Celebração de amor e amizade: B. B. King & Buddy Guy – “Stay Around a Little Longer”

Uma linda canção, celebrando a amizade entre B. B. King e Buddy Guy. Uma verdadeira declaração de amor entre duas lendas da música.

Esta música foi lançada no álbum do Buddy Guy chamado “LIving Proof”, de outubro de 2010, que ainda conta com a participação especial de Carlos Santana em uma das faixas (“Where The Blues Begins” – que merecerá uma nova postagem, com certeza),

Buddy Guy diz no meio da música: “I spend too many nights listening to you play … still sound good”

E B. B. King responde em grande estilo: “When I’m pushing up daisies …. don’t forget …. you’re still my buddy!”

Homenagem: Como não falar de B.B.King ? – B.B.King em BH

Realmente, embora fosse esperada, a morte de B.B.King nos entristece a todos. Só assisti B.B. King ao vivo uma vez, mas a ocasião foi muito especial. Não bastasse ele já ser uma lenda do Blues, tive a oportunidade de vê-lo tocando com sessenta anos de idade, em pleno auge de sua forma, num show de mais de duas horas, aqui mesmo em Belo Horizonte. É verdade. B.B King tocou duas vezes na capital mineira – a primeira, a que refiro, no Palácio das Artes, em 1986 e depois a segunda. em 1995, no Minascentro. O show que assisti pode ser considerado um dos grandes momentos musicais da minha vida como espectador de concertos e shows musicais. B.B. King esbanjou simpatia e competência ressaltada pela belíssima acústica do Palácio das Artes. Fica para sempre na minha memória o Rei do Blues atirando palhetas de guitarra e humildemente se abaixando para tocar a mão de seus inúmeros fãs, por mais de quinze após o final do show, enquanto seu conjunto tocava.B.B. King não morreu porque ele é eterno. Abaixo B.B. exibe seus dotes como cantor:

Os 50 Solos de Guitarra Mais Influentes do Rock – parte V

Mais um pedaço da lista da Guitar Player, e sempre a oportunidade de curtir clássicos:

 

#16 – B.B. King – The Thrill is Gone (1969)

Porque é importante: ” …B.B.King agraciou esta canção com um de seus solos mais emotivos… Além de ser um grande sucesso de B.B.King, The Thrill is Gone provou a guitarristas que é possível tocar devagar e soar legal. Numa época em que Johnny Winter estava introduzindo a “fritação” no blues-rock, o vibrato gigantesco e o profundo sentimento de B.B.King definiu o que era tocar “tocar com o coração”.(Guitar Player)

A guitarra de B.B.King merece um tópico especial na história do Blues:

Lucille, a guitarra de B.B. King


“Nos anos 50, enquanto B.B. King estava tocando num bar em Twist, Arkansas, houve uma grande confusão entre os fãs. Dois homens começaram a brigar, e derrubaram um fogão de querosene, incendiando todo o local. King correu para o lado de fora com todo mundo, então se deu conta de que tinha deixado sua amada guitarra acústica lá dentro, e correu para dentro do bar em chamas para recuperá-la, por pouco escapando da morte. Quando mais tarde ele descobriu que a briga tinha acontecido por causa de uma mulher chamada Lucille, ele decidiu dar o nome a sua guitarra, para lembrá-lo de nunca fazer algo louco como brigar por causa de uma mulher. Desde então, cada uma de suas guitarras Gibson ES-355 é chamada de Lucille.”

 

#17 – John McLaughlin – Meeting of the Spirits (1971)

Porque é importante: “McLaughlin já havia realizado um trabalho revolucionário com o Lifetime de Tony Williams, com Miles Davis e comoartista solo. Porém foi no álbum The Inner Mounting Flame que ele acendeu o fusível do fusion, graças à combinação de Gibson com distorção Marshall no talo, a uma palhetada velocíssima, complex e ultraprecisa e a um fraseado peculiar que reescreveu os conceitos existentes de guitarrista elétrico” (Guita Player)

A Guitarra de John McLaughlin também merece um capítulo especial :

The Double Rainbow :

” John estava com a Mahavishnu em Los Angeles e após o concerto um sujeito estranho chamado Rex Bogue se aproximou de John e lhe disse que era um grande fã. Era também luthier e lhe mostrou uma de suas guitarras. O guitarrista experimentou o instrumento e ficou realmente impressionado. John vinha procurando por uma guitarra que lhe agradasse e nada parecia suprir suas necessidades. Naquele momento ele vinha usando uma Gibson Double-Neck que havia sido feita sob encomenda, mas para John ela tinha muitas imperfeições. Ele precisava de algo mais.Assim, tudo no momento certo. John pediu a Rex que lhe construisse uma double-neck.Nascia uma das mais belas guitarras da história, o Duplo Arco-Iris ou ‘The Double Rainbow’. O luthier passou exatamente 1 ano de sua vida dedicado, exclusivamente, a construção da guitarra. O corpo de 3 peças foi esculpido a mão em maple, de acordo com Bogue ‘o mais belo e envelhecido maple que eu pude encontrar’. O conceito básico para a construção do instrumento foi a de espelhar os dois braços, construindo o instrumento como duas guitarras idênticas, invertidas. Para a montagem dos braços laminados de ‘nove’ peças, foram utilizados maple e rosewood brasileiro, enquanto a escala, a pedido de McLaughlin, foi feita em ébano Gaboon. Dois tensores foram colocados no braço de doze cordas, um no braço de seis.A elaborada incrustação em abalone colorido nas escala é provavelmente o efeito visual mais impressionante da guitarra.Um problema que Rex Bogue teve que resolver foi que, para ele poder manter seu conceito de ‘espelho’, as duas mãos teriam que ter o mesmo tamanho. Assim o luthier resolveu a questão invertendo 6 das 12 tarraxas Klusons Custom Gold-Plated, dando um aspecto semelhante as Rickenbacker 360/12. Para o braço de seis cordas, Bogue utilizou tarraxas Grover Imperial. Tanto esmero e capricho fez a guitarra pesar mais de 30 libras e custar (na época) mais de U$ 5.000,00. Após três anos de uso a Double Rainbow sofreu um terrível e enigmático acidente. Caindo de uma bancada, sem ninguém por perto, esta magnífica obra de arte encontrou o chão ‘de frente’ e partiu o corpo em dois.John até hoje planeja a reconstrução do instrumento, o que agora fica mais difícil pois já não contamos com a presença de Rex Bogue, que nos deixou em 1996.”  (Vintage Guitar)

 

#18  – Ritchie Blackmore– Highway Star (1972)

Porque é importante: “Formado por partes harmonizadas, bends de bom gosto, tercinas velozes e manipulações da alavanca, o solo de Highway Star influenciou milhares de guitarristas de rock e metal, de Morse a Malmsteen, passando por Mustaine. Blackmore plugou sua Strato em um Marshall (passando por um pré-amp de gravador de fita de rolo). Um dos mais memoráveis solos do mestre do Deep Purple.”(Guitar Player)

Fender Stratocaster Ritchie Blackmore/Ritchie Blackmore

 

#19  – Billy Gibbons– La Grange (1973)

Porque é importante: ” Gibbons deixou sua marca neste shuffle clássico com dois solos. No Primeiro, uma Strato 1955 entra gritando com aquela clássica mordida de captador de ponte da Fender. Depois Gibbons muda para o pickup frontal e toca uma passagem suingada com com double-stops e linhas pentatônicas contagiantes, executadas com seu impecável senso de tempo e groove. Mas é pelo segundo solo da faixa que o guitarrista é mais conhecido, aquele que todo guitarrista de hard-rock tem que estudar devido aos insanos harmônicos artificiais de Gibbons. Com sua Les Paul “Pearly Gates” 1959, o Reverendo grita. ruge e produz tantos harmônicos que seria até engraçado, se não fosse tão arrasador.” (Guitar Player)

Fender Stratocaster 1955/Gibbons e suas Les Paul Pearly Gates

Blog no WordPress.com.

Acima ↑

%d blogueiros gostam disto: