no festival Estudantil da Canção, Toninho Horta entrou com a música “Yara Bela” que levou o terceiro lugar, sendo representada por Joice, Toninho e Nana. Os festivais estudantis eram grandes oportunidades para músicos iniciantes e também para quem estava querendo mostrar seu trabalho.

Uma comemoração de 50 anos que passou em branco, na imprensa de modo geral, não poderia ficar esquecida aqui no Vitrola. No dia 16 de novembro de 1969 aconteceu, no Teatro Marília, um evento marcante na história da música popular brasileira: a realização do I Festival Estudantil da Canção de Belo Horizonte. Ele é importante porque pode ser considerado coma uma das origens do Clube da Esquina, um dos movimentos musicais que revolucionaram a música brasileira a partir do final dos anos 60. Para se ter uma ideia, participaram músicos e compositores  do quilate de Tavinho Moura, Lô Borges, Beto Guedes, Toninho Horta, Milton Nascimento, Túlio Mourão, Murilo Antunes, Antônio de Jesús (Sirlan) e foram jurados nomes como Fernando Brant, Egberto Gismonti, Nelson Motta, entre outros.

Estas foram 24 as finalistas:

  • Como vai minha aldeia (Tavinho/Márcio Borges) – Marilton Borges
  • Yara bela (Toninho Horta) – Joyce
  • Água clara (Eduardo Lages/Paulo Barros)  – Eduardo Conde
  • My love, my love (Tom Carlos/Fernando S.N. de Almeida) – Regininha, Dorinha e Malu
  • Clube da Esquina (Lô Borges/Márcio Borges) – Marilton Borges
  • Dia D (Vox Populi) – Vox Populi
  • Som maior  (Jaime Gouveia/Eduardo Prestes) – Beth Carvalho
  • Cibernética (Jesus Rocha) – Jesus Rocha
  • Fuga do amor perdido (Luis Carlos de Almeida) – conjunto 004
  • Canto de espera (Marcos de Castro/Bernadete Alves Agrícola/Álvaro Hozanah) – Bernadete
  • Canto de desalento (Toninho Horta) – Luiza
  • Equatorial (Beto Guedes/Lô Borges) – Beto Guedes e Lô Borges
  • Pelas ruas de meu mundo (Waldemar Santos/Eduardo Fonseca Novy) – Quarto Canto
  • Da Relva (Luiza Horta) – Luiza
  • Três horas da manhã (Waldemar Correia dos Santos/Eduardo Fonseca Novy) – O Grupo
  • Pra todo o sempre (Luis Carlos de Almeida/Leoldo da Silva Pereira) – Quarto Canto
  • Triste (Eduardo Lages/Selma Blaine) – Quarteto Forma
  • A quem viveu no mar (Beto Guedes/ Márcio Borges) – Jorge Nery
  • Tempo de passagem (Nilza Menezes/Jesus Rocha) – Nilza Menezes
  • Canção de esperar você (Vera Lúcia Cordovil/Márcio Lott) – Irany
  • Verdade submersa (Júnia Horta) – Jorge Nery
  • Impacto (Vox Populi) – Vox Populi
  • Sombras (Lena Horta/Luis Márcio Viana) – Quarto Canto
  • Retratos (Túlio Mourão) – Túlio Mourão

JURI: presidido por Armando Pitigliani (diretor da gravadora Philips) e composto por Marcos Valle, Antônio Adolfo, Egberto Gismondi, Dulce Nunes, Moisés Fucks, João Vitorino, Carlos Alberto da Fonseca, Roberto (Bob) Tostes, Afonso Romano de Santana, Tavito, Mônica Machado de Almeida, Fernando Brant, Maria Luiza Ribeiro, Paulo Nehki, Ângelo Osvaldo de Araújo

Nos intervalos aconteceram shows com os Golden Boys, Evinha Antônio Adolfo e a Brazuca 

LEIA AQUI A MATÉRIA PUBLICADA NA ÉPOCA NO CORREIO DA MANHÃ

A vencedora levou 5000 cruzeiros novos, a segunda colocada 2500, 1500 para a terceira, 1000 para a quarta e 500 para a quinta. A Philips lançou um LP com as 12 finalistas.

RESULTADO:

1º lugarÁGUA CLARA (Eduardo Lages/Paulo Barros) Eduardo Conde

Gravada em 1970 por  Quarteto Forma (Odeon LP MOFB 3631)

2º lugarCOMO VAI, MINHA ALDEIA (Tavinho Moura/Márcio Borges) Marilton Borges

Gravada em 1978 por Tavinho Moura (RCA Victor LP 103.0262)

3º lugar: CANTO DE DESALENTO (Toninho Horta/Rubens Théo)

4º lugar – RETRATOS:  Túlio Mourão

5º lugar – CLUBE DA ESQUINA (Lô Borges/Márcio Borges/Milton Nascimento) Marilton Borges – Arreglo de Nelson Ângelo

Gravada por Milton Nascimento em 1970 (Odeon LP MOAB 6004)

É difícil encontrar gravações destas músicas, mas preparamos um EP com 5 delas;

 

 

Os incríveis anos 70:Será que “Some Time in New York City”(John Lennon e Yoko Ono) é tão ruim quanto foi considerado na época ?

Em 12 de junho de 1972  John Lennon,  vinha de um grande sucesso comercial e de crítica, com seu álbum anterior, Imagine (1971),  quando lançou Some Time in New York City. A decepção foi enorme. A crítica caiu de pau, disse que as canções, todas de protesto, eram horríveis, infantis, as piores já feitas por um Beatle e outras coisas piores. Para piorar o disco ainda foi um fracasso de público e de vendas, atingindo apenas a posição 11 nas paradas inglesas e a 48 nas americanas.

Passados 47 anos, enquanto eu lia a biografia de Angela Davis, fui lembrando como  o ambiente político estava no mundo daquela época, em especial nos Estados Unidos, me lembrei desta obra de John. Daí a pergunta: Será que “Some Time in New York City”(John Lennon e Yoko Ono) é tão ruim quanto foi considerado na época ?

Gosto da análise do site Discovermusic (leia na íntegra):

” A música pop e rock é arte? Claro que é, e é sem dúvida a forma de arte mais admirada do mundo. John Lennon e Yoko Ono pensaram o mesmo e seu álbum de 1972, Some Time in New York City foi uma tentativa genuína e sincera de tornar a arte da música popular vital e significativa, de uma maneira que poucos artistas contemporâneos tentam fazer. Era sua noção de que a música deveria ser como um jornal, relatando e comentando questões contemporâneas e fazendo com que a música fosse ouvida de uma maneira que conduzisse a narrativa e fizesse a diferença.”

Não por acaso, sua capa era como uma página de jornal, em que as notícias eram as letras músicas. O disco é política pura e John não poupa quase ninguém de sua ira.

John Lennon 1969 (cropped).jpg

Escutando atentamente hoje dá para entender porque ele incomodou tanto na época. Não é fácil botar o dedo em algumas feridas ardidas. Muito do que é criticado no disco estava sendo radicalmente discutido nos Estados Unidos e no mundo. A posição da mulher na sociedade (Woman is the nigger of the world), o racismo ( Angela), as más condições das prisões (Attica State, Born in a Prision), a situação da Irlanda do Norte ( Sunday, Bloody Sunday (sim a ideia deste título que ficou famoso com o U2 é de Lennon)  e The Luck of the Irish), o envolvimento da polícia com a corrupção no combate às drogas (John Sinclar) e igualdade (We’re All Water, Sisters, O Sisters). Até parece um disco para o nosso Brasil  (mundo)  de hoje. 

Um vídeo histórico: John & Yoko Live no Mike Douglas Show em 18/02/1972. Originalmente a transmissão foi censurada, esta versão foi restaurada para incluir as partes originalmente editadas.

Mas ao contrário do que foi dito na época,  também é um disco que tem ótimas músicas, metade das quais são escritas por John e por Yoko juntos. Será que as críticas da época não teriam sido apenas uma inflamada reação de uma minoria branca, wasp  (White, Anglo-Saxon and Protestant) incomodada? Escute e tire as conclusões você mesmo: 

Os Incríveis Anos 70: 1968, o ano em que o rock se tornou pesado.

Eu sei que tecnicamente 1968 não faz parte da década de 1970, mas a música nascida em 1968 faz parte desta década. Há 50 anos atrás o rock, através de vários lançamentos tornou-se mais alto e pesado. É o que relembra a revista inglesa MOJO, em sua edição de junho. John Savage selecionou 12 músicas, todas lançadas em 1968,  que modificaram o modo como o rock passou a ser tocado. O Vitrola não poderia deixar passar esta data em branco e traz para vocês a lista:

Os incriveis anos 70: Como assim o seu ídolo é Miles Davis ?

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Esta recordação dos anos 70 envolve o meu primo Vinicius, que deve estar nos lendo. Corria o ano de 1974 e Vinicius, que morava em São Paulo, veio passar um pedaço de suas férias de final de ano conosco, aqui em BH. As férias foram ótimas como sempre, mas havia alguma coisa perturbando Vinicius naquele ano. Miles Davis iria tocar em São Paulo em maio e Vinicius, que era um fã alucinado do genial trompetista, queria garantir o seu ingresso. A todo custo Vinicius tentava dividir conosco a sua angústia, mas para nós ela era incompreensível !

Vivíamos, naquela época, no bairro Santo Antônio e tínhamos, como bons adolescentes, um grande grupo de amigo

s que amava música, mas a música que amávamos mal chegava aos Beatles e aos Rolling Stones, estava mais para as músicas dos one hit makers dos anos setenta do que propriamente para o rock (confesso que eu escutava Jimi Hendrix escondido, mas  tinha vergonha). E tome Bread, Lobo, Shocking Blue, Majority One, Dawn, Tony Orlando e qualquer coisa que nos fizesse dançar.

De repente, aparece um carinha, da nossa idade, e se mostra perturbado porque não tinha conseguido comprar ingressos para um show de jazz ? Jazz? Música de velhos… É claro que fiquei curioso, e, depois que Vinicius voltou para casa, assim que pude,  fui conhecer o tal de Miles. Não era fácil. Não havia internet, nenhum amigo tinha discos de Miles, as suas músicas não tocavam no rádio, mas, graças aos shows em São Paulo, pude enfim encontrar alguém que me permitisse gravar em fita cassete algumas músicas de Miles. E o Miles que eu conheci  então me deixou de queixo caído.

Aquilo era jazz ? Como assim, o cara estava no auge da fase que “podemos definir como refusenik-kraut-funk-meditativa-psicodélica.Se você não faz ideia do que eu estou falando, mas já escutou Can ou Amon Düül II no início de c

arreira,” ou a Mahavishnu  Orchestra de John McLaughlin, vai entender do que estou falando.

 

miles-davis

O trecho a seguir e alguns outros deste post foram tirados de um post de 2015 de Vinicius Damázio (não é o meu primo, apesar da coincidência de nomes) para o Destroy All Music :

“Miles nesta altura levava as suas experimentações  ao limite, abandonando as estruturas em acordes, em favor do ritmo. Os timbres de órgão, herdados do Sly Stone, também ganharam destaque. Falando nele, há uma lenda de que o Miles apareceu na casa do Sly e começou a tocar vários clusters loucos no teclado. Sly, que foi criado em coros de música gospel, o expulsou aos gritos de motherfucker por estar tocando “voodoos” na sua casa. Acho que a história já dá uma ideia do que se tratam esses discos.”

Claro que a turma do jazz tradicional abominou as maluquices de Miles e desprezou sua nova produção. Mas, hoje podemos dizer que, embora de difícil digestão, ela foi uma das fases mais criativas da moderna música americana e influenciou toda uma geração de músicos, tanto de jazz, quanto de rock em todo o mundo. Nascia definitivamente a coragem de criar fusões – jazz-funk, jazz-samba, rock-funk, kraut rock-jazz, salsa-jazz – tudo passou a ser permitido – Miles dera o aval.

“Em São Paulo, a escalação do octeto tinha além de Miles, Pete Cosey (guitarra), Reggie Lucas (guitarra), Dominique Gaumont (guitarra), Michael Henderson (baixo), Al Foster (bateria), Mtume (percussão) e Dave Liebman (saxofone). O setlist foi similar a outros da época: “Funk [Prelude, part 1]”, “Ife”, “Turnaroundphrase” e “Tune In 5”. Eles tinham acabado de tocar no Rio, nos dias 23, 24 e 25, e repetiram a dose em São Paulo nos dias 31 de maio e 1º de junho. Charles Mingus passou pelo país no mesmo ano.”

Se você tiver curiosidade de saber como foi o show, o Vinicius do Destroy All Music diponibilzou um link para download de uma versão em 320kbps. Uma das faixas executadas em Sampa pode ser escutada abaixo:

 

 

Os Incríveis Anos 70: O Trio Elétrico dos Novos Baianos

 

Os Novos Baianos foram marcantes na década de 70. Hoje, quando começa o Carnaval, me lembrei de uma história da época que envolve os Baianos e o Carnaval. Os músicos da banda eram muito ligadoss à dupla Dodô e Osmar, que inventou o conceito de trio elétrico nos anos 1950. A convite deles que Moraes Moreira se tornou a primeira pessoa a cantar em cima de um trio elétrico (inicialmente, não havia equipamentos suficientes para permitir que os músicos cantassem nos trios elétricos).

Os Baianos pegaram gosto e criaram seu próprio trio. Moraes saiu em 1974 e continuou compondo músicas de Carnaval, como o grande sucesso do Carnaval de 1975 – Pombo Correio. Mesmo sem Moraes, os Novos Baianos seguiram atuando no carnaval baiano com seu próprio trio elétrico, que estreou em 1976. Foi assim que Baby do Brasil (na época, Baby Consuelo) se tornou a primeira mulher a cantar em um trio elétrico. “O Trio Elétrico Novos Baianos foi o responsável pela evolução do som que passou das estridentes cornetas-mamão para as sofisticadas caixas de som, instalações de mesa de 16 canais e microfones que possibilitaram a presença dos cantores. Tudo isso viabilizou o atual estágio do trio elétrico que hoje conta com uma infinidade de carros do gênero. (Fonte e parte do texto Noize)

Os Incíveis Anos 70: O enigma Geraldo Vandré

Geraldo Vandré é ovacionado ao cantar "Caminhando" no Festival Internacional da Canção em 1968; a canção ficou em 2° lugar e transformou a vida do compositor

Volta de Geraldo Vandré ao Brasil foi encenada,

diz biografia; cantor nega

Geraldo Vandré não venceu o Festival da Canção de 1968 com a emblemática “Caminhando (Pra Não Dizer que Não Falei das Flores)” provavelmente por uma interferência do governo militar. Depois houve um auto exílio, que teoricamente terminou em 1973, e o gradual desaparecimento de Vandré da mídia e da vida musical brasileira. O cantor nunca quis comentar o assunto. Agora, uma biografia não autorizada, pretende jogar alguma luz sobre os fatos que marcaram a conturbada relação Vandré-Governo Militar. Trat-se da publicação de  “Geraldo Vandré – Uma Canção Interrompida” (Ed. Kuarup), do jornalista Vitor Nuzzi. O artigo em link (da Folha de São Paulo) acima dá mais detalhes.

Os Incríveis Anos 1970: Fagner – Revelação (1978) x Clodo Ferreira

Em 1978 o cantor cearense Fagner fez enorme sucesso, liderando as paradas musicais com a música Revelação. O que pouca gente sabe, é que esta linda canção é do grande artista piauiense Clodo Ferreira , conhecido como Clodo, e seu irmão Clésio, este falecido em 2010. Os dois, em conjunto com Climério, o outro irmão, são autores de pelo menos 150 músicas gravadas por grandes artistas como: Fagner, Dominguinhos, Tim Maia e Os Cariocas, Simone, MPB-4, Elba Ramalho, Ednardo, Amelinha, Zizi Possi, Fafá de Belém e Ângela Maria, dentre outros.

Revelação tem uma curiosidade na sua criação. Fala-se que a melodia teve três letras. A primeira Clodo afirma desconhecer, a segunda o irmão Clésio, o autor da melodia, aproveitou o poema Memória, de Carlos Drummond de Andrade, que se encaixou perfeitamente à música. Clésio descobriu, algum tempo depois, que outro artista já havia musicado e gravado o poema. Desapontado e sem querer perder a criação, solicitou ao irmão parceiro que fizesse outra versão da letra. Fagner ouviu a música, gostou, gravou e o sucesso estourou nas rádios brasileiras. Antes, o cearense comentou ao autor da letra definitiva que eles iriam ficar de cabelos brancos e ainda ouvindo a música tocando nos rádios do Brasil. Fagner estava certo: mais de trinta anos depois, a música ainda é lembrada e muitos jovens que sequer viveram aqueles momentos dos anos setenta sabem sua letra de cor. (Dr.Zem)

Este post é para fazer justiça ao verdadeiro compositor, já que Revelação vem, ao longo dos anos, sendo erroneamente creditada a Fagner.Canta Clodo, que a música é sua:

Os Incríveis Anos 70: Eloy

Estar atento à demanda de nossos leitores, um de nossos prazeres. No dia 15/10 o nosso leitor Oseias Fernando perguntou sobre a banda Eloy. Aqui está a informação: Eloy é uma banda alemã de rock progressivo, cujos estilos musicais incluem rock sinfônico e space rock, este último principalmente presente nos álbuns mais recentes. O nome da banda foi inspirado em Eloi, uma raça do futuro na novela A Máquina do Tempo, de H.G. Wells. Apesar da nacionalidade, a banda não é considerada participante do movimento Krautrock, devido ao seu som parecer mais com bandas britânicas de rock progressivo, como Yes e Pink Floyd. É considerada também uma das melhores bandas progressivas dos anos 70.Apesar de atrair público, a banda nunca ganhou popularidade nos Estados Unidos. Apesar disso, membros antigos da banda reuniram-se novamente, e em 1998 os fãs puderam conferir Ocean 2, um retorno ao gênero clássico do progressivo sinfônico do qual a banda era conhecida. Uma sequência do original de 1977, é considerado entre fãs como uma captura bem sucedida do espírito da banda. A propósito, a música a que você se refere deve ser The Apocalypse.

Membros:

  • Frank Bornemann – guitarra e vocal (1971-1984, desde 1987)
  • Erich Schriever – vocal e teclado (1971-1972)
  • Manfred Wieczorke – órgão, guitarra, baixo e vocal (1971-1975)
  • Helmuth Draht – bateria (1971-1972)
  • Wolfgang Stöcker – baixo (1971-1973)
  • Fritz Randow – bateria (1973-1975)
  • Luitjen Janssen – baixo (1974-1975)
  • Detlef Pitter Schwaar – guitarra (1975)
  • Klaus-Peter Matziol – baixo (1976-1984, desde 1994)
  • Detlev Schmidtchen – teclado (1976-1979)
  • Jürgen Rosenthal – bateria (1976-1979)
  • Hannes Arkona – guitarra (1980-1984)
  • Hannes Folberth – teclado (1980-1984)
  • Jim McGillivray – bateria (1980-1981)
  • Michael Gerlach – teclado (desde 1988)
  • Bodo Schopf – bateria (desde 1998)

Discografia: 1971 – Eloy 1973 – Inside 1974 – Floating 1975 – Power and the Passion 1976 – Dawn 1977 – Ocean 1978 – Live 1979 – Silent Cries and Mighty Echoes 1980 – Colours 1981 – Planets 1982 – Time to Turn 1983 – Performance 1984 – Metromania 1988 – Ra 1992 – Destination 1993 – Chronicles I 1994 – Chronicles II 1994 – The Tides Return Forever 1998 – Ocean 2: The Answer 2003 – Timeless Passages 2009 – Visionary 2013 – Live Impressions (DVD) 2014 – Reincarnation on Stage (2 CD + DVD)

Duas versões de Apocalypse:

Em 2012

Na gravação original:

Os Incríveis Anos 70: The Beatles – A Day In The Life

Que outra década comportaria uma música como  A Day in The Life ? (obs. embora ela tenha sido gravada em 1967, ela já antecipava o que aconteceria nos anos 70) Ela foi uma das poucas canções que individualmente contribuiu para mudar o curso da chamada música popular. Gravada entre janeiro e fevereiro de 1967, contou com uma grande orquestra que foi montada para os surpreendentes floreios e preenchimentos adicionais, que acompanham a música, embora a princípio os 40 músicos de formação clássica tenham ficados relutantes com o conceito que lhes era solicitado tocar.

George Martin e Paul regeram a orquestra e ajudaram a criar uma faixa que quando  terminada foi mais do que apenas diferente, era absolutamente única. A partir da bela canção de John, o resultado final foi algo simplesmente inacreditável. Como você pode ver a partir do filme, esta não era uma sessão de gravação normal. Os músicos clássicos, que haviam sido convidados a vestir-se a rigor, usaram narizes falsos, chapéus engraçados e geralmente entraram no espírito da ocasião. Filmado entre 20:00-01:00 com convidados, incluindo Mick Jagger e Keith Richards, a ocasião forneceu inspiração para o que aconteceu durante a gravação e filmagem de “All You Need Is Lovepara o projeto Our World. (Texto da Vevo)

A coleção de vídeos The Beatles 1 Video Collection será lançada dia 01/11/15. Pre-ordens:  http://thebeatles1.lnk.to/DeluxeBluRay

Para finalizar a letra original e traduzida

A Day In The Life

(Sugar, plum, fairy
Sugar, plum, fairy)

I read the news today, oh, boy
About a lucky man who made the grade
And though the news was rather sad
Well I just had to laugh
I saw the photograph

He blew his mind out in a car
He didn’t notice that the lights had changed
A crowd of people stood and stared
They’d seen his face before
Nobody was really sure if he was from the house of lords.

I saw a film today, oh, boy
The english army had just won the war
A crowd of people turned away
But I just had a look
Having read the book
I’d love to turn you on

Woke up, fell out of bed
Dragged a comb across my head
Found my way downstairs and drank a cup
And looking up I noticed I was late

Found my coat and grabbed my hat
Made the bus in seconds flat
Found my way upstairs and had a smoke
And somebody spoke and I went into a dream

I read the news today, oh, boy
Four thousand holes in Blackburn, Lancashire
And though the holes were rather small
They had to count them all
Now they know how many holes it takes to fill the Albert Hall
I’d love to turn you on
Um Dia Comum

(Açúcar, ameixa, fada
Açúcar, ameixa, fada)

Eu li as notícias de hoje, oh, garoto
Sobre um sortudo que ganhou na loteria
E embora as notícias fossem um tanto tristes
Bem, não pude deixar de rir
Eu vi a fotografia

Ele arrebentou a cabeça num carro
Não tinha percebido que o semáforo havia ficado vermelho
Uma multidão parou e o encarou
Já tinham visto seu rosto em algum lugar
Mas ninguém tinha certeza se não era um senador.

Eu vi um filme hoje, oh, garoto
O exército inglês acabava de vencer a guerra
Uma multidão foi embora
Mas eu tive de olhar
Tendo lido o livro
Eu adoraria te excitar

Acordei, caí da cama
Passei um pente pela minha cabeça
Desci as escadas e tomei um café
E olhando para cima, vi que estava atrasado

Achei meu meu casaco e peguei meu chapéu
Subi no ônibus segundos depois
Subi as escadas e fumei um cigarro
E alguém falou, e eu entrei em um sonho

Eu li as notícias de hoje, oh, garoto
Quatro mil buracos em Blackburn, Lancashire
E embora os buracos fossem bem pequenos
Eles tiveram que contá-los um a um
Agora sabem quantos buracos são necessários para encher o Albert Hall
Eu adoraria te excitar

Os Incríveis Anos 70: Klaatu : Sub-Rosa Subway (1977)

Hoje um nosso leitor lembrou-se de uma banda que, embora não tenha feito sucesso, deu o que falar na década de 1970. Esta banda era o Klaatu, que tinha este nome em homenagem ao extraterrestre do filme O Dia em Que a Terra Parou de Michael Rennie. O Klaatu foi formado no Canadá em 1973, quando ainda vivíamos a ressaca do final dos Beatles ( separados em 1970), pelo duo John Woloschuk e Dee Long , depois acrescidos pelo baterista Terry Draper. A banda não teve muito sucesso, exceto no Canadá onde emplacou os hits “California Jam” (1974), “Calling Occupants of Interplanetary Craft” (1977) and “Knee Deep In Love” (1980). No resto do mundo, a música que tocou nas rádios, inclusive na nossa reverenciada Cultura AM de Belo Horizonte foi Sub-Rosa Subway a única música deles a ter figurado na Billboard, atingindo a posição 62 em 1977. Mas não foi por causa de sua música que o Klaatu ficou conhecido internacionalmente, mas sim pelo boato de que eles eram os Beatles gravando com um pseudônimo. Ninguém sabe quem iniciou estes rumores e o Kaatu sempre os desmentia em entrevistas, e realmente nenhum dos Beatles teve qualquer envolvimento com a banda em nenhum nível. Escute o seu principal sucesso e diga se faziam lembrar os Beatles?

Terry Draper fala sobre o assunto:

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