TOP TOP – Músicas para Guitarristas

guitarra

Demorou mas o TOP TOP voltou, e com as melhores músicas para aqueles que são a alma da banda. Sem querer menosprezar os outros músicos, mas o guitarrista é o cara da banda. Ele que é, geralmente, a marca do grupo, o dono dos riffs. É difícil escolher cinco músicas, por isto abri exceção para 10. Mas também é difícil escolher 10 músicas, por isto você, caro leitor, pode achar que tem muita coisa faltando aqui. E vou concordar que tem mesmo.

10 – Black Magic Woman – Santana

Não podemos negar a importância do Santana na história da guitarra. O cara toca de uma maneira única, praticamente inimitável. A guitarra mais latina que já ouvi. Black Magic Woman é um clássico, latina, sexy, música de guitarrista. Tanto que a parte cantada da música é um mero detalhe; o importante é ouvir Santana solar.

9 – Are You Gonna Be My Girl – Jet

O guitarrista com certeza gosta muito de solos, mas ele também gosta de embalar uma música. Você deve estar pensando que esta é uma banda relativamente nova para merecer estar no TOP TOP de guitarras. “Mas logo o de guitarras Marina?” vocês me diriam. E eu respondo: “pois é”. “Are You Gonna Be My Girl” é aquela música que você quer dançar e tocar, sempre. Sabe aquele estilo dançando com air guitar? Esse mesmo. E eu duvido que você escute ela e não faça.

8 – Back in Black – AC/DC

Finalmente um clássico né? É dos riffs mais fortes da história do rock. Eu ando começando a admirar mais o AD/DC de uns tempos pra cá, e “Back to Black” é música essencial para qualquer guitarrista. Se você não sabe tocar (ou se nem ao menos tentou) pode largar sua guitarra de canto e troca logo de instrumento.

7 – Paranoid  – Black Sabbath

Eu não gosto de Black Sabbath, nunca gostei e acho o Ozzy um velho babão. Mas muito antes de ele ser esse velho babão ele e seu Black Sabbath fizeram esse clássico, indispensável para qualquer lista de guitarrista. O Black Sabbath foi o precursor do Heavy Metal, e Paranoid é a bandeira deste início.

6 – Crossroads – Cream

O que seria de uma lista de guitarristas sem o Deus, Eric Clapton? Pois é, o God, antes de ser Deus, fez maravilhas no Cream, e Crossroads é a melhor de todas (na minha opinião). O Eric, assim como o Santana lá em cima, criou um estilo único de tocar guitarra, e este rock bluzeiro desta música é de fazer chorar os ouvidos de qualquer guitarrista.

5- Smells like teen spirit – Nirvana

Não tem um guitarrista que não reconheça a importância deste riff na história do rock. O Nirvana colocou Seattle (e o Grunge) no mundo do rock. Nada de complexo, extremamente simples, mas eficientemente marcante. Número cinco sem dúvidas na minha lista.

4- Smoke on The Water – Deep Purple

Eu acho o Deep Purple uma banda de rock injustiçada. Smoke on the Water é só uma das várias excelentes músicas desta banda para guitarristas. Escolhi esta porque é talvez o primeiro riff de guitarra ensinado por qualquer professor de escola de música. Até meus primos nascidos nos anos 90 conhecem Smoke. É aquela música que dá até pra cantarolar o riff, de tão gostosa que é.

3- Pride and Joy – Stevie Ray Vaughan

Para tudo. Se você é guitarrista e nunca escutou Stevie Ray Vaughan faça o dever de casa. E se você nunca escutou “Pride and Joy” pode voltar pra escola, baixar a música no computador, ouvir no youtube, sei lá. Se vira, mas escuta. Esta música é uma obra prima (Ok, eu gosto muito de blues). A maneira como Stevie faz com que a guitarra cante a música sozinha é encantador. É de ouvir quatro, cinco, seis vezes em seguida. E pra tocar de manhã, de tarde, de noite, de madrugada.

2- Purple Haze – Jimi Hendrix

Ah Jimi. Eu fiquei muito em dúvida se colocaria esta música em primeiro. Jimi talvez tenha sido um dos maiores guitarristas da história do rock (se não o maior, mas vou deixar isto para vocês decidirem). O que Purple Haze foi para a época de seu lançamento, em 1967, ela mantém até hoje: aquela sensação de nunca ter ouvido nada igual. Jimi era único, era incrível e era intenso como suas músicas e sua guitarra…talvez por isso tenha partido tão cedo.

1 – Jonnhy Be Good – Chuck Berry

Este cara é a única razão de Jimi não ser o primeiro da lista. Chuck Berry é o primeiro simplesmente por inspirar praticamente todos estes acima nesta lista. E “Jonnhy Be Good” é um clássico. O solo inicial da música embala qualquer festa, qualquer roqueiro, qualquer pessoa. Isto é rock até hoje, e é sim a música mais essencial para um guitarrista. Não sabe tocar “Jonnhy Be Good”? Me faz um favor e vai logo tocar piano vai.

E para vocês leitores? Qual é o TOP 10 de vocês?

Os 50 Solos de Guitarra Mais Influentes do Rock – Parte VIII

Depois de um breve hiato continuamos a curtir rock>:

#28 – David Gilmour – Confortably Numb  (1979)

Porque é importante: “Poucos solos superam a vibe de Gilmour nesta obra inesquecível. Empunhando uma Stratocaster 1979 preta com braço 1962 e captadores DiMarzio ligada a amps Hiwatt e falantes rotativos Yamaha RA-200, Gilmour transformou licks de bues em uma expressão pessoal única, que influenciou milhares de guitarristas. Comfortably Numb é a sua coroação com solista” (Guitar Player)

David Gilmour e a Fender Stratocaster 1979

#29 – Angus Young – You Shook Me All Night Long  (1980)

Porque é importante: ” Nada mais lógico que uma música sobre sexo ter umsolo sexy,certo? Correto.Angus Young aplica suas influências blueseiras em um solo fumegante e divertido, carregado de atitude. Suas suculentas pentatônicas maiores e seu belo timbre – produzido com um antigo Marshall e uma Gibson SG – são a cobertura do bolo, recheado com seu groove, entonação e fraseado impecáveis” (Guitar Player)

Angus e a Gibson SG

Os 50 Solos de Guitarra Mais Influentes do Rock – parte V

Mais um pedaço da lista da Guitar Player, e sempre a oportunidade de curtir clássicos:

 

#16 – B.B. King – The Thrill is Gone (1969)

Porque é importante: ” …B.B.King agraciou esta canção com um de seus solos mais emotivos… Além de ser um grande sucesso de B.B.King, The Thrill is Gone provou a guitarristas que é possível tocar devagar e soar legal. Numa época em que Johnny Winter estava introduzindo a “fritação” no blues-rock, o vibrato gigantesco e o profundo sentimento de B.B.King definiu o que era tocar “tocar com o coração”.(Guitar Player)

A guitarra de B.B.King merece um tópico especial na história do Blues:

Lucille, a guitarra de B.B. King


“Nos anos 50, enquanto B.B. King estava tocando num bar em Twist, Arkansas, houve uma grande confusão entre os fãs. Dois homens começaram a brigar, e derrubaram um fogão de querosene, incendiando todo o local. King correu para o lado de fora com todo mundo, então se deu conta de que tinha deixado sua amada guitarra acústica lá dentro, e correu para dentro do bar em chamas para recuperá-la, por pouco escapando da morte. Quando mais tarde ele descobriu que a briga tinha acontecido por causa de uma mulher chamada Lucille, ele decidiu dar o nome a sua guitarra, para lembrá-lo de nunca fazer algo louco como brigar por causa de uma mulher. Desde então, cada uma de suas guitarras Gibson ES-355 é chamada de Lucille.”

 

#17 – John McLaughlin – Meeting of the Spirits (1971)

Porque é importante: “McLaughlin já havia realizado um trabalho revolucionário com o Lifetime de Tony Williams, com Miles Davis e comoartista solo. Porém foi no álbum The Inner Mounting Flame que ele acendeu o fusível do fusion, graças à combinação de Gibson com distorção Marshall no talo, a uma palhetada velocíssima, complex e ultraprecisa e a um fraseado peculiar que reescreveu os conceitos existentes de guitarrista elétrico” (Guita Player)

A Guitarra de John McLaughlin também merece um capítulo especial :

The Double Rainbow :

” John estava com a Mahavishnu em Los Angeles e após o concerto um sujeito estranho chamado Rex Bogue se aproximou de John e lhe disse que era um grande fã. Era também luthier e lhe mostrou uma de suas guitarras. O guitarrista experimentou o instrumento e ficou realmente impressionado. John vinha procurando por uma guitarra que lhe agradasse e nada parecia suprir suas necessidades. Naquele momento ele vinha usando uma Gibson Double-Neck que havia sido feita sob encomenda, mas para John ela tinha muitas imperfeições. Ele precisava de algo mais.Assim, tudo no momento certo. John pediu a Rex que lhe construisse uma double-neck.Nascia uma das mais belas guitarras da história, o Duplo Arco-Iris ou ‘The Double Rainbow’. O luthier passou exatamente 1 ano de sua vida dedicado, exclusivamente, a construção da guitarra. O corpo de 3 peças foi esculpido a mão em maple, de acordo com Bogue ‘o mais belo e envelhecido maple que eu pude encontrar’. O conceito básico para a construção do instrumento foi a de espelhar os dois braços, construindo o instrumento como duas guitarras idênticas, invertidas. Para a montagem dos braços laminados de ‘nove’ peças, foram utilizados maple e rosewood brasileiro, enquanto a escala, a pedido de McLaughlin, foi feita em ébano Gaboon. Dois tensores foram colocados no braço de doze cordas, um no braço de seis.A elaborada incrustação em abalone colorido nas escala é provavelmente o efeito visual mais impressionante da guitarra.Um problema que Rex Bogue teve que resolver foi que, para ele poder manter seu conceito de ‘espelho’, as duas mãos teriam que ter o mesmo tamanho. Assim o luthier resolveu a questão invertendo 6 das 12 tarraxas Klusons Custom Gold-Plated, dando um aspecto semelhante as Rickenbacker 360/12. Para o braço de seis cordas, Bogue utilizou tarraxas Grover Imperial. Tanto esmero e capricho fez a guitarra pesar mais de 30 libras e custar (na época) mais de U$ 5.000,00. Após três anos de uso a Double Rainbow sofreu um terrível e enigmático acidente. Caindo de uma bancada, sem ninguém por perto, esta magnífica obra de arte encontrou o chão ‘de frente’ e partiu o corpo em dois.John até hoje planeja a reconstrução do instrumento, o que agora fica mais difícil pois já não contamos com a presença de Rex Bogue, que nos deixou em 1996.”  (Vintage Guitar)

 

#18  – Ritchie Blackmore– Highway Star (1972)

Porque é importante: “Formado por partes harmonizadas, bends de bom gosto, tercinas velozes e manipulações da alavanca, o solo de Highway Star influenciou milhares de guitarristas de rock e metal, de Morse a Malmsteen, passando por Mustaine. Blackmore plugou sua Strato em um Marshall (passando por um pré-amp de gravador de fita de rolo). Um dos mais memoráveis solos do mestre do Deep Purple.”(Guitar Player)

Fender Stratocaster Ritchie Blackmore/Ritchie Blackmore

 

#19  – Billy Gibbons– La Grange (1973)

Porque é importante: ” Gibbons deixou sua marca neste shuffle clássico com dois solos. No Primeiro, uma Strato 1955 entra gritando com aquela clássica mordida de captador de ponte da Fender. Depois Gibbons muda para o pickup frontal e toca uma passagem suingada com com double-stops e linhas pentatônicas contagiantes, executadas com seu impecável senso de tempo e groove. Mas é pelo segundo solo da faixa que o guitarrista é mais conhecido, aquele que todo guitarrista de hard-rock tem que estudar devido aos insanos harmônicos artificiais de Gibbons. Com sua Les Paul “Pearly Gates” 1959, o Reverendo grita. ruge e produz tantos harmônicos que seria até engraçado, se não fosse tão arrasador.” (Guitar Player)

Fender Stratocaster 1955/Gibbons e suas Les Paul Pearly Gates

Os 50 Solos de Guitarra Mais Influentes do Rock – Parte III

Continuando a série:

#9 – Jeff Beck – Over Under Sideways Down (1966)

Porque é importante: ” Talvez nenhuma outra banda tenha inspirado tantos guitarristas quanto os Yardbirds. No clássico Over Under Sideways Down, Beck baseia-se nos sons viajantes da cítara, como na maior parte de suas gravações da época. Misturando loucuras modais e pentatônicas furiosas, este solo ainda se mantém como um dos melhores momentos de Beck – o que não é pouca coisa.” (Guitar Player)

Jeff Beck e a Fender Squire 1954 /Vox AC30

#10  –Albert King– Born Under a Bad Sign (1967)

Porque é importante: “São admiradores de Albert King: Stevie Ray Vaugham, Eric Clapton e Jimi Hendrix. Seu fraseado econônmico e os bends executados com autoridade são lição obrigatória para quem deseja tocar o blues rock.Em Born under a bad sign a Gibson Flying V de King geme, grita e move montanhas, graças a bends intensos e a um timbre penetrante que revela todas as nuanças do estilo King. Essa música também prova que embora Stevie Ray Vaugham e  Eric Clapton pudessem tocar Albert, como guitarristas eles não chegavam nem perto dele.” (Guitar Player)

Gibson Flying V                                               Albert King

#11  –Eric Clapton– Crossroads (1968)

Porque é importante: ” Eric “Slowhand” Clapton, mal sabia que depois de tocar no Winterland, em San Francisco (EUA) ele havia criado um molde para o que seria uma guitarra de blues rock uivante, lírica e expressiva. O primeiro solo de Clapton é um exemplo de intensidade guitarrística, enquanto o segundo vai ainda mais longe e chega ao climax. Nem uma única nota à toa, fraseado impecável e vibrato do mais alto nível de elegância – Clapton foi perfeito e uma nota a mais poderia estragar tudo.” (Guitar Player)

A guitarra:

Gibson ES 335 1964/Eric Clapton

Nova Série: Os 50 Solos de Guitarra Mais Influentes do Rock

Julho, mês do Rock, e o Vitrola continua comemorando… Para os próximos dias vamos tentar postar os  50 Solos de Guitarra Mais Influentes do Rock , escolhidos pela influente revista Guitar Player americana. Espero que gostem, comentem, concordem ou discordem. Vamos lá:

#1 . Elmore James : Dust my Broom (1951):

Porque é importante: Segundo a Guitar Player ” todo guitarrista que toca slide guitar deve alguma coisa ao mestre Elmore, sendo que o som slide desta música reaparece incontáveis vezes em canções de rock e blues.” “Ainda segundo a Guitar Player a gravação original é em afinação D aberto (D,A,D,F#,A,D, do grave ao agudo), provavelmente em um flat-top Kay  ou Harmony Sovereign”. Uma curiosidade, Jimi Hendrix no início da carreira usou os nomes de Jimmy James ou de Maurice James, em homenagem a Elmore James.

Flat Top Kay e Harmony Sovereign

#2. Les Paul : How High is the Moon (1951)

Porque é importante: ” O uso de linhas sincopadas, uso de eco, double-stops ritmicos, bends blueseiros, figuras em cascata e ornamentações idiossincrásicas ajudaram a estabelecer o guitarrista como o mais criativo de sua geração. A versão original foi gravada com a velha Epiphone de Les Paul , mais conhecida como “Clunker” e “Breadwinner”, equipada com captadores envenenados, enrolados sob encomenda.” (Guitar Player)

Glossário: linhas sincopadas  (fortemente marcadas); double-stops ( Um double stop é quando se toca duas notas ao mesmo tempo)

Les Paul e sua “Clunker”

#3. Scotty Moore – That’s All Right Mamma (1954)

Porque é importante: ” Scotty Moore e sua Gibson ES-252, ligada a um Fender DeLuxe 1952, junto com Elvis Presley e o baixista Bill Black, criaram um estilo simples, objetivo, com muito suingue. O solo de guitarra de Scotty inspirou muitos instrumentistas de George Harrison a Keith Richards, passando por Jimmy Page e Danny Gaton. Os double-stops e a linha nas cordas graves são inesquecíveis , tornando esta passagem uma das mais importantes do rock. ” (de novo o texto é da Guitar Player)

A Gibson ES295 e Scotty Moore

#4. Eddie  Cochram – Sittin’ In the Balcony (1957)

Porque é importante: ” Forte carisma, timbres recheados de ecos e extrememente influente no final dos anos 1950. (p.e. : Paul McCartney tocou Twenty Flight Rock no seu primeiro encontro com John Lennon). Cochram usava uma Gretsch 6120 ano 1955, equipada com um captador Gibson P-90 na posição do braço. O solo de Sttin’ in the Balcony  tem a influência de seus heróis Chet Atkins, Joe Maphis e Johnny Smit” (Guitar Player)

A Gretsch 6120 ano 1955 e Eddie Cochram

Mais 4 solos importantes no próximo post, aguarde.

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