Dolores Mary Eileen O’Riordan (Limerick, 6 de setembro de 1971 — Londres, 15 de janeiro de 2018),
Começamos o ano perdendo a doce voz dos Cranberries. É considerada na Irlanda como a maior cantora de toda a história do país. Sempre deu notoriedade aos The Cranberries, embora tenha estado fora da banda entre 2003 e 2009. Dolores O’Riordan faleceu inesperadamente no dia 15 de janeiro de 2018, aos 46 anos, enquanto estava em Londres, Inglaterra, para uma sessão de gravação. A causa da morte, ocorrida no hotel London Hilton on Park Lane, é uma suspeita de suicídio por overdose de Fentanil.
Fats Domino, nome artístico de Antoine Dominique Domino (Nova Orleans, 26 de fevereiro de 1928 — 24 de outubro de 2017.
Ficamos devendo uma homenagem a este ícone do rock’n’roll e da música pop mundial, falecido em outubro de 2017.
Não é exagero dizer que ele foi o “inventor” do rock, já que desde sua primeira gravação “The Fat Man” (1949), chamou a atenção por estar lançando um novo estilo, que depois ficaria conhecido como rock’n’roll. Esta gravação foi um sucesso absoluto, tendo vendido, na época, mais de um milhão de cópias. Fat passou a frequentar as paradas de sucesso com frequência, tendo emplacado Domino teve 37 singles no Top 40 da Billboard, entre elas a conhecidíssima, “Ain’t That a Shame” (1955).
Seu primeiro álbum, “Carry on Rockin“, foi lançado em novembro de 1955 e depois relançado como Rock and Rollin’ with Fats Domino in 1956, tendo alcançado a posição 17 no Top 200 de álbuns pop da Billboard. Sua versão para a música de 1940 de Vincent Rose, Al Lewis e Larry Stock, “Blueberry Hill” alcançou o segundo lugar no Top 40, foi primeiro lugar nas paradas R&B por 11 semanas, e foi seu maior hit, tendo vrendido mais mais de 5 milhões de cópias no mundo entre 1956 e 1957. Entre 1956 e 1959, teve vários outros hits : “When My Dreamboat Comes Home” (#14 Pop), “I’m Walkin‘” (#4 Pop), “Valley of Tears” (#8 Pop), “It’s You I Love” (#6 Pop), “Whole Lotta Loving” (#6 Pop), “I Want to Walk You Home” (#8 Pop), e “Be My Guest” (#8 Pop).
DISCOGRAFIA:
Rock and Rollin’ with Fats Domino (1955, Imperial)
Fats Domino Rock and Rollin’ (1956, Imperial)
This Is Fats Domino! (1956, Imperial)
This Is Fats (1957, Imperial)
Here Stands Fats Domino (1957, Imperial)
The Fabulous Mr. D (1958, Imperial)
Fats Domino Swings (1959, Imperial)
Lets Play Fats Domino (1959, Imperial)
…A Lot of Dominos! (1960, Imperial)
Sings Million Record Hits (1960, Imperial)
Let the Four Winds Blow (1961, Imperial)
I Miss You So (1960, Imperial)
What a Party! (1961, Imperial)
Twistin’ the Stomp (1961, Imperial)
Just Domino (1962, Imperial)
Let’s Dance with Domino (1963, Imperial)
Here Comes Fats Domino (1963, ABC-Paramount)
Walking to New Orleans (1963, Imperial)
Here He Comes Again (1963, Imperial LP-9248)
Fats on Fire (1964, ABC-Paramount)
“Surboum” chez Fats Domino (196?, Liberty L 83612, LBY 3002)
Live in Las Vegas (1965, Philips)
Kings of Beat 3 (1965, Star-Club Records)
Fats Domino ’65 (1965, Mercury)
Getaway with Fats Domino (1965, ABC-Paramount)
Fats Domino ’65 (1965, Mercury SR-659-C)
Fats Domino! (1966, Sunset)
Fats Domino (1966, Grand Award Records GA 267 SD)
Trouble in Mind (1968, Sunset)
Fats Is Back (1968, Reprise)
Stompin’ (1967, Sunset Records)
Fatsound (1968, Liberty LBL 83142E)
When I’m Walking (1969, Harmony)
Fats (1970, Reprise)
Fats Domino – Legendary Masters Series (1970, United Artists)
My Blue Heaven (1971, Pickwick/33 Records)
When My Dreamboat Comes Home (1973, Pickwick/33 Records)
Cookin’ with Fats (1973, United Artists)
In Concert! (1973, Mercury)
They Call Me the Fat Man (1973, Probe 1 C054-94 671)
Star Collection (1973, Midi MID 4006)
“Hello Josephine” Live at Montreux (1974, Atlantic)
Live in Europe (1977, United Artists)
Golden Record (1977, United Artists 4 C064-99365)
Sleeping on the Job (1979, Antagon Musikgesellschaft)
Lady Madonna (1979, Koala Record Co. AW 14162)
Blueberry Hill (1979, Koala Record Co. AW 14161)
1980 (1980, F-D Records WB-1200A)
Fats Domino Vol. 1 (1981, Joker SM 3895)
Alive and Kickin’ (2006, in aid of Tipitina’s Foundation)
Álbums-Tributo
That’s Fats: A Tribute to Fats Domino (1996)
Goin’ Home: A Tribute to Fats Domino (2007)
Lil’ Band o’ Gold, Lil’ Band o’ Gold Plays Fats (2012)
Charles Bradley (5 de novembro de 1948 – 23 de setembro de 2017)
Agora chegou a vez de um dos grandes nomes da Soul Music americana. No dia 23 de setembro faleceu Charles Bradley. É interessante, porque Bradley só passou a ser mesmo reconhecido depois de mais velho: o primeiro álbum do cantor, “No time for dreaming”, só foi lançado em 2011, quando ele tinha 62 anos.Ex-morador de rua, Charles Bradley foi abandonado ainda bebê pela mãe e chegou a morar nas ruas de Nova York, dormindo em vagões e estações de metrô.
Em 2012, ele foi o protagonista do documentário “Soul of America”, exibido pela primeira vez no conceituado festival South by Southwest. Recentemente ele foi muito comentado por seu excelente álbum de 2016, Changes, e pelo fantástico e improvável cover do clássico do Black Sabbath em versão cover.
Gregory Lenoir Allman, (Nashville, 8 de dezembro de 1947 – Savannah, 27 de maio de 2017)
A vida anda tão corrida que esta homenagem passou batida. Faleceu em maio Gregg Allman. Gregg e sua Allman’s Brothers Band são verdadeiros ícones do rock. A banda é considerada como a “inventora”do Southern Rock, o rock com o sotaque rural do sul dos Estados Unidos. Sua história, trágica, passa pelo assassinato de seu pai, quando ele tinha 2 anos, pela perda de seu irmão e parceiro de banda Duane, morto num acidente de moto, quando os Allman’s estavam atingindo o auge de seu sucesso em 1971, e do baterista e cofundador Berry Oakley, também de acidente de moto, em 1972 . Apesar e talvez por causa disto Gregg continuou nos presenteando com belíssimas e angustiadas canções. Meu encontro com a Allman’s Brothers se deu através do disco Brothers and Sisters e suas lindas canções como Melissa, Midnight Rider e outras. vai aqui a nossa homenagem tardia.
Luiz Carlos dos Santos (Rio de Janeiro, 7 de janeiro de 1951 – Rio de Janeiro, 4 de agosto de 2017)
Apenas uma homenagem para Luiz Melodia seria pouco para este Blog. Há muito tempo já deveríamos ter elevado Melodia à categoria de Favorito dos Sousa. O que dizer de um cantor/compositor que tem melodia até no nome? Quando ouvi Luiz Melodia pela primeira vez eu tinha 17-18 anos, tinha acabado de entrar para a Escola de Medicina e aquela voz, que resgatava o samba de morro, e ao mesmo tempo incluía uma modernidade inimaginável, um swing irresistível, tinha tudo para se tornar uma das vozes preferidas da minha geração. O seu primeiro disco, Pérola Negra, de 1973 é antológico e certamente listado entre os mais importantes da MPB. Triste que mais este talento se vá. Vai Luiz, em paz, você fez minha geração ver o samba de uma maneira moderna e diferente e será para sempre um dos Favoritos dos Sousa.
Christopher John Boyle (Seattle, 20 de julho de 1964 – Detroit, 17 de maio de 2017)
Mais uma perda para o mundo da música e em especial para o universo do rock’n’roll. Em 17 de maio de 2017, a imprensa dos Estados Unidos anunciou que Cornell havia morrido em Detroit, logo após fazer uma apresentação com sua banda Soundgarden. O representante do grupo, Brian Bumbery, e a família do músico confirmaram a notícia. De acordo com a Associated Press, o legista responsável informou que Cornell se enforcou no banheiro do hotel onde estava hospedado, horas depois de se apresentar em Detroit com sua banda, em uma turnê pelos Estados Unidos. Cornell fez parte do movimento grunge, tendo sido contemporâneo a artistas como Kurt Cobain e Nirvana, Pearl Jam e Eddie Vedder entre outros. Aliás dos grandes nomes do grunge, apenas Eddie Vedder continua vivo e ativo. Kurt Cobain suicidou, Layne Staley , líder do Alice in Chains morreu de overdose, Scott Weiland do Stone Temple Pilots também faleceu de overdose e agora foi a vez de Cornell.
Ontem Dalva de Oliveira estaria comemorando 100 anos. Mas quem foi Dalva ? Muitos de nossos leitores/ouvintes não sabem ou apenas ouviram falar dela. Paulista, de Rio Claro, Dalva foi a principal estrela da Era do Rádio. Para comparar, ela foi teve mais ou menos a mesma importância e influência que Elis Regina teria, alguns anos depois, sobre uma grande geração de cantoras. Como diz o G1 em sua edição de ontem: “Com cristalina voz de soprano, cuja extensão a permitia transitar com naturalidade dos graves aos agudos, Dalva iluminou o sentimento brasileiro com um canto aberto, folhetinesco, que atingiu (e ainda alcança) a alma popular”.
Embora tenha ficado famosa também pela “lavação de roupa suja”, em público, resultante de seu casamento com Herivelto Martins, Dalva sempre soube manter a sua estrela brilhando. Ao longo de sua discografia desfilam grandes sucessos como: Segredo (Herivelto Martins e Marino Pinto, 1947), Olhos verdes (Vicente Paiva), Tudo acabado (Osvaldo Martins e J. Piedade), Que será? (Marino Pinto e Mário Rossi), Errei, sim (Ataulfo Alves) e Ave Maria (Jayme Redondo e Vicente Paiva. Após uma breve pausa em sua carreira, parcialmente causada pela ascensão da Bossa Nova, Dalva emplacou ainda dois grandes sucessos carnavalescos que cantaremos para sempre: Máscara negra (Zé Kétti e Pereira Matos, 1966) e Bandeira branca (Max Nunes e Laércio Alves, 1970). O Vitrola deseja uma vida longa e merecida à memória de Dalva de Oliveira.
Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes, conhecido simplesmente como Belchior (Sobral, 26 de outubro de 1946 – Santa Cruz do Sul, 29 de abril de 2017)
Acho, que quase como todo mundo, conheci Belchior através da voz de Elis Regina. Só algum tempo depois é, que quando adquiri seu LP de estreia : Mote e Glosa e me apaixonei por clássicos como : “A Palo Seco”,”Todo Sujo de Batom”,”Na Hora do Almoço”,”Bebelo”,”Mote e Glosa”,”Máquina I”, “Máquina II” é que entendi que a genialidade daquele cearense era muito maior do que a apresentada por Elis. Coloco o seu álbum de 1976: Alucinação, como um dos melhores já lançados por um cntor e compositor: “Apenas um rapaz latino americano”, “Velha roupa colorida”, “Como nossos pais”, “Alucinação”, uma regravação de “A palo seco” e “Antes do fim”, eram algumas das pérolas deste disco. E ainda tem a belíssima, talvez uma das mais lindas canções da MPB, “Paralelas”. Pois é ele partiu hoje e deixou mais uma lacuna neste triste 2017.