Vitrola ao Vivo: Johnny Winter Festival Blues Cazorla (2008)

O Vitrola ao Vivo hoje é para quem, como eu, é fã de carteirinha do Johnny Winter, desde minha a adolescência. Tive ainda o prazer de assistir a um show de Johnny, aqui em BH. Curtam uma hora do mais fino blues-rock texano.

PS: Pede descula pros vizinhos, mas tem que ser com o som alto e uma dose de um bom Bourbon à mão.

Vitrola ao Vivo: Memphis Slim & Sonny Boy Williamson: Blues legend live in Europe

O show de hoje é bastante especial: duas lendas do blues, tocando juntas em um show, na Europa, na década de 1970. Imperdível : 56 minutos de puro êxtase.

 

Celebração de amor e amizade: B. B. King & Buddy Guy – “Stay Around a Little Longer”

Uma linda canção, celebrando a amizade entre B. B. King e Buddy Guy. Uma verdadeira declaração de amor entre duas lendas da música.

Esta música foi lançada no álbum do Buddy Guy chamado “LIving Proof”, de outubro de 2010, que ainda conta com a participação especial de Carlos Santana em uma das faixas (“Where The Blues Begins” – que merecerá uma nova postagem, com certeza),

Buddy Guy diz no meio da música: “I spend too many nights listening to you play … still sound good”

E B. B. King responde em grande estilo: “When I’m pushing up daisies …. don’t forget …. you’re still my buddy!”

Histórias: I got my mojo Working

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Sempre fiquei curioso quando ouvia Muddy Waters cantar I got my mojo working. Que diabos é mojo? Depois foi a vez da revista inglesa , na minha opinião a melhor de música hoje em dia, se chamar de Mojo Magazine. Como assim. Fui pesquisar e fiquei sabendo que a palavra era, também em português,  usada como significando cativante, atraente, sex apeal ou  talento. Assim Mojo é o espírito positivo que você aplica naquilo que faz. Ele começa de dentro e irradia para fora. Nosso Mojo está em seu maior nível quando estamos experimentando felicidade e significado no que fazemos e quando transmitimos isso para outras pessoas a nossa volta.

 

E de onde vem a palavra mojo? Quem explica é o bom site Blues Brasil :  “ela nasceu nas  zonas rurais americanas, introduzida pelos escravos. Originalmente o  mojo era um pequeno saco usado por uma pessoa sob a roupa – também conhecida como “mojo hand” (ajudinha extra), e essas bolsas teriam poderes sobrenaturais como proteger do mal, trazer boa sorte, etc…( Nota da Vitrola: Aqui no Brasil costumamos chamar de patuá) .  As bolsas “mojo” normalmente continham uma mistura de ervas, pós, às vezes uma moeda, algo pessoal, e outros objetos pensados para promover a ação sobrenatural ou proteção de quem o usasse.”

(No filme Crossroads, momentos antes do famoso duelo, o personagem de Joe Seneca entrega um Mojo a Ralph Macchio – assista à cena

Continua o Blues Brasil : “assim referências a “mojos” são comuns nas canções de blues rural.Algumas delas eram canções de blues executadas por bandas de Rock’n Roll (de pessoas brancas) na década de 1960. Dessa maneira, a música (e o “mojo) chegou a audiências que não estavam familiarizadas com essas crenças populares, muito menos com as crenças dos negros das zonas rurais, mencionadas nas canções deles e não explicadas por aqueles que as executavam em “covers”. Essa exposição “não programada” a um público desinformado levou a mal-entendidos e, na sequência surgiram outros usos para a palavra. Um exemplo é o filme Austin Powers (de 1999) onde o termo era usado no sentido de “libido”. Algumas outras gírias comuns associam a palavra “mojo” a charme, carisma, karma, cocaína e “aquilo” ou “coisa” (como em “Gimme that mojo!”).”

Algumas frases abaixo, a título de complemento, foram deixadas na língua original para melhor compreensão do contexto :
– He lost his mojo when she dumped him (ele perdeu seu “mojo” quando ela o abandonou);
– I can get any girl if I just use a bit of the old mojo (posso pegar qualquer uma com um pouco do meu velho “mojo”);
– Man, that girl has MOJO! (Cara, aquela gata tem “mojo”);
– God help me, I think I’ve lost my mojo! (Deus me ajude, acho que perdi meu “mojo”).

– I got my mojo working now (Meu “mojo” está muito bom hoje).

Assista ao duelo no filme Crossroads e lembre-se que Ralph Macchio estaja protegido por um Mojo

 

 

Novidade: Lançamento de gravações raras de Mayall’s Bluesbreakers

Rare Recordings Of Mayall’s Bluesbreakers Coming

As gravações remontam ao ano de 1967 e serão lançadas agora em abril. Na época o grupo de Mayall tinha nada menos que Peter Green, Mick Fleetwood e John McVie no seu line up . Logo a seguir os três abandonaram a banda para formar o Fleetwood Mac. O nome do álbum será John Mayall’s Bluesbreakers — Live In 1967 (Never Before Heard Live Performances). As gravações foram adquiridas recentemente por Mayall, que as restaurou com a sssistência técnica de  Eric Corne da Forty Below Records. O Vitrola ficará atento, e logo que ele pinte por aqui a gente informa.

Um pouquinho de John Mayall e Peter Green em 1967:

Máquina do Tempo: Memphis Minnie

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Memphis Minnie (3 de junho de 1897– 6 de Agosto de 1973) foi uma cantora e compositora americana de blues.Violonista, fez sua carreira entre os anos 1920s e 1950s. Ela gravou cerca de 200 canções, entre elas “Bumble Bee”, “Nothing in Rambling”, e “Me and My Chauffeur Blues”. Ela foi notável, por fazer sucesso, naquela época,  em um gênero dominado por homens.

Ela começou tocando na rua durante sua adolescência, depois se juntou ao  Ringling Brothers Circus, onde permaneceu de  1916 a 1920. Naquela época, a combinação mulheres, whiskey, e cocaína tinha alta procura e ela ganhou dinheiro tocando, cantando e se prostituindo, o que não era incomum para as cantoras da época, porque apenas as performances artísticas não eram suficientes para seu sustento.

Em 1929, ela e se segundo marido Kansas Joe McCoy estavam tocando na rua, quando foram descobertos por um caça talentos da Columbia Records.Foram então gravar em Nova Iorqu, com o nome de ” Kansas Joe and Memphis Minnie”.  Em fevereiro de 1930 eles gravaram a cançaõ  “Bumble Bee”, que se tornou um sucesso (a própria Minnie, gravou cinco versões desta música) a dupla continuou gravando para o selo  Vocalion até agosto de 1934, quando passaram para a Decca.Eles se divorciaram em 1935. Em 1935 ela foi para Chicago e gravou para a Decca e Vocalion e excursionou diversas vezes pelo Sul dos EUA. Minnie continuou ativa até os anos 1950, quando sua saúde se deteriorou, tendo sofrido acidentes vascuares cerebrais que a incapacitaram em 1960, e finalmente em 1973, quando veio a falecer.

LEGADO:

Memphis Minnie é descrita como “a mais famosa e popular cantora de country blues de todos os tempos “. Big Bill Broonzy dizia que ela “segurava uma guitarra e cantava tão bem com qualquer homem que ele já houvesse escutador .MMinnie foi uma influência para cantoras como  Big Mama Thornton, Jo Ann Kelly e Erin Harpe. Ela foi indicada ao Blues Foundation’s Hall of Fame em 1980.

“Me and My Chauffeur Blues” foi regravado pelo Jefferson Airplane no seu álbum de estreia Jefferson Airplane Takes Off, e  “When the Levee Breaks”, uma canção de 1929, de Memphis Minnie and Kansas Joe McCoy foi gravada com versos e melodia ligeiramente modificados pelo Led Zeppelin em 1971 seu álbum IV.

Máquina do Tempo: Bessie Smith

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Há muito tempo nossa Máquina do Tempo estava parada, em suas atualizações. Neste final de semana andei escutando um pouco das gravações de Bessie, e senti que era hora de incluí-la em nossa galeria.

Bessie Smith nasceu noTennessee , em Chattanooga, no dia 15 de Abril de 1894, portanto uma ariana. Começou a cantar muito jovem e em 1923 assinou um contrato com a Columbia Records. Cabe lembrar que o extremo racismo da época,  fazia com que os artistas negros fossem praticamente desconhecidos da população branca. Ainda assim, ela logo figurava entre as artistas negras mais bem pagas de seu tempo.Bessie emplacou dezenas de hits, entre eles  e durante sua carreira trabalhou com grandes astros do jazz, como o saxophonista Sidney Bechet e o pianista Fletcher Henderson, além de James P. Johnson. Com Johnson, ela gravou uma de suas mais famosas canções, “Backwater Blues.” Também Louis Armstrong gravou com Bessie, em faixas como “Cold in Hand Blues” e “I Ain’t Gonna Play No Second Fiddle.” Por tudo isto ela recebeu no fianl dos anos 1920 o título de “Empress of the Blues.” No final dos anos 1920s, sua carreira entrou em declínio, tanto pela Grande Depressão econômica , como pela sua batalha contra o alcoolismo. Na segunda metade da década de 1930, época do swing, ela continuou a fazer apresentações e a gravar discos. Houve um renascimento do interesse por sua carreira. Infelizmente, Bessie faleceu em um acidente automobilístico em Clarksdale, Mississippi no dia 6 de setembro de 1937, aos 43 anos.

O trágico, além da morte de Bessie, é que mesmo sendo uma artista nacionalmente reconhecida, ela não foi atendida em um hospital, no dia do seu acidente, porque tratava-se de um hospital apenas de brancos. Bessie influenciou diversos artistas que admiramos hoje como Billie Holliday, Aretha Franklin e Janis Joplin e assim retomou seu eterno título de a Imperatriz do Blues.

 

 

Na Hora de Dormir # 14 – Roomful of Blues


Hoje fui dormir depois de escutar  Roomful Of Blues  uma banda americana que existe desde 1967 , baseada em  Rhode Island. Para entendermos como ela funciona imagine que  ela seja como a “Orquestra Imperial” , brasileira. Um grupo de músicos talentosos que mistura swing, rock and roll, jump blues, boogie-woogie e soul e que toca por prazer. Eles já ganharam 5  Grammy Award e sete  Blues Music Awards , sendo escolhidos  Blues Band Of The Year em 2005e duas  vezes pela  Revista Down Beat como  Best Blues Band.

Os músicos variaram ao longo dos últimos anos , mas atualmente a Roomful of Blues tem como componentes : o guitarrista Chris Vachono saxofonista  tenor and alto sax Rich Lataille, o cantor Phil Pemberton , o baixista   John Turner, o baterista  Ephraim Lowell, o tecladista Travis Colby, e saxofonista  baritono and tenor  Mark Earley. Ao longo destes mais de 40 anos o Roomfull teve pelo menos  48 membros.

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