Os Incríveis Anos 70 – Capítulo 3 – Taiguara e a censura

(Montevidéu, 9 de outubro de 1945 — São Paulo, 14 de fevereiro de 1996)

Hoje eu estava escutando um disco de Taiguara, do final da década de 60: O Vencedor de Festivais (Odeon – LP – 1968) e fui transportado de volta a tempos felizes. Taiguara era um dos cantores prediletos da minha mãe – um cara que conseguia fazer sucesso, sendo um trovador romântico, no pleno auge da Jovem Guarda, Bossa Nova e Tropicália. Taiguara era uruguaio de nascimento e filho do maestro brasileiro Ubirajara Silva, famoso nos anos quarenta e cinquenta. Autor de vários clássicos da MPB, como Hoje, Universo do teu corpo, Piano e viola, Amanda, Tributo a Jacob do Bandolim, Viagem, Berço de Marcela, Teu sonho não acabou, Geração 70 e Que as Crianças Cantem Livres; Helena, entre outros. Taiguara, apesar da aparência dócil e romântica teve muitos problemas com a censura durante a ditadura militar brasileira. Acreditem ou não, Taiguara foi um dos compositores mais censurados na historia da MPB, tendo 68 canções censuradas e escreveu uma, Cavaleiro da Esperança, em homenagem a Luís Carlos Prestes. Na mesma época que Caetano, Gil e Chico deixaram o país,  Taiguara a se auto-exilou na Inglaterra em meados de 1973. Em Londres, estudou no Guildhall School of Music and Drama e gravou o Let the Children Hear the Music, que nunca chegou ao mercado, tornando-se o primeiro disco estrangeiro de um brasileiro censurado no Brasil . Em 1975, voltou ao Brasil e gravou o Imyra, Tayra, Ipy – Taiguara com Hermeto Paschoal,  Wagner Tiso, Toninho Horta, Nivaldo Ornelas, Jacques Morelenbaum, Novelli, Zé Eduardo Nazário, Ubirajara Silva e uma orquestra sinfônica de 80 músicos.Para variar, o espetáculo de lançamento do disco foi cancelado e todas as cópias foram recolhidas pela ditadura militar em poucos dias. Desiludido, Taiguara partiu para um segundo auto-exílio que o levaria à África e à Europa por vários anos. Embora suas músicas antigas tenham continuado a fazer sucesso, Taiguara nunca mais foi lembrado e entrou em ostracismo, tendo falecido em decorrência de um câncer na bexiga em 1996.

 

 

Memória: Demis Roussos

Demis Roussos, (Artemios Ventouris Roussos), (Alexandria, 15 de junho de 1946 – Atenas, 25 de janeiro de 2015)

Faleceu no último final de semana o cantor grego, nascido no Egito, Demis Roussos. Demis tinha 68 anos e a sua morte foi anunciada pela sua filha, após internação prolongada no no hospital Hygeia, em Atenas. Demis foi uma das caras da música pop europeia na década de 70, tendo vendido mais de 60 milhões de álbuns. Ou seja, se você tiver mais de 50 anos, com certeza cantou e dançou muitas músicas deste simpático grego. Inicialmente em parceria com Vangelis Papathanassiou no grupo Aphodite’s Child (1968) e depois em carreira solo, Demis certamente marcou a nossa adolescência com canções adocicadas, com um toque de rock progressivo, pegajosas e inesquecíveis. Seu primeiro sucesso foi Rain and tears, o primeiro single, que chegou ao topo das tabelas francesas, tornou a banda conhecidae fez de Demis Roussos, baixista e vocalista, ser reconhecido como um dos nomes pioneiros do rock progressivo. 666, o último registo do trio, lançado em 1972, álbum conceitual inspirado no Livro das Revelações, ficou para a História como um clássico do rock progressivo. Já em carreira solo Demis emplacou hits em sequência, começando com We shall dance, o primeiro single, editado em 1971, e depois por Forever and everGoodbye my love, goodbye. Nos anos 1970 a sua voz, a sua barba, as túnicas coloridas e as lantejoulas cobrindo o corpo obeso, (147 quilos) , formaram uma das imagens icônicas da década. Em 1975 teve cinco álbuns no top 10 [no Reino Unido] e ganhou o prêmio de melhor artista masculino, melhor single e melhor álbum. No Brasil, conseguiu lotar o estádio Maracanã com capacidade para 150.000 pessoas, no primeiro mega show internacional realizado no Brasil. Voltou  a colaborar  com Vangelis (na trilha sonora de Blade Runner  e na versão cantada de Momentos de Glória, editada em 1981 sob o título Race to the End). Demis, de 2009, foi o seu último álbum.

Discografia

  1. ” On the Greek Side of My Mind” –
  2. ” Forever And Ever ” – (1973);
  3. ” My Only Fascination ” –
  4. ” Auf Wiederseh’n ” –
  5. ” Souvenirs ” –
  6. ” Die Nacht und der Wein ” –
  7. ” Happy to Be ” –
  8. ” Kyrila ” –
  9. ” The Demis Roussos Magic ” –
  10. ” Ainsi Soit-il ” –
  11. ” Demis Roussos ” –
  12. ” Man of the World ” –
  13. ” Demis ” –
  14. ” Reflection ” –
  15. ” Senza Tempo ” –
  16. ” The Story of Demis Roussos ” –
  17. ” Come all ye Faithful ” –
  18. ” Le Grec ” –
  19. ” Voice and Vision ” –
  20. ” Insight ” – (1993)
  21. ” Demis Roussos in Holland ” –
  22. ” Immortel ” –
  23. ” Serenade ” –
  24. ” Mon îl ” –
  25. ” Auf meinen Wegen ” –
  26. ” Demis Roussos – Live in Brazil – 2006 “
  27. “Demis”- 2009

 

Os Incríveis Anos 70 – Capítulo 2 – Secos & Molhados

Corria o ano de 1973, aqui no Brasil, ditadura, censura, mas a música andava a mil. Embora fossem diversos os cantores e compositores que nos encantavam, faltava alguma coisa ousada, o paralelo nacional à androginia de David Bowie, com seu Ziggy Stardust ou um retorno ao modernismo dos Mutantes. De repente, uma bomba. Um cantor andrógino, para dizer o mínimo, semi nu, rebolando e cantando músicas que misturavam rock, vira , MPB com poesias de Cassiano Ricardo, Vinícius de Moraes, Oswald de Andrade, Fernando Pessoa, e João Apolinário e letras de um ousado compositor – João Ricardo. O sucesso não foi imediato. Lembro que comprei o meu LP, lançado por uma gravadora pequena, a Continental, logo após o lançamento. Meus amigos estranharam, mas eu adorei. Lá pelo final do ano, relançado pelo Fantástico, o grupo estourou – mais de 1 milhão de discos vendidos, esgotado em todas as lojas, com reprensagens de última hora. Sem dúvida um dos mais importantes discos da história da MPB, que nunca mais foi a mesma depois dos Secos & Molhados.

 

Os Incríveis anos 70 – CAPÍTULO I – Fábio Jr cantando em inglês

Estamos iniciando mais uma série – Os Incríveis Anos 70. Neste espaço vamos falar deste anos malucos, que se tornaram referência para quase tudo que conhecemos em matéria de música popular. Vamos contar algumas histórias da época e reviver algumas músicas que marcaram a época. Critério – nenhum. Preconceitos – poucos. Vamos falar de tudo que der vontade. Nossos leitores podem sugerir temas também.

No fim dos anos 70, Fábio Jr. ainda cantava em inglês e usava pseudônimos como Mark Davis

CAPÍTULO I : Quando Fábio Jr cantava e gravava em inglês

Vocês sabiam ou se lembram, que lá pelo meio da década de 70, puxada pela demanda das novelas da Globo e também da Tupi, que faziam muito sucesso com suas trilhas sonoras internacionais, muitos cantores brasileiros fizeram gravações de sucessos em inglês ? A história foi a seguinte: as trilhas de novela se utilizavam habitualmente de 12 faixas, que eram compiladas pela Som Livre ou pela K-Tel ou Continental, para serem lançadas em formato de LP. Acontece que muitas gravadoras não liberavam as gravações de seus artistas para serem usadas, ou cobravam muito caro por isto. Aí surgiu o jeitinho brasileiro – compor e cantar em inglês, e como disse Milton Nascimento, foi assim que muita gente boa botou o pé na profissão de tocar um instrumento ou de cantar. Vamos lembrar vários sucessos que marcaram esta fase nos próximos posts.

Iniciamos hoje com o ídolo Fábio Jr, que com 22 anos teve seu primeiro sucesso, gravando como Mark Davis. O sucesso : Don’t let me cry , inserido na trilha da novela Barba Azul, da TV Tupi.

Memória: Lincoln Olivetti

O maestro, compositor e produtor musical Lincoln Olivetti (Foto: Reprodução/Facebook)

Mais um que nos deixa precocemente. Morreu, com apenas 60 anos, de infarto fulminante, o músico e arranjador Lincoln Olivetti. Olivetti foi um verdadeiro midas da indústria fonográfica no final da década de 70 e início da década de 80. É impossível pensar em música brasileira comercial de qualidade, naquela época, sem falar em Lincoln. Segundo Ed Motta, em sua página no Facebook ,  Olivetti foi “o cara que formatou a música brasileira no padrão de disciplina gringo, na forma de compor, arranjar, tecnicamente em qualquer sentido etc”.

Realmente havia um padrão Olivetti, que longe de pasteurizar a música brasileira, como ele chegou a ser acusado, colocava-a em alto nível, para poder competir com qualquer arranjo, feito em qualquer lugar do mundo. E foi um rosário de sucessos: o primeiro foi com “Chega Mais”, de Rita Lee, em 1979, seguido, em 1980 , de “Lança Perfume” – considerada uma obra-prima na carreira de Rita. Olivetti também produziu e arranjou grandes sucessos de Gal Costa, como “Festa do Interior” e “Meu Bem Meu Mal”, Roberto Carlos em “Amor Perfeito”, Gilberto Gil em “Palco”, Zizi Possi em “Um Minuto Além”, Marina Lima em “Só Você” e Tim Maia em “Você e eu, eu e você”, “Acenda o Farol” e “Está difícil de esquecer”.

Qual era o segredo de Olivetti ? Ele foi  um dos pioneiros no Brasil a usar sintetizadores e elementos eletrônicos na música, e na virada dos anos 80, usou uma mistura  de música brasileira, com a  disco music e  amúsica negra american e assim praticamente criou o pop brasileiro.Garanto que você dançou muitas destas músicas, nestes arranjos inesquecíveis.

Também participou  como compositor ou intérprete, de trilhas sonoras de novelas de sucesso, como “Dancin’ days” (1978), “Baila comigo” (1981), na qual tocou o tema de abertura ao lado de Robson Jorge, “Mandala” (1987), “Feijão maravilha” (1979) e “Plumas e paetês” (1980). Lincoln trabalhou também com Emílio Santiago, Marcos Valle, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Angela Rôrô, Sandra de Sá, Jorge Ben Jor, Fagner, Wando e Joana. Segundo o UOL : “Foi a fase em que arranjos suntuosos, com muito teclado e metais, tomaram conta das rádios, dando a Olivetti a fama de midas da música. Fora os arranjos irresistíveis para a pista, ainda hoje seu trabalho é citado como uma das melhores gravações do Brasil”. Fica aqui a homenagem do Vitrola.

Escute Lincoln tocando nas faixas abaixo e perceba a sua influência em vários dos sucessos citados:

Memória: Joe Cocker

A voz rouca de Joe Cocker o transformou em um dos maiores intérpretes do rock. "With a little help from my friends" e "Feelin' Alright" são exemplos de sucessos de Cocker

 * Sheffield, 20 de maio de 1944 —  + 22 de dezembro de 2014

Parece que véspera de Natal sempre nos reserva uma má notícia no mundo musical. A de hoje é a morte de Joe Cocker. Joe sofria de um câncer de pulmão já há alguns anos e hoje não resistiu. O cantor foi extremamente marcante para a geração Woodstock, com sua voz rouca e uma interpretação apaixonada e quase histriônica. A sua interpretação de “With a Little Help From my Friend”, um clássico dos Beatles, superou a original e é muito conhecida ainda hoje, mesmo pelas gerações mais novas. Sua discografia inclui vinte álbuns, alguns geniais e outros nem tanto, mas a força de sua interpretação ficará para sempre em faixas como: “You Are So Beautiful”, “When The Night Comes” , “Unchain My Heart” e “You Can Leave Your Hat On”, só para citar algumas.

 

 

Discografia : With A Little Help From My Friends (1969) Joe Cocker! (1969) Mad Dogs & Englishmen (1970) Joe Cocker (1972) I Can Stand A Little Rain (1974) Jamaica Say You Will (1975) Stingray (1976) Greatest Hits (1977) Luxury You Can Afford (1978) Sheffield Steel (1982) Civilized Man (1984) Cocker (1986) Unchain My Heart (1987) One Night Of Sin (1989) Joe Cocker Live (1990) Night Calls (1992) The Best Of Joe Cocker (1993) Have A Little Faith (1994) The Long Voyage Home (1995) Organic (1996) Across From Midnight (1997) Greatest Hits (1998) No Ordinary World (1999) Respect Yourself (2002) Heart & Soul (2005) Hymn for my soul (2007) Hard Knocks (2010) Fire It Up (2012)

Jorge Marcio rádio CULTURA e EXTRA FM BH

Graças ao nosso grande leitor Jota, outro áudio do Jorge Márcio na rádio Extra FM, relembrando os tempos da rádio Cultura e algumas músicas da época. Vamos relembrar juntos…Feche os olhos e faça de conta que você está escutando a Cultura…Ai, saudade…

Memória: The Crusaders

784x2048

JOE SAMPLE (Joseph LeslieJoeSample (01/02/1939 – 12/09/ 2014)

Wayne Maurice Henderson (24/09/1939 – 05/04/2014)

Este, a pedido do nosso amigo Carlinhos, era para ser um post sobre o falecimento de Joe Sampler, ocorrido no último dia 12/09, mas optamos por fazer o obituário dos próprios Crusaders, já que há alguns meses atrás faleceu também Wayne Henderson.

O The Crusaders era um grupo muito popular no início dos anos setenta por misturar jazz, pop e soul. Criado nos anos sessenta como The Jazz Crusaders, em 1971 passou a se chamar apenas  The Crusaders. Inicialmente era formado por Joe Sample (piano), Stix Hooper (baterias), Wilton Felder (saxofone), and Wayne Henderson (trombone). Por esta época eles introduziram um guitarrista : Larry Carlton e um baixista : Robert Pops Popwell. Com estas mudanças veio o sucesso comercial – como a sua parceria com Randy Crawford : Street Life, que fez bastante sucesso comercial. O sucesso perdurou ao longo dos anos oitenta, mas logo o grupo começou a se desmanchar – Henderson saiu em 1975 e Hooper em 1983. A saída destes membros fundadores não impediu que, com Sampler e Felder, mantivessem o conjunto, e ainda alcançassem mais um grande sucesso: Healing the Wounds. O álbum chegou ao  No. 1 na parada de Top Contemporary Jazz e ao No. 174  no Top 200 da Billboard.  A partir dai Sample deu prioridade a sua carreira solo. Em 2003 os membros fundadores: Sample, Felder e Hooper lançaram : Rural Renewal, tendo como convidados especiais Ray Parker Jr.  e  Eric Clapton. Houve mais uma reunião de Henderson, Felder e Sample para uma turnê em 2010. Neste ano de 2014 perdemos dois dos fundadores dos Crusaders: Henderson faleceu no dia 05/04 e Joe Sample no último dia 12/09.

Joe Sample merece um parágrafo especial. Nos anos 1980s, ele partiu para uma carreira solo de sucessol , além de gravar com inúmeros outros artistas: Miles Davis, George Benson, Jimmy Witherspoon, B. B. King, Eric Clapton, Steely Dan, e The Supremes. Sample fazia juz ao seu nome, um verdadeiro sampler man , exibindo uma deliciosa mistura de  jazz, gospel, blues,música latina e clássica.

 

DISCOGRAFIA:

Álbuns como The Jazz Crusaders

Ano Título Tipo Selo Identif.
1961 Freedom Sound Studio Pacific Jazz ST-27
1962 Lookin’ Ahead Studio Pacific Jazz ST-43
1962 The Jazz Crusaders at the Lighthouse Live Pacific Jazz ST-57
1963 Tough Talk Studio Pacific Jazz ST-68
1963 Heat Wave Studio Pacific Jazz ST-76
1963 Jazz Waltz (w. Les McCann) Studio Pacific Jazz ST-81
1964 Stretchin’ Out Studio Pacific Jazz ST-83
1965 The Thing Studio Pacific Jazz ST-87
1965 Chile Con Soul Studio Pacific Jazz ST-20092
1966 Live at the Lighthouse ’66 Live Pacific Jazz ST-20098
1966 Talk That Talk Studio Pacific Jazz ST-20106
1966 The Festival Album Live Pacific Jazz ST-20115
1967 Uh Huh Studio Pacific Jazz ST-20124
1968 Lighthouse ’68 Live Pacific Jazz ST-20131
1968 Powerhouse Studio Pacific Jazz ST-20136
1969 Lighthouse ’69 Live Pacific Jazz ST-20165
1970 Give Peace a Chance Studio Liberty LST-11005
1970 Old Socks, New Shoes Studio Chisa CS-804

Coletâneas como The Jazz Crusaders

Ano Título Selo Identif
1969 The Best of the Jazz Crusaders World Pacific ST-20175
1973 Tough Talk Blue Note BN-LA170-G2
1975 The Young Rabbits Blue Note BN-LA530-H2
1980 Live Sides Blue Note LT-1046
1993 The Best Of Pacific Jazz CDP 077778928324
2005 The Pacific Jazz Quintet Studio Sessions Mosaic MD6-230

Álbuns como The Crusaders

Ano Título Tipo Selo Identif.
1971 Pass the Plate Studio Chisa CS-813
1972 Hollywood Studio MoWest MW-118L
1972 1 Studio Blue Thumb BTS-6001
1973 The 2nd Crusade Studio Blue Thumb BTS-7000
1973 Unsung Heroes Studio Blue Thumb BTS-6007
1974 Scratch Live Blue Thumb BTS-6010
1974 Southern Comfort Studio Blue Thumb BTSY-9002
1975 Chain Reaction Studio Blue Thumb BTSD-6022
1976 Those Southern Knights Studio Blue Thumb BTSD-6024
1977 Free as the Wind Studio Blue Thumb BT-6029
1978 Images Studio Blue Thumb BA-6030
1979 Street Life Studio MCA
1980 Rhapsody and Blues Studio MCA MCAD-1662
1981 Ongaku Kai – Live in Japan Live Crusaders CRP-16002
1981 Standing Tall Studio MCA 5254
1982 Royal Jam Live MCA 2-9017
1984 Ghetto Blaster Studio MCA
1986 The Good and the Bad Times Studio MCA 5781
1988 Life in the Modern World Studio MCA 42168
1991 Healing the Wounds Studio GRP GRD-9638
2003 Rural Renewal Studio PRA/Verve
2004 Live in Japan 2003 (only released in Japan) Live PRA VACM-1252

Coletâneas como The Crusaders

Year Title Label Label-Nr
1973 At Their Best Motown M-796V1
1976 The Best of the Crusaders ABC Blue Thumb BTSY-6027
1987 The Vocal Album MCA 42057
1988 Sample a Decade Connoisseur VSOP-LP131 (UK)
1990 16 Original World Hits MCA 2292-56787-2 LZ (Germany)
1992 The Golden Years GRP GRD-3-5007
1994 Best of Best MCA MVCZ-15020 (Japan)
1994 And Beyond… Music Collection MCCD-163 (UK)
1994 Best Pickwick PWKS-4231 (UK)
1995 The Ultimate Compilation Nectar NTRCD035 (UK)
1995 The Greatest Crusade Calibre CLBCD-5501 (UK)
1995 The Ultimate Castle CCS-CD-420 (UK)
1995 Soul Shadows Connoisseur VSOP-CD-212 (UK)
1996 The Best of the Crusaders MCA MCBD-19528 (UK)
1996 Way Back Home Blue Thumb BTD-4-700
1998 Priceless Jazz Collection GRP GRD-9892
2000 The Crusaders’ Finest Hour Verve 314-543-762-2 (US) / 543762-2 (Germany)
2003 Groove Crusade Blue Thumb 0731458994428 (UK)
2007 Gold Hip-O / Verve B0008268-02

Álbuns como The Jazz Crusaders (Wayne Henderson & Wilton Felder)

Ano Título Tipo Selo Ident.
1995 Happy Again Studio Sin-Drome 9950322
1996 Louisiana Hot Sauce Studio Sin-Drome SD-8924
1998 Breakin’ Da Rulz! Studio Indigo Blue 4634170792
2000 Power of Our Music – The Endangered SpeciesCookin’ Live, Wild In South Africa Live Indigo Blue 1144790972
2003 Soul Axess Studio True Life Jazz
2006 Alive in South Africa Live (Reissue) True Life Jazz

 

Joe Sample Solo

Título Ano Selo
Fancy Dance 1969 Gazell
Rainbow Seeker 1978 Blue Thumb
Carmel 1979 Blue Thumb
Voices in the Rain 1980 MCA Jazz
Swing Street Cafe (with David T. Walker) 1981 MCA Jazz
The Hunter 1982 MCA Jazz
Roles 1983 MCA Jazz
Oasis 1985 MCA Jazz
Spellbound 1989 Warner Bros.
Ashes To Ashes 1990 Warner Bros.
Invitation 1993 Warner Bros.
Did You Feel That? 1994 Warner Bros.
Old Places Old Faces 1996 Warner Bros.
Sample This 1997 Warner Bros.
The Song Lives On (with Lalah Hathaway) 1999 GRP
The Pecan Tree 2002 Verve
Soul Shadows 2004 Verve
Creole Love Call (with Nils Landgren) 2006 ACT music
Feeling Good (with Randy Crawford & Steve Gadd) 2007 PRA
No Regrets (with Randy Crawford & Steve Gadd) 2008 PRA
Children Of The Sun (with NDR Bigband & Steve Gadd) 2012 PRA
Live (With Randy Crawford, Steve Gadd & Nicolas Sample) 2012 PRA

 

 

 

Memória: Elis Regina e Pierre Barouh

Em 1968, foi lançado um compacto duplo, alguma coisa como um EP, hoje, contendo quatro faixas gravadas por Elis em sua turnê à França. O compacto tinha as músicas Deixa (de Vinicius e Baden), A noite do meu bem , de Dolores Duran, gravada em francês, Tristeza, de Haroldo Lobo e Niltinho e uma belíssima versão, cantada em duo, em francês, com Pierre Barouh, que também foi o autor da versão da letra. Escutem só que delicia:

Homenagem: Miltinho

Miltinho

Milton Santos de Almeida, conhecido como Miltinho (Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 1928 – 07 de setembro de 2014) foi um cantor brasileiro.

Embora Miltinho tenha começado sua carreira  década de 1940, ele fez parte importante da minha formação musical.Como eu já disse em algum outro post, minha formação musical inicial foi feita em casa, escutando, no rádio de minha mãe, os cantores que faziam sucesso na virada dos anos 50 para os sessenta. Muito Anisio Silva, Elizeth Cardoso, Ângela Maria, Altemar Dutra, Nelson Gonçalves, Anjos do Inferno,  Quatro Ases e Um Curinga, entre outros. Mas um cantor chamava especialmente minha atenção, pelo timbre, por ser sambista, em meio a tantos boleros, pelo jeito moleque de cantar : Miltinho. Como não reescutar o seu grande sucesso Mulher de 30 e não conectá-lo diretamente com minha infância? . Com essa música ele ganhou muito dinheiro e o reconhecimento do público. Recebeu vários prêmios, participou dos principais programas de televisão da época e de um filme estrelado por Mazzaropi. Recentemente havia lançado um CD com as participações de nomes como Chico Buarque, Elza Soares e Martinho da Vila, entre outros.Morreu aos 86 anos , vítima de uma parada cardíaca, no Hospital do Amparo, zona norte do Rio.

Discografia

  • (1960) Menina moça/Eu e o rio • Sideral • 78
  • (1960) Ri/Mulher de trinta • Sideral • 78
  • (1960) O diploma do astro • Sideral • LP
  • (1960) Um novo astro • Sideral • LP
  • (1961) Poema das mãos/Só vou de mulher • RGE • 78
  • (1961) Poema do adeus/A canção que virou você • RGE • 78
  • (1961) Miltinho • RCA Victor • LP
  • (1961) Volta/Murmúrio • RCA Victor • 78
  • (1962) Poema do adeus • RGE • LP
  • (1962) Canção da mamãe feliz/Falso • RGE • 78
  • (1962) Poema do olhar/Fio de canção • RGE • 78
  • (1962) Confidência/Chorando, chorando • RGE • 78
  • (1962) Saudade ferida/Dezessete e setecentes • RGE • 78
  • (1962) Meu nome é ninguém/Lembranças • RGE • 78
  • (1963) Os Grandes Sucessos de Miltinho • RGE • LP
  • (1963) Poema do olhar • RGE • LP
  • (1963) Distância/E amanhã… • RGE • 78
  • (1963) Zé da Conceição/E o tempo passou • RGE • 78
  • (1964) Eu… Miltinho • RGE • LP
  • (1964) Bossa & Balanço • RGE • LP
  • (1964) Canção do nosso amor • RGE • LP
  • (1965) Poema do fim • RGE • LP
  • (1965) Miltinho ao vivo • RGE • LP
  • (1966) Samba + Samba = Miltinho • Odeon • LP
  • (1967) Miltinho, samba e cia • Odeon • LP
  • (1967) Elza, Miltinho e samba • Odeon • LP
  • (1968) Elza, Miltinho e samba-Vol. 2 • LP
  • (1968) As mulheres de Miltinho • LP
  • (1969) Elza, Miltinho e samba-Vol. 3 • LP
  • (1969) Miltinho, samba & Cia • LP
  • (1970) Miltinho e a seresta • Odeon • LP
  • (1970) Dóris, Miltinho e charme • Odeon • LP
  • (1971) Dóris, Miltinho e charme-Vol. 2 • Odeon • LP
  • (1971) Novo recado • Odeon • LP
  • (1972) Dóris, Miltinho e charme-Vol. 3 • Odeon • LP
  • (1973) Dóris, Miltinho e charme-Vol. 4 • Odeon • LP
  • (1974) Miltinho • Odeon • LP
  • (1976) Miltinho • Odeon • LP
  • (1986) Miltinho • Inverno e Verão • LP
  • (1998) Miltinho convida • Globo Columbia • CD
  • (1997) Em tempo de bolero • Movieplay • CD

 

Blog no WordPress.com.

Acima ↑

%d blogueiros gostam disto: