Canções brasileiras sobre o Natal são raras e frequentemente adaptações de canções norte americanas. Aqui apresentamos uma brilhante exceção, nascida em uma noite de Natal solitário.
Histórias da MPB: Paulinho da Viola Chorando
Paulinho da Viola e do cavaquinho …
A última gravação de Elza Soares com Nobat : Lançamento – Mestiço
O artista mineiro lançou, em julho seu álbum Mestiço com uma bela mistura de ritmos brasileiros e sonoridades modernas e contemporâneas. Entre os várias colaborações, destaque para “Me Deixa Sambar”, que traz uma das últimas gravações de Elza Soares. #elzasoares #nobat #musicosmineiros #musicademinas #mpb @Nobat @BNegão Oficial
Link para Spotfy: https://open.spotify.com/embed/album/1uTHWGAA7LxCNwkj79goWp
Link para Deezer: https://deezer.page.link/GoCeb5Y96jPp…
Lançamento: Raquel Coutinho : Koan EP
KOAN
KOAN ” é regido por sonoridades orgânicas e eletrônicas, com tambores, timbres , texturas sonoras com sobreposição de vozes e letras poéticas. Koan é uma brecha que se abre para que se apresente algo novo e surpreendente. É como um enigma. ” Esse nome foi uma sugestão de Dea Trancoso, grande artista pensadora compositora incrível , que eu admiro muito e tem uma enorme influência sobre minha construção artística”, ressalta Raquel.
O som flerta com a música mântrica, percussiva, provoca sensações e imagens, com uma estética moderna. São cinco faixas inéditas que foram criadas durante o processo criativo da imersão entre Raquel e Lênis.
Raquel Coutinho é cantora, compositora, percussionista e criadora de paisagens sonoras. Nascida em Belo Horizonte, a artista mineira aprendeu a tocar seu tambor com Maurício Tizumba, com quem toca até hoje. Seu trabalho autoral, naturalmente absorveu a cultura dos Tambores de Minas, mas também dialoga com o universo da música contemporânea, incluindo os timbres eletrônicos.
Raquel gravou dois álbuns autorais, “Olho D’água” (2010), produzido por Jongui; e “Mineral” (2015), com produção de Marcos Suzano e Maurício Negão. Sua música correu o mundo e foi muito elogiada dentro e fora do Brasil.
Seu primeiro álbum teve show de estreia no Montreux Jazz Festival e, depois, a artista participou de diversos festivais internacionais, como Midem, realizado em Cannes, na França; CMW, no Canadá; e Womex, em Budapeste, na Hungria. Seu segundo álbum contou, durante a turnê, com participações especiais de artistas como B. Negão, Marcelo Jeneci, Márcia Castro, Sérgio Pererê, Olodum, entre outros.
Escute abaixo no Spotfy:
MPB: Rumo – Universo [Um Plano] – 2019
Hoje com saudades do Grupo Rumo, que revolucionou a MPB nas décadas de 1990-2000. No ano passado havia uum projeto de retorno do Grupo, mas até agora ainda não houve uma volta mais concreta.
O grupo Rumo voltou ao disco e à cena em 2019, 45 anos após ter sido formado em 1974 na cidade de São Paulo (SP) por Luiz Tatit, Ná Ozzetti, Hélio Ziskind, Geraldo Leite, Akira Ueno, Paulo Tatit, Pedro Mourão, Gal Oppido, Ciça Tuccori – única integrante que partiu, em 2003 – e Zécarlos Ribeiro. O álbum é um lançamento do Selo Sesc.
Lançamento: Fernanda Takai – Será Que Você Vai Acreditar ?
Fernanda está de volta. Aproveitando a pausa da quarentena está lançando “Será que Você Vai Acreditar ?” No repertório boas surpresas: Não creio em mais nada de Paulo Sérgio, tida como brega na década de 1970, ganha aqui uma linda versão. Há faixas originais como Terra Plana (John Ulhoa) , Não esqueça (Nico Nicolaiewsky), O Que Ninguém Diz (Climério Pereira), releituras, One Day in Your Life, eternizada na voz de Michael Jackson e Love is a Losing Game, de Amy Winehouse e participações especiais de fora do Brasil: japonesa Maki Nomiya, vocalista do Pizzicato Five, em Love Song e a franco-brasileira Virginie Boutaud, ex-vocalista da banda Metrô, na faixa Amor nos Tempos do Cólera. Tudo embalado pela voz doc e afinada de Fernanda Takai.
Homenagem : Evaldo Gouveia
Evaldo Gouveia de Oliveira (Orós, 8 de agosto de 1928 — Fortaleza, 29 de maio de 2020)
Nossa homenagem ao criador de sucessos imortais: Alguém me disse, Canção para ninar gente grande, Sentimental demiais, O Conde, Tango para Tereza, O trovador entre outras
Obra
A noite e a prece (c/ Almeida Rego)/ Alguém me disse (c/ Jair Amorim)/Amo-te (c/ Jair Amorim)/Ave Maria os namorados (c/ Jair Amorim)/Baião macumbá (c/ Julinho do Acordeom)/Baiãozinho bom (c/ Julinho do Acordeom)/Beija-me depois (c/ Jair Amorim)/Bloco da solidão (c/ Jair Amorim)/Brigas (c/ Jair Amorim)/Canção para ninar gente grande (c/ Antônio Maria)/Cantiga de quem está só (c/ Jair Amorim)/Conversa (c/ Jair Amorim)/Deixe que ela se vá (c/ Gilberto Ferraz)/E a vida continua (c/ Jair Amorim)/Eu e Deus (c/ Pedro Caetano)/Eu e tu (c/ Jair Amorim)/Falso (c/ Jair Amorim)/Faz de conta (c/ Jair Amorim)/Garota moderna (c/ Jair Amorim)/Há meia hora apenas (c/ Jair Amorim)/Hora eu, hora você (c/ Jair Amorim)/Maldade (c/ Jair Amorim)/Maldito (c/ Jair Amorim)/Não (c/ Marino Pinto)/Ninguém chora por mim (c/ Jair Amorim)/Nosso cantinho (c/ Jair Amorim)/O bilhete (c/ Jair Amorim)/O conde (c/ Jair Amorim)/O mundo melhor de Pixinguinha (c/ Jair Amorim)/O trovador (c/ Jair Amorim)/Onde estarás (c/ Jair Amorim)/Perdão senhorita (c/ Jair Amorim)/Pior pra você (c/ Almeida Rego)/Pitota (c/ Paulo gilvan e Edson França)/Poema do olhar (c/ Jair Amorim)/Pra lá de bom (c/ Almeida Rego)/Quando existe Deus (c/ Jair Amorim)/Que Deus me dê (c/ Jair Amorim)/Quem tudo quer nada tem (c/ Jair Amorim)/Samba sem pim-pom (c/ Jair Amorim)/Se alguém telefonar (c/ Jair Amorim)/Se eu pudesse (c/ Jair Amorim)/Sentimental demais (c/ Jair Amorim)/Serenata da chuva (c/ Jair Amorim)/Só Deus (c/ Jair Amorim)/Tango pra Tereza (c/ Jair Amorim)/Tudo de mim (c/ Jair Amorim)/Um dia em Portugal (c/ Jair Amorim)/Um punhadinho de estrelas (c/ Almeida Rego)/Uma vez mais (c/ Jair Amorim)/Vou fazer um samba (c/ Almeida Rego)
Essenciais do Vitrola: Clube da Esquina 1 (1972)
Uma brincadeira no Facebook pediu que eu escolhesse os 10 álbuns que enormemente influenciaram meu gosto musical. Comecei com este clássico. Foi absolutamente desnorteador escutar esta pérola em pleno 1972. Só há faixas boas, completamente originais, diferente de tudo que havia sido feito até então. Como não ter sido influenciado ? Como diz uma das faixas mais conhecidas : Nada Será como Antes. Excepcional ! O link para o Spotify está logo abaixo. Escute e comprove:
As faixas:
Lado A
- “Tudo Que Você Podia Ser” (Lô Borges, Márcio Borges) – Interpretação: Milton Nascimento
- “Cais” (Milton Nascimento, Ronaldo Bastos) – Interpretação: Milton Nascimento
- “O Trem Azul” (Lô Borges, Ronaldo Bastos) – Interpretação: Lô Borges
- “Saídas e Bandeiras nº 1” (Milton Nascimento, Fernando Brant) – Interpretação: Beto Guedes e Milton Nascimento
- “Nuvem Cigana” (Lô Borges, Ronaldo Bastos) – Interpretação: Milton Nascimento
- “Cravo e Canela”
- (Milton Nascimento, Ronaldo Bastos) – Interpretação: Lô Borges e Milton Nascimento
Lado B
- “Dos Cruces” (Carmelo Larrea) – Interpretação: Milton Nascimento
- “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo” (Lô Borges, Márcio Borges) – Interpretação: Lô Borges
- “San Vicente” (Milton Nascimento, Fernando Brant) – Interpretação: Milton Nascimento
- “Estrelas” (Lô Borges, Márcio Borges) – Interpretação: Lô Borges
- “Clube da Esquina nº 2” (Lô Borges, Márcio Borges,Milton Nascimento) –Interpretação: Milton Nascimento
Lado C
- “Paisagem da Janela” (Lô Borges, Fernando Brant) – Interpretação: Lô Borges
- “Me Deixa em Paz” (Monsueto, Ayrton Amorim) – Interpretação: Alaíde Costa e Milton Nascimento
- “Os Povos” (Milton Nascimento, Márcio Borges) – Interpretação: Milton Nascimento
- “Saídas e Bandeiras nº 2” (Milton Nascimento, Fernando Brant) – Interpretação: Beto Guedes e Milton Nascimento
- “Um Gosto de Sol” (Milton Nascimento, Ronaldo Bastos) – Interpretação: Milton Nascimento
Lado D
- “Pelo Amor de Deus” (Milton Nascimento, Fernando Brant) – Interpretação: Milton Nascimento
- “Lilia” (Milton Nascimento)- Interpretação: Milton Nascimento
- “Trem de Doido” (Lô Borges, Márcio Borges) – Interpretação: Lô Borges
- “Nada Será Como Antes” (Milton Nascimento, Ronaldo Bastos) – Interpretação: Beto Guedes e Milton Nascimento
- “Ao Que Vai Nascer” (Milton Nascimento, Fernando Brant) – Interpretação: Milton Nascimento
Homenagem: Aldir Blanc
Aldir Blanc Mendes (Rio de Janeiro, 2 de setembro de 1946 — Rio de Janeiro, 4 de maio de 2020)
Mais uma perda importante para a música popular brasileira. Faleceu Aldir Blanc, médico, compositor e escritor brasileiro. Um dos responsáveis pela renovação do nosso cancioneiro popular durante os anos 1980-90. Formou uma das parcerias mais geniais de nossa música, nos legando clássicos inesquecíveis, que vão ser lembrados para sempre. A minha geração em especial adotou como seu hino de liberdade uma composição da dupla O Bêbado e O Equilibrista, para saudar a anistia e o fim da ditadura militar.
Um pouquinho de Aldir por ele mesmo:
Homenagem: Moraes Moreira
Antônio Carlos Moreira Pires
8/7/1947 Ituaçu, BA
13/4/2020 Rio de Janeiro, RJ
O meu primeiro contato com a música de Moraes Moreira foi, como o de quase todo mundo, através dos Novos Baianos.
Em 1968, juntamente com Paulinho Boca de Cantor, Luis Galvão, Pepeu Gomes e Baby Consuelo (hoje Baby do Brasil), formou o grupo Os Novos Baianos, que fez sua estréia com o show “Desembarque dos bichos depois do dilúvio“, em Salvador.
Pelo menos dois discos dos baianos marcaram a minha geração. Em 1972, após incorporar o baixista carioca Dadi e os percussionistas Jorginho Gomes, Baixinho e Luis Bolacha, o conjunto gravou, pela Som Livre, o LP “Acabou Chorare“. “Mistério do planeta”, “A menina dança”, “Um bilhete pra Didi”, “Tinindo trincando” e “Preta, Pretinha” e “Brasil pandeiro” (Assis Valente), nos impressionaram profundamente.
Em 1973, ainda com o grupo, lançou o LP “Novos Baianos Futebol Clube“. Neste disco, “Besta é tu” (c/ Pepeu e Galvão), “Sorrir e cantar como Bahia” e “Só se não for brasileiro e uma releitura de “Samba da minha terra” (Dorival Caymmi), mantiveram o encanto.
Saiu em carreira solo no ano de 1975, e desde então lançou mais de 20 discos. Desde então Moraes sempre apresentou uma grande técnica e muita alegria em suas músicas e gravações. Ele faleceu hoje, provavelmente vitimado por um infarto do miocárdio aos 72 anos de idade.