Os Incríveis Anos 70 – Capítulo 3 – Taiguara e a censura

(Montevidéu, 9 de outubro de 1945 — São Paulo, 14 de fevereiro de 1996)

Hoje eu estava escutando um disco de Taiguara, do final da década de 60: O Vencedor de Festivais (Odeon – LP – 1968) e fui transportado de volta a tempos felizes. Taiguara era um dos cantores prediletos da minha mãe – um cara que conseguia fazer sucesso, sendo um trovador romântico, no pleno auge da Jovem Guarda, Bossa Nova e Tropicália. Taiguara era uruguaio de nascimento e filho do maestro brasileiro Ubirajara Silva, famoso nos anos quarenta e cinquenta. Autor de vários clássicos da MPB, como Hoje, Universo do teu corpo, Piano e viola, Amanda, Tributo a Jacob do Bandolim, Viagem, Berço de Marcela, Teu sonho não acabou, Geração 70 e Que as Crianças Cantem Livres; Helena, entre outros. Taiguara, apesar da aparência dócil e romântica teve muitos problemas com a censura durante a ditadura militar brasileira. Acreditem ou não, Taiguara foi um dos compositores mais censurados na historia da MPB, tendo 68 canções censuradas e escreveu uma, Cavaleiro da Esperança, em homenagem a Luís Carlos Prestes. Na mesma época que Caetano, Gil e Chico deixaram o país,  Taiguara a se auto-exilou na Inglaterra em meados de 1973. Em Londres, estudou no Guildhall School of Music and Drama e gravou o Let the Children Hear the Music, que nunca chegou ao mercado, tornando-se o primeiro disco estrangeiro de um brasileiro censurado no Brasil . Em 1975, voltou ao Brasil e gravou o Imyra, Tayra, Ipy – Taiguara com Hermeto Paschoal,  Wagner Tiso, Toninho Horta, Nivaldo Ornelas, Jacques Morelenbaum, Novelli, Zé Eduardo Nazário, Ubirajara Silva e uma orquestra sinfônica de 80 músicos.Para variar, o espetáculo de lançamento do disco foi cancelado e todas as cópias foram recolhidas pela ditadura militar em poucos dias. Desiludido, Taiguara partiu para um segundo auto-exílio que o levaria à África e à Europa por vários anos. Embora suas músicas antigas tenham continuado a fazer sucesso, Taiguara nunca mais foi lembrado e entrou em ostracismo, tendo falecido em decorrência de um câncer na bexiga em 1996.

 

 

Memória: Demis Roussos

Demis Roussos, (Artemios Ventouris Roussos), (Alexandria, 15 de junho de 1946 – Atenas, 25 de janeiro de 2015)

Faleceu no último final de semana o cantor grego, nascido no Egito, Demis Roussos. Demis tinha 68 anos e a sua morte foi anunciada pela sua filha, após internação prolongada no no hospital Hygeia, em Atenas. Demis foi uma das caras da música pop europeia na década de 70, tendo vendido mais de 60 milhões de álbuns. Ou seja, se você tiver mais de 50 anos, com certeza cantou e dançou muitas músicas deste simpático grego. Inicialmente em parceria com Vangelis Papathanassiou no grupo Aphodite’s Child (1968) e depois em carreira solo, Demis certamente marcou a nossa adolescência com canções adocicadas, com um toque de rock progressivo, pegajosas e inesquecíveis. Seu primeiro sucesso foi Rain and tears, o primeiro single, que chegou ao topo das tabelas francesas, tornou a banda conhecidae fez de Demis Roussos, baixista e vocalista, ser reconhecido como um dos nomes pioneiros do rock progressivo. 666, o último registo do trio, lançado em 1972, álbum conceitual inspirado no Livro das Revelações, ficou para a História como um clássico do rock progressivo. Já em carreira solo Demis emplacou hits em sequência, começando com We shall dance, o primeiro single, editado em 1971, e depois por Forever and everGoodbye my love, goodbye. Nos anos 1970 a sua voz, a sua barba, as túnicas coloridas e as lantejoulas cobrindo o corpo obeso, (147 quilos) , formaram uma das imagens icônicas da década. Em 1975 teve cinco álbuns no top 10 [no Reino Unido] e ganhou o prêmio de melhor artista masculino, melhor single e melhor álbum. No Brasil, conseguiu lotar o estádio Maracanã com capacidade para 150.000 pessoas, no primeiro mega show internacional realizado no Brasil. Voltou  a colaborar  com Vangelis (na trilha sonora de Blade Runner  e na versão cantada de Momentos de Glória, editada em 1981 sob o título Race to the End). Demis, de 2009, foi o seu último álbum.

Discografia

  1. ” On the Greek Side of My Mind” –
  2. ” Forever And Ever ” – (1973);
  3. ” My Only Fascination ” –
  4. ” Auf Wiederseh’n ” –
  5. ” Souvenirs ” –
  6. ” Die Nacht und der Wein ” –
  7. ” Happy to Be ” –
  8. ” Kyrila ” –
  9. ” The Demis Roussos Magic ” –
  10. ” Ainsi Soit-il ” –
  11. ” Demis Roussos ” –
  12. ” Man of the World ” –
  13. ” Demis ” –
  14. ” Reflection ” –
  15. ” Senza Tempo ” –
  16. ” The Story of Demis Roussos ” –
  17. ” Come all ye Faithful ” –
  18. ” Le Grec ” –
  19. ” Voice and Vision ” –
  20. ” Insight ” – (1993)
  21. ” Demis Roussos in Holland ” –
  22. ” Immortel ” –
  23. ” Serenade ” –
  24. ” Mon îl ” –
  25. ” Auf meinen Wegen ” –
  26. ” Demis Roussos – Live in Brazil – 2006 “
  27. “Demis”- 2009

 

Os Incríveis Anos 70 – Capítulo 2 – Secos & Molhados

Corria o ano de 1973, aqui no Brasil, ditadura, censura, mas a música andava a mil. Embora fossem diversos os cantores e compositores que nos encantavam, faltava alguma coisa ousada, o paralelo nacional à androginia de David Bowie, com seu Ziggy Stardust ou um retorno ao modernismo dos Mutantes. De repente, uma bomba. Um cantor andrógino, para dizer o mínimo, semi nu, rebolando e cantando músicas que misturavam rock, vira , MPB com poesias de Cassiano Ricardo, Vinícius de Moraes, Oswald de Andrade, Fernando Pessoa, e João Apolinário e letras de um ousado compositor – João Ricardo. O sucesso não foi imediato. Lembro que comprei o meu LP, lançado por uma gravadora pequena, a Continental, logo após o lançamento. Meus amigos estranharam, mas eu adorei. Lá pelo final do ano, relançado pelo Fantástico, o grupo estourou – mais de 1 milhão de discos vendidos, esgotado em todas as lojas, com reprensagens de última hora. Sem dúvida um dos mais importantes discos da história da MPB, que nunca mais foi a mesma depois dos Secos & Molhados.

 

Os Incríveis anos 70 – CAPÍTULO I – Fábio Jr cantando em inglês

Estamos iniciando mais uma série – Os Incríveis Anos 70. Neste espaço vamos falar deste anos malucos, que se tornaram referência para quase tudo que conhecemos em matéria de música popular. Vamos contar algumas histórias da época e reviver algumas músicas que marcaram a época. Critério – nenhum. Preconceitos – poucos. Vamos falar de tudo que der vontade. Nossos leitores podem sugerir temas também.

No fim dos anos 70, Fábio Jr. ainda cantava em inglês e usava pseudônimos como Mark Davis

CAPÍTULO I : Quando Fábio Jr cantava e gravava em inglês

Vocês sabiam ou se lembram, que lá pelo meio da década de 70, puxada pela demanda das novelas da Globo e também da Tupi, que faziam muito sucesso com suas trilhas sonoras internacionais, muitos cantores brasileiros fizeram gravações de sucessos em inglês ? A história foi a seguinte: as trilhas de novela se utilizavam habitualmente de 12 faixas, que eram compiladas pela Som Livre ou pela K-Tel ou Continental, para serem lançadas em formato de LP. Acontece que muitas gravadoras não liberavam as gravações de seus artistas para serem usadas, ou cobravam muito caro por isto. Aí surgiu o jeitinho brasileiro – compor e cantar em inglês, e como disse Milton Nascimento, foi assim que muita gente boa botou o pé na profissão de tocar um instrumento ou de cantar. Vamos lembrar vários sucessos que marcaram esta fase nos próximos posts.

Iniciamos hoje com o ídolo Fábio Jr, que com 22 anos teve seu primeiro sucesso, gravando como Mark Davis. O sucesso : Don’t let me cry , inserido na trilha da novela Barba Azul, da TV Tupi.

Memória: Joe Cocker

A voz rouca de Joe Cocker o transformou em um dos maiores intérpretes do rock. "With a little help from my friends" e "Feelin' Alright" são exemplos de sucessos de Cocker

 * Sheffield, 20 de maio de 1944 —  + 22 de dezembro de 2014

Parece que véspera de Natal sempre nos reserva uma má notícia no mundo musical. A de hoje é a morte de Joe Cocker. Joe sofria de um câncer de pulmão já há alguns anos e hoje não resistiu. O cantor foi extremamente marcante para a geração Woodstock, com sua voz rouca e uma interpretação apaixonada e quase histriônica. A sua interpretação de “With a Little Help From my Friend”, um clássico dos Beatles, superou a original e é muito conhecida ainda hoje, mesmo pelas gerações mais novas. Sua discografia inclui vinte álbuns, alguns geniais e outros nem tanto, mas a força de sua interpretação ficará para sempre em faixas como: “You Are So Beautiful”, “When The Night Comes” , “Unchain My Heart” e “You Can Leave Your Hat On”, só para citar algumas.

 

 

Discografia : With A Little Help From My Friends (1969) Joe Cocker! (1969) Mad Dogs & Englishmen (1970) Joe Cocker (1972) I Can Stand A Little Rain (1974) Jamaica Say You Will (1975) Stingray (1976) Greatest Hits (1977) Luxury You Can Afford (1978) Sheffield Steel (1982) Civilized Man (1984) Cocker (1986) Unchain My Heart (1987) One Night Of Sin (1989) Joe Cocker Live (1990) Night Calls (1992) The Best Of Joe Cocker (1993) Have A Little Faith (1994) The Long Voyage Home (1995) Organic (1996) Across From Midnight (1997) Greatest Hits (1998) No Ordinary World (1999) Respect Yourself (2002) Heart & Soul (2005) Hymn for my soul (2007) Hard Knocks (2010) Fire It Up (2012)

Jorge Marcio rádio CULTURA e EXTRA FM BH

Graças ao nosso grande leitor Jota, outro áudio do Jorge Márcio na rádio Extra FM, relembrando os tempos da rádio Cultura e algumas músicas da época. Vamos relembrar juntos…Feche os olhos e faça de conta que você está escutando a Cultura…Ai, saudade…

Memória: Elis Regina e Pierre Barouh

Em 1968, foi lançado um compacto duplo, alguma coisa como um EP, hoje, contendo quatro faixas gravadas por Elis em sua turnê à França. O compacto tinha as músicas Deixa (de Vinicius e Baden), A noite do meu bem , de Dolores Duran, gravada em francês, Tristeza, de Haroldo Lobo e Niltinho e uma belíssima versão, cantada em duo, em francês, com Pierre Barouh, que também foi o autor da versão da letra. Escutem só que delicia:

Homenagem: Miltinho

Miltinho

Milton Santos de Almeida, conhecido como Miltinho (Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 1928 – 07 de setembro de 2014) foi um cantor brasileiro.

Embora Miltinho tenha começado sua carreira  década de 1940, ele fez parte importante da minha formação musical.Como eu já disse em algum outro post, minha formação musical inicial foi feita em casa, escutando, no rádio de minha mãe, os cantores que faziam sucesso na virada dos anos 50 para os sessenta. Muito Anisio Silva, Elizeth Cardoso, Ângela Maria, Altemar Dutra, Nelson Gonçalves, Anjos do Inferno,  Quatro Ases e Um Curinga, entre outros. Mas um cantor chamava especialmente minha atenção, pelo timbre, por ser sambista, em meio a tantos boleros, pelo jeito moleque de cantar : Miltinho. Como não reescutar o seu grande sucesso Mulher de 30 e não conectá-lo diretamente com minha infância? . Com essa música ele ganhou muito dinheiro e o reconhecimento do público. Recebeu vários prêmios, participou dos principais programas de televisão da época e de um filme estrelado por Mazzaropi. Recentemente havia lançado um CD com as participações de nomes como Chico Buarque, Elza Soares e Martinho da Vila, entre outros.Morreu aos 86 anos , vítima de uma parada cardíaca, no Hospital do Amparo, zona norte do Rio.

Discografia

  • (1960) Menina moça/Eu e o rio • Sideral • 78
  • (1960) Ri/Mulher de trinta • Sideral • 78
  • (1960) O diploma do astro • Sideral • LP
  • (1960) Um novo astro • Sideral • LP
  • (1961) Poema das mãos/Só vou de mulher • RGE • 78
  • (1961) Poema do adeus/A canção que virou você • RGE • 78
  • (1961) Miltinho • RCA Victor • LP
  • (1961) Volta/Murmúrio • RCA Victor • 78
  • (1962) Poema do adeus • RGE • LP
  • (1962) Canção da mamãe feliz/Falso • RGE • 78
  • (1962) Poema do olhar/Fio de canção • RGE • 78
  • (1962) Confidência/Chorando, chorando • RGE • 78
  • (1962) Saudade ferida/Dezessete e setecentes • RGE • 78
  • (1962) Meu nome é ninguém/Lembranças • RGE • 78
  • (1963) Os Grandes Sucessos de Miltinho • RGE • LP
  • (1963) Poema do olhar • RGE • LP
  • (1963) Distância/E amanhã… • RGE • 78
  • (1963) Zé da Conceição/E o tempo passou • RGE • 78
  • (1964) Eu… Miltinho • RGE • LP
  • (1964) Bossa & Balanço • RGE • LP
  • (1964) Canção do nosso amor • RGE • LP
  • (1965) Poema do fim • RGE • LP
  • (1965) Miltinho ao vivo • RGE • LP
  • (1966) Samba + Samba = Miltinho • Odeon • LP
  • (1967) Miltinho, samba e cia • Odeon • LP
  • (1967) Elza, Miltinho e samba • Odeon • LP
  • (1968) Elza, Miltinho e samba-Vol. 2 • LP
  • (1968) As mulheres de Miltinho • LP
  • (1969) Elza, Miltinho e samba-Vol. 3 • LP
  • (1969) Miltinho, samba & Cia • LP
  • (1970) Miltinho e a seresta • Odeon • LP
  • (1970) Dóris, Miltinho e charme • Odeon • LP
  • (1971) Dóris, Miltinho e charme-Vol. 2 • Odeon • LP
  • (1971) Novo recado • Odeon • LP
  • (1972) Dóris, Miltinho e charme-Vol. 3 • Odeon • LP
  • (1973) Dóris, Miltinho e charme-Vol. 4 • Odeon • LP
  • (1974) Miltinho • Odeon • LP
  • (1976) Miltinho • Odeon • LP
  • (1986) Miltinho • Inverno e Verão • LP
  • (1998) Miltinho convida • Globo Columbia • CD
  • (1997) Em tempo de bolero • Movieplay • CD

 

Hollywood Rock Festival (1975) – Video

 

No post anterior, sobre o Raul Seixas, falamos de festival de Rock, na década de 1970. Não é que encontrei esta joia no You Tube ?

“Foram alguns dias do festival, intercalados por semanas. O evento foi organizado por Nelson Motta com a colaboração de Erasmo Carlos. Seguia o astral bicho-grilo da época, num tempo em que rock era coisa de roqueiro. O local do evento foi o campo do Botafogo, no bairro do mesmo nome, no Rio de Janeiro, a essas alturas se despedindo da condição de cidade-estado da Guanabara.”

Aproveitem

 

Favoritos dos Sousa: Bobby Womack

Bobby Womack – (Robert Dwayne “Bobby” Womack (Cleveland, EUA, 4 de março de 1944 – 27 de junho de 2014)

 

Foi um cantor, compositor e músico norte-americano. Ativo desde o início dos anos 1960, quando ele começou sua carreira como vocalista da banda de sua família chamado The Valentinos, e como um guitarrista que acompanhou Sam Cooke. A carreira de Womack foi desenvolvida durante mais de 40 anos e gerou um repertório em estilos como R&B, soul, doo-wop, gospel, country, funk. Womack foi introduzido no Rock and Roll Hall of Fame, em 2009. Pois Bobby morreu nesta sexta (27), aos 70 anos. Um representante de sua gravadora, a XL Recordings, confirmou a morte à revista “Rolling Stone”, mas disse que a causa ainda não é conhecida.O cantor já havia sido hospitalizado por um longo período em decorrência de um câncer e chegou a ficar em estado de coma, mas se recuperou e voltou aos palcos. seu último disco, “The bravest man in the universe” (2012), foi escolhido como um dos melhores do ano pela Vitrola dos Sousa. Ele deixa ainda um disco inédito, “The best is yet to come”, que tinha lançamento previsto para este ano, sem data definida. Com dez músicas, o álbum foi gravado nos dois últimos anos, com participações de Gerald Levert e Teena Marie, Rod Stewart, Damon Albarn, Stevie Wonder, Ronald Isley and Snoop Dogg.

Discografia

1968: Fly Me to the Moon (Minit) – US No. 174, R&B No. 34
1969: My Prescription (Minit) – R&B No. 44
1971: Communication (United Artists) – US No. 83, R&B No. 7, Jazz No. 20
1972: Understanding (United Artists) – US No. 43, R&B No. 7
1972: Across 110th Street (United Artists) – US No. 50, R&B No. 6
1972: Your Navy Presents (United States Naval Recruitment Dept.,) – 12 track promotion album issued as part of a recruitment campaign and sent to forces radio.
1973: Facts of Life (United Artists) – US No. 37, R&B No. 6
1974: Lookin’ for a Love Again (United Artists) – US No. 85, R&B No. 5
1975: I Don’t Know What the World Is Coming To (United Artists) – US No. 126, R&B No. 20
1975: Safety Zone (United Artists) – US No. 147, R&B No. 40
1976: BW Goes C&W (United Artists)
1976: Home Is Where the Heart Is (Columbia)
1978: Pieces (Columbia) – US No. 205
1979: Roads of Life (Arista) – US No. 206, R&B No. 55
1981: The Poet (Beverly Glen) – US No. 29, R&B No. 1
1984: The Poet II (Beverly Glen) – US No. 60, R&B No. 5, UK No. 31
1985: So Many Rivers (MCA) – US No. 66, R&B No. 5, UK No. 28
1985: Someday We’ll All Be Free (Beverly Glen) – US No. 207, R&B No. 59
1986: Womagic (MCA) – R&B No. 68
1987: Last Soul Man (MCA)
1989: Save The Children (Solar)
1994: Soul Seduction Supreme (Castle)
1994: Resurrection (Continuum) – R&B No. 91
1999: Back to My Roots (Capitol) – Gospel No. 27
1999: Traditions (Capitol)
2000: Christmas Album (Indigo)[3][18]
2012: The Bravest Man in the Universe (XL Recordings)[9] UK No. 49, US No. 181
2014: The Best is Yet to Come (XL Recordings)[19]

Live albums

1970: The Womack “Live” (United Artists) – US No. 188, R&B No. 13
1998: Soul Sensation Live (Sequel)

Compilation albums

1975: Greatest Hits (United Artists) – US No. 142, R&B No. 30
1975: I Can Understand It (United Artists) – same tracks as on Greatest Hits
1986: Check it Out (Stateside) – UK SSL 6013
1993: Midnight Mover – The Bobby Womack Collection (EMI USA)
1998: Red Hot + Rhapsody
1999: Traditions (Capitol)
2003: Lookin’ For a Love: The Best of 1968–1976 (Stateside Records)[20]
2004: Fly Me to the Moon/My Prescription on one CD (Stateside Records)[20]
2004: Understanding/Communication (Stateside Records)[20]
2004: Womack Live/The Safety Zone (Stateside Records)[20]
2004: Lookin’ For A Love Again/BW Goes CW (Stateside Records)[20]
2004: Facts of Life/I Don’t Know What the World Is Coming To (Stateside Records)[20]

As a featured artist

2001:Sleepwalking with Rae & Christian (Studio K7)[20]
2010: Plastic Beach with Gorillaz (Parlophone)[20]
2011: The Fall with Gorillaz (Parlophone)[20]
2014: Maybach Music V with Rick Ross (Maybach Music Group, Slip-n-Slide Records, Def Jam Recordings)

Um gostinho da genialidade de Womack:

Blog no WordPress.com.

Acima ↑

%d blogueiros gostam disto: