Crítica: Show Ben Harper – Belo Horizonte – Dezembro/2011


O vitrola sempre está presente nos maiores eventos de música do Brasil (e especialmente de Belo Horizonte), e não podiamos deixar passar mais um grande músico que se apresenta na nossa capital.

Com cerca de 50min de atraso o músico americano Ben Harper subiu ao palco trazendo o que gostariamos (e esperávamos) ver em todo o show, sucesso e animação. “Better Way” foi a música de abertura, musicalmente bem representada e fiel a gravação de estúdio. Porém a minha alegria parou ai. Não nego que Ben é bom músico (aliás, excelente guitarrista, respeitado por muitos), mas foi terrivelmente aconselhado a montar uma péssima playlist. Apesar de aliado a sucessos como “Glory and Consequence” e “She’s Only Happy In The Sun” o playlist seguiu lento e sem ordem musical: saimos de marcantes riffs de guitarra para músicas de violão e romance, sem um momento que conseguisse embalar e prender a atenção da platéia. Aliás, a platéia foi outro ponto negativo do show. Muitos apareceram por lá sem nem sequer saber quem era Ben Harper, “pseudo-cults”, patricinhas e mauricinhos circulavam no mesmo local, e pareciam mesmo querer beber cerveja e paquerar (nada contra, mas é possível pagar menos de R$70,00 para fazer isto). A personalidade de Ben Harper também não cativou: o americano é tímido (apesar de atencioso e simpático), e pouco interagia com a platéia.

Poderia ficar pior, depois de um momento intimista com o violão (onde Ben soltou a linda “Walk Away” e a clássica “Diamonds on The Inside”), Ben soltou um cover de “Under Pressure” (onde não comprometeu mas não surpreendeu), e me pareceu que os jovens sequer conheciam o sucesso. Resultado: me vi pulando sozinha ao som do clássico do Queen.

Mas, como eu disse no dia seguinte ao show: em show onde Vanessa da Mata é o ponto alto da noite todos saem perdendo. E não deu outra. Nada contra convidar a cantora brasileira para participar da turnê (afinal a música “Boa Sorte” resgatou a carreira de Vanessa no Brasil após o sucesso “Ai Ai Ai Ai”), mas aconteceu o que todos temiam (por isso digo eu e alguns poucos fãs que estavam presentes): a música foi o auge da noite, cantada em uníssono por todos (inclusive por mim, admito), como se fosse um grito de alívio para um show que representou pouco o que prometeu.

Ben, ainda sigo te admirando, porque acho que a história fala mais do que só um momento de fracasso, mas por favor, vamos trabalhar na interação com a platéia e demitir o rapaz responsável pela playlist ok?

Segue aqui a música “She’s Only Happy In The Sun”

Que falta você faz George…


Hoje fazem exatos 10 anos em que perdemos George Harrison, e o vitrola não poderia deixar de homenageá-lo.

George foi o Beatle,
.mais tímido: detestava entrevistas e a histeria dos fãs, George queria mesmo era tocar.
.o mais musicalmente talentoso: escreveu “a música mais romântica de todos os tempos” de acordo com Frank Sinatra, “Something”, além de vários outros sucessos para os beatlemaníacos como “Here Comes The Sun” e “Norwegian Wood”, além de completar Paul e John fazendo os mais famosos riffs de guitarra da década de 60 e 70.
.o mais renegado: Por ser tímido, John e Paul se destacavam mais (e adoravam), escondendo ainda mais o talento tímido de George, que se contentava em ser o guitarrista fiel.
.o mais tranquilo: George era tão tranquilo que nem a separação polêmica dos Beatles o abalou, ele seguiu gravando com Ringo, John e Paul, mesmo que separadamente.
.o mais pacífico: George começou muito antes de John Lennon a trabalhar seu lado espiritual, e com isso, caminhar para mais perto da paz. Foi ele também que, ao invés de agredir um invasor em sua casa, cantou trechos “Hare Krishna” para acalmar o agressor que o esfaqueou.
.o primeiro a fazer um disco triplo: George deu “um tapa de luva” na separação dos Beatles lançando “All Things Must Pass”, album triplo de sucessos do Beatle tímido que foram ignorados por John, Paul e seus empresários.
.o amigo fiel: George era tão fiel a seus amigos, que largou Pattie Boyd, sua esposa até 1973, para que Eric Clapton se casasse com ela…e a amizade continuou, com eles se chamando de “husbands in law”.
.o primeiro a visitar o Brasil: George adorava fórmula 1, e veio aqui, em 1979, no GP de Interlagos.
.o discreto: George morreu em paz, e em família, de uma maneira tão discreta, que nem seu filho Dhani Harrison soube onde ele havia morrido. Foi da maneira como ele queria, e suas cinzas foram levadas ainda no dia 29 de novembro, a Índia, e somente no dia 30 de novembro de 2001, sua morte foi noticiada pelos jornais mundiais.

George foi mais do que 1/3 de Beatles, foi um dos melhores guitarristas da história, foi um humanista, foi um herói. Foi discreto, como sempre foi, mas marcou todos os beatlemaníacos (ou não), com seu sorriso tímido, seu cabelo desarrumado e os dentes tortos. Ah George, que falta você faz…

TOP TOP Músicas Românticas Internacionais

amor

Aproveitando o clima namoro/noivado/casamento, e escutando a trilha sonora romântica do almoço do domingo passado promovida pelo meu pai, resolvi resgatar o TOP-TOP (que estava sumido há tempos, concordo) e fazer um de músicas românticas, afinal todo mundo já teve um amor, uma dor de cotovelo, um filme tragédia favorito, e é claro que a música romântica faz parte destes momentos, correto? Como a maioria das músicas fala de amor eu vou selecionar somente internacionais neste post, para facilitar o meu trabalho e evitar as polêmicas. Vamos lá?

5. Wicked Game – Chris Isaac
Eu arrepio quando escuto essa música. Juro. Não sei se é o impacto “Ross and Rachel” que ela me causa (porque nossa, nada mais triste do que aquela cena da Rachel na janela após brigar com o Ross), mas eu acho ela impactante. É tão impactante que chega a ser baranga. E é tão baranga que chega a ser extremamente romântica. E o clipe? Dispensa comentários, assim como o agudo estendido de Chris Isaac no refrão: “no IIIIIIIIIIIIIIIII don’t wanna fall in love…”. Aliás, dúvida para o Guru do site, Mauro Kleber, Chris Isaac teve outro sucesso?

No clima desta dúvida, do agudo sensacional e do “We were on a Break” de Ross and Rachel “Wicked Game” é nosso 5º lugar!

4. Book of Love – Peter Gabriel
Quem já viu “Shall We Dance” (ou Dança Comigo em bom português)? Aposto que a maioria das mulheres já viu e se derreteu com a cena do Richard Gere subindo as escadas rolantes trazendo uma rosa para sua esposa, a Susan Sarandon, inclusive eu! Uma das responsáveis pela cena ser tão romântica é a música, Book of Love. A voz de Peter Gabriel é roucamente suave e linda, e eu acho que encaixa perfeitamente em uma música romântica. E a letra? “But I love it when you give me things, and you ought to give me weeding rings”. Lindo!

Por ser a trilha do “Shall We Dance”, pela letra e pela voz rouca de Peter Gabriel, “Book of Love” é nosso 4º lugar!

3. My Love – Paul McCartney
O amor entre Paul e Linda era muito grande. Era tão grande que o Paul até ignorava a falta de talento musical de sua esposa para deixar ela cantar e tocar em sua banda pós Beatles, o Wings. Mas Paul fez uma de suas músicas mais bonitas nesta época, que não envolvia a participação de Linda, mas que foi feita pra ela. “My Love” é simples, como todas as músicas do Paul, e quando você escuta até parece que você já conhece ela de algum outro lugar, por ser tão romântica. A letra é quase inteira baseada em my love, mas a frase campeã clichê do romance é “And when I go away, I know my heart can stay with my love, It’s understood”. Clássico.

Por ter a frase campeã clichê do romance e por ser o Paul “My Love” é o 3º lugar!

2- Last Goodbye – Jeff Buckley
Jeff Buckley é um romântico injustiçado. Suas músicas eram tão tristes que todos esqueciam que ele só queria falar de amor, e não importa se fosse uma música com desfecho infeliz como Last Goodbye, o importante era falar de amor. Nesta música o “eu-lírico” se despede de sua paixão propondo um último encontro, um último adeus. Junto com a voz suave de Jeff eu considero esta uma das músicas mais românticas que já ouvi, até arrepio!

Por ser um romântico injustiçado, Last Goodbye é nosso 2º lugar!

1- Wonderfull Tonight – Eric Clapton
Ok. Wonderfull Tonight é clich mas, se pensarmos racionalmente, é uma das músicas mais românticas já produzidas. Eric escreveu a letra em uma sentada, enquanto esperava sua namorada Pattie Boyd se arrumar, para irem a uma festa na casa de Paul e Linda McCartney. A letra é simples e descreve o que ele sentia enquanto esperava, e é nítido o tamanho da paixão de Eric por Pattie (já descrito inclusive em autobiografias e biografias não autorizadas do cantor) que foi transcrita para essa música. E a Pattie não é fraca não, além de inspirar Eric Clapton ela também foi a motivação para músicas como “Something” (que também merecia este primeiro lugar!), “I Need You” e “For You Blue” de George Harrisson, “Layla” também de Eric Clapton, além de também ter despertado o interesse de Mick Jagger e John Lennon. É mole?

Por ser uma música feita em uma sentada ao admirar a maior musa dos roqueiros da década de 70, “Wonderfull Tonight” é nosso 1º lugar!

Os 15 melhores videoclipes da história

Fiquei intrigada pelo desafio lançado pela minha amiga Lígia Passos a mim, e me dei ao direito, claro, de reduzir o desafio de 30 videoclipes para 15. E já começo o post explicando o porquê: Eu acho que videoclipe é algo de uma época, ele foi muito importante na década de 90, não existia na antes da década de 70 e agora é pouco visado pelos artistas atuais. Então, comparado com a importância da música na história, o videoclipe tem um percentual pequeno de importância e tempo (não que ele não tenha sido ou que não seja ainda importante) na história musical e por isto me dei ao direito de reduzir a lista, afinal se me sacrifiquei para escolher só 15 músicas nacionais ou internacionais, porque não escolher só 15 videoclipes?

Bem, chega de lenga-lenga né? Vamos ao que importa, os videoclipes. Lembro que os mesmos não estarão listados por ordem de importância e nem me arrisco a dizer que são realmente os 15 melhores videoclipes da história…é somente uma mera opinião.

1.Nirvana – Smells Like Teen Spirit – Eu me lembro bem deste clipe na minha época MTV, e ele já não era um clipe novo, já tinhamos perdido Kurt, Dave Grohl já era vocalista do Foo Figthers, mas ele ainda chamava atenção pela filmagem tosca, as cheerleaders sem sentido e aquela mania do Nirvana de quebrar tudo. Um clássico.

2.Sweetest Thing – Do meu início de MTV esse é um dos clipes que mais me lembro. E confesso, eu nem sabia direito quem era U2 ou Bono Vox, mas me atraiu a atenção aquele clipe onde o rapaz, o arrependido Bono Vox, buscava maneiras incontáveis para pedir desculpas para sua namorada. Fofo, simples e bem pensado.

3.Alanis Morissette – Head Over Feat – Tem algo mais aflitivo do que um clipe em um só take? Assim é Head Over Feat, e mesmo assim não consigo parar de olhar para as caras e bocas de Alanis Morissette.

4.Skank – Sutilmente – É um dos melhores clipes atuais que já vi. A música é simples mas a participação de um grupo de dança mineiro dá todo o charme, é um show e dos melhores videoclipes brasileiros da atualidade.

5.Michael Jackson – Smooth Criminal – Michael Jackson era o rei dos videoclipes, que eu prefiro chamar de megaproduções. Mas para não cair no clichê e escolher Thriller (que nem é meu favorito) ou Billie Jean eu preferi pegar um que adoro. No Smooth Criminal, além dos sensacionais passos de dança, Michael encarna um gangster bonzinho. Sucesso!

6.Madonna – Take a Bow – A única pessoa que gostava tanto de megaproduções como Michael era Madonna. E também para não cair nos clássicos (Vogue, Erotica…) eu escolhi esta triste história de amor entre Madonna e o toureiro. Um clássico!

7.Beyoncé – Single Ladies – Precisa dizer mais? É um clássico dos atuais, copiados por todos! Não há nada mais sedutor e sem noção que nem este clipe.

8.Ok Go! – Here it Goes Again – O Ok Go! nem é uma grande banda, nem mesmo nos dias atuais, mas capricharam (e conseguiram!) para chamar a atenção dos telespectadores. É uma coreografia de perfeccionistas, e é bem legal.

9.Paralamas do Sucesso – Ela Disse Adeus – Para não faltar videoclipes brasileiros trago também este clássico. E ainda tem a participação da Fernanda Torres.

10.Outkast – Hey Ya! – Este não podia faltar, é tão clássico quanto o Single Ladies. O frisson das fãs de Andre Ice Cold e a hora das fotos polaroides ganham meu coração. Arrisco dizer que está no meu top 5.

11.Blur – Coffee and TV – A história do leitinho é tão triste!

12.Gram – Você Pode Ir Na Janela – Eu sou meio repetitiva nos meus favoritos, mas eu confesso que comecei a gostar da música por causa do gatinho que tem 7 vidas!

13.Jamiroquai – Virtual Insanity – Foi o primeiro clipe do Jamiroquai e também me chamou muito a atenção nos meus tempos de MTV, pois estava sempre no Disk MTV. Consiste somente no Jay Key dançando em uma sala branca. Entediante? Assista.

14.Freak On A Leash – Korn – O Korn sempre foi uma banda barulhenta, e polêmica. Nada mais polêmico do que fazer um clipe do ponto de vista de uma bala de revolver.

15.Foo Fighters – Learn To Fly – Dave Grohl e companhia adoram uma historinha em videoclipes, e geralmente engraçadas. Eu poderia colocar Everlong aqui, mas como vi learn to Fly primeiro, ele ganhou!

E vocês? Opiniões?

Os 15 discos nacionais que marcaram a minha vida

É a mesma idéia do post de ontem, só que agora são os nacionais…e lembro, não são os melhores, e sim os mais importantes para mim!

1- Ventura – Los Hermanos: Qualquer um da minha idade (ou próxima dela) encontra algum tipo de conexão com este disco. Ventura marcou uma geração, é o simbolo dos jovens dos anos 2000, cansados de tanta música eletrônica, POP e sucessos estrangeiros. Foi assim que o Los Hermanos resgatou a MPB em uma época que Caetano Veloso e Chico Buarque eram considerados “velharias”.

2- Rumo – Rumo: Este é um disco brasileiro muito importante para mim. O Rumo marcou minha infância com meu pai cantarolando “O Carnaval do Geraldo” na minha cabeça, e essa paixão continuou crescendo, ouvindo Luiz Tatit cantar no Castelo Rá-Tim-Bum, e depois de mais velha, ao ouvir este album. O Rumo é uma música de criança, harmoniozamente perfeita, para adultos. Os temas são sérios, atuais e…sinceros. Não tem como não apaixonar, especialmente por “Ninguém Chora Por Você”.

3- Chico Buarque – Construção: Chico Buarque me lembra minha avó. Me lembra muito ela, e acho que por isto gosto tanto dele. Construção fala de temas que ela me ensinou durante as várias aulas de histórias que tive com ela na casa dela. São letras provocativas e atuais. A faixa título é tão explícita para a época que deve ter doído na consciência de muita gente. Pela coragem e vontade de provocar, Construção é ítem essencial na discoteca de qualquer ouvinte.

4- Calango – Skank: Eu me lembro bem a primeira vez que vi este album do Skank. A capa me impressionou mais do que a música. Mas a música hoje é um marco na carreira destes mineiros, que eu não poderia deixar de citar. Clássicos como Jackie Tequila, Te Ver e É Proibido Fumar tem lugar cativo no coração dos Brasileiros, conquistados pelo jeitinho mineiro destes simpáticos atleticanos e cruzeirenses.

5- Acabou Chorare – Novos Baianos: Eu sempre tinha escutado mais ou menos Novos Baianos, na piscina da fazenda durante meus carnavais na infância, no rádio do carro nas viagens e família e nas horas vagas lá em casa quando meu pai ouvia música. Quando parei pra prestar atenção é que vi o tamanho da obra prima que estava perdendo.

6- Acústico MTV – Capital Inicial: Ok vai, não é um grande album, mas eu tenho excelentes lembranças dele. Foi minha estreia escutando MTV (quando realmente comecei a prestar atenção em música e clipes), foi meu primeiro show no Palácio das Artes aqui em BH, foi o primeiro album brasileiro que eu sabia todas as músicas de cor e salteado…e confesso, tem algumas boas até hoje vai…

7- A Arca de Noé – Vinícius de Moraes: Dá pra ver que a minha infância foi muito mais ligada à MPB do que a qualquer outro estilo musical né? Desde album eu lembro até do encarte, cheio de bichos para recortar, e as letras, por mais simples que fossem, eram riquíssimas para uma criança escutar música. Meus filhos certamente escutarão isto.

8- O Canto da Cidade – Daniela Mercury: Voltando às minhas lembranças de criança não poderia faltar a rainha do Axé, a minha primeira cantora favorita, Daniela Mercury. O Canto da Cidade é um achado. É uma Salvador escancarada aos ouvidos de quem gosta de boa música, e não essas coisas que nos obrigam a ouvir nas praias hoje em dia. Isto sim era axé, e dos bons. É dos meus top 10 de discos até hoje.

9- Clube da Esquina – Milton Nascimento e Lô Borges: Acho que todo mineiro tem obrigação de gostar destes dois. Nada traduz melhor a vida mineira do que as músicas deste album. É aquele disco obrigatório de se ouvir na estrada pra Ouro Preto. É a trilha sonora perfeita.

10 – Gram – Gram: Na minha época de paixão pelos Los Hermanos fui apresentada a estes paulistas que tocavam rock progressivo. É impossivel não simpatizar pelo gatinho do clipe de “Você Pode ir na Janela”. Acabei baixando não só esta mas o disco inteiro. E adoro.

11- Ney Matogrosso e Pedro Luiz e a Parede – Vagabundo: Alguém já ouviu “A Ordem é Samba”? Ou “O Mundo”? Escutem…não preciso tecer nenhum comentário.

12- Orquestra Imperial – Carnaval Só No Ano Que Vem: Pra mim tudo que tem Amarante é no mínimo bom. E não é que sempre acerto? “O Mar e o Ar” é uma estilo Los Hermanos, menos melodramático e mais adulto. Um must listen.

13 – MTV Acústico – Paralamas do Sucesso: Bom, eu adoro um bom acústico, até hoje. Acho que é neste tipo de gravação que os músicos revelam seus verdadeiros talentos, sem aqueles ajustes de estúdio. Este acústico vale pelas participações especiais e pela seleção musical..”Meu Erro” com Zizi Possi virou clássico da MPB.

14- Gol de Quem? – Pato Fu: Eu sempre gostei deles. Até mesmo na época do Isopor, que não foi lá essas coisas, mas o Pato Fu das origens era crítico, musical e sensacional. Deste album que veio “Sobre o Tempo” e “Qualquer Bobagem”. Demais!

15- Acústico MTV – Paulinho da Viola: Lá vem mais um acústico. Paulinho da Viola é sensacional neste album. É tão sensacional que o acústico parece…música de estúdio! E eu tive o prazer de assistir ao vivo em BH. Apaixonante.

Os 15 discos internacionais que marcaram a minha vida

Eu vi esta brincadeira no facebook e gostei. Resolvi compartilhar, até para desafiar meu pai a fazê-la (e sofrer como eu, porque olha, como é difícil escolher 15 discos!). Deixo claro para os críticos de plantão que são os 15 discos que marcaram a minha vida e não necessariamente os 15 melhores discos de todos os tempos…

1. Abbey Road – The Beatles – Não tem discussão, é amor eterno, platônico, paixão a primeira escutada…

2. Masterplan – Oasis – A primeira vez que ouvi Aquiesce eu entendi que ia amar o Brit Rock..

3. Whatever People Say I Am, Thats What Im Not – Arctic Monkeys – Não tem como não apaixonar pelo jeito malandro do Arctic Monkeys nesse disco. E prestem atenção nas letras, são poesias simples! Lindo!

4. Californication – Red Hot Chilly Peppers – Início da minha adolescência roqueira, e foi bom demais.

5. Tapestry – Carole King – O quê? Disparado o melhor disco de vocal feminino que existe até hoje…e ainda toca a música das Gilmore Girls…Já estou iniciando um movimento #vemproBrasilCarole!

6. Live at the Troubadour – Carole King & James Taylor – Seguindo a deixada do disco acima, este talvez seja um dos registros mais bonitos de um casal que nunca foi casal, mas que deveria ter sido…maravilhoso! Talvez eu mude meu movimento para #vemparaoBrasilCaroleeJames!

7. Revolver – The Beatles- Taxman sempre me anima…

8. Adele – 21. O soul também é dos brancos… (sem preconceitos, porque há cantoras negras maravilhosas!)

9. Grace – Jeff Buckley – Não tem nada mais romântico, mas dramático, mais sincero que Jeff Buckley. É meu ídolo, imortal nos meus ouvidos.

10. Under The Table and Dreaming – The Dave Matthews Band – Dave é espetacular, e Satelite é uma das músicas mais românticas que já ouvi.

11. Reptile – Eric Clapton – Eric Clapton revendo ele mesmo…imperdível!

12. The Best of 1980-1990 – U2 – Um bom resumo da carreira da maior banda Pop do mundo…literalmente the best of..

13. Simplified – Simply Red – Mick Hucknall cru…e maravilhoso! Pena que acabou…

14. The Bends – Radiohead – Alguém não lembra daquela propaganda da síndrome de Down com Fake Plastic Trees? E o melhor, foi minha mãe que comprou este CD pra minha casa…

15. The Queen Is Dead – The Smiths – The Boy With the Thorn in His Side é tão The 80´s que fica imprescindível na minha discoteca!

E ai? Alguém se arrisca?

Crítica: Maria Rita no Citibank Hall SP


Eu adoro ir para São Paulo, não só pelo de relaxar e encontrar meu namorado, mas porque SP sempre me oferece uma gama de eventos e opções de lazer, especialmente musicais, que são as que sempre me atraem.

Neste fim de semana fui assistir a Maria Rita no Citibank Hall, ou antigo Palace, a convite do meu namorado. Confesso que, se ela estivesse se apresentando em BH, talvez eu nem daria tanta importância a este show, já que há muito não escuto uma música dela.

Maria Rita me lembra minha adolescência, quando eu achava o máximo gostar de música brasileira (mas não conseguia ter muito apreço pelas MPBs de verdade, hehe), mas o meu processo de amadurecimento (e aquele episódio dos IPODs entregues a emissoras de rádio para promover, forçadamente, seu novo álbum) me fizeram desenvolver uma certa antipatia por ela, achando que, realmente, ela se aproveitava do fato de que era filha da Elis Regina. Bem, mas mesmo assim, eu topei ir, afinal, era uma maneira de aumentar meu currículo musical, e não é que eu deteste ela assim, era só uma leve antipatia.

Porém, dito e feito, já com 1h de atraso, eu pensei, “é antipática mesmo, deve estar se maquiando”, e até meu namorado, que adora Maria Rita, se estressou, e as vaias começaram. Com 1h e 10 ela finalmente entra, com um belo vestido, pouco discreto, porém pouco ousado, e canta. Depois de uma chuva de aplausos, a primeira frase é um pedido de desculpas: “Sabe esta coisinha que uso aqui no meu ouvido? É o que uso para escutar o show e vocês, e ele estava estragado, e infelizmente demorou para ajeitar.” Eu achei tão educado e delicado, que isto foi uma maneira pra me desarmar para ouvir o show.

E por ai fomos passando entre sucessos de seu primeiro album, Maria Rita, o Segundo e o Samba Meu, com destaque para “Pagu”, “Cara Valente”, “Encontros e Desencontros”, “Veja Bem Meu Bem”, “Nem um Dia”, “Cria” e , claro, “Tá Perdoado”. Para terminar duas seguidas do seu amigo (e porque não paixão platônica) Falcão do O Rappa: “O Que Sobrou do Céu” e “Minha Alma”.

Entre suas músicas, seus passos de dança característicos (que sempre me lembram da comediante Samantha Schmutz imitando uma apresentação de Maria Rita no programa do Jô), uma voz impecável (e de dar inveja, porque isto ela herdou mesmo da mãe) muita conversa e uma pegada de timidez (que sempre levava ela a segurar a barra de seu vestido como uma menina recém chegada aos palcos) Maria Rita conquistou o público presente em São Paulo, que não fez feio e lotou o Citibank Hall. Aliás este é mais um ponto positivo de se assistir a qualquer apresentação em Sampa, os paulistanos estão tão acostumados a conviver com cultura o tempo todo que qualquer artista consegue encher uma casa de shows, e deve ser por isto que para eles é tão prazeroso sempre voltar a SP. E olha que todos cantam todas as músicas, sem pestanejar, como se fossem fãs calorosos.

Agora que fiz as pazes com Maria Rita, e voltei a respeitar seu legado musical (mesmo que curto), termino aqui com a minha favorita da apresentação de sábado: “Não Deixe o Samba Morrer”, uma bela homenagem para este estilo musical, que ela afirma ser tão próxima, o samba.

Crítica: John Fogerty em BH

Voltei! Sim, depois de muito tempo mas voltei! Essa vida de mestranda, nutricionista (e durante uma semana dona de casa) me tomou bastante tempo nos últimos meses, mas eu tinha que voltar para dar minha opinião sobre o primeiro grande show internacional em BH neste ano: John Fogerty!

Apesar de ter se apresentado no Marista Hall e esgotado os ingressos (porque eu acho mesmo que ele merecia um local maior, mas mineirinho, realmente ninguém merece…) o eterno roqueiro fez jus a fama, tanto da carreira solo, mas principalmente (e inesquecívelmente) dos tempos de Creedence Clearwater Revival.

Vamos começar com as impressões: primeiro as minhas excelentíssimas e animadas companhias, o casal Natália Mazoni (pode dar uma olhada no blog Aqui em Casa Toca), e Tomaz de Alvarenga (colunista do Contratempo no site da Uai) e meu namorado Nelson Fonseca (que não tem blog mas é chique mesmo assim!) foram essenciais: muito grito, muita dança, muito air guitar e muito rock. A platéia estava sensacional. Eu não sei como descrever mas me agrada muito ver cinquentões, que cresceram ouvindo Creedence, junto com jovens que aprenderam a amar a boa música. Era um mix de nostalgia e energia jovem, capaz de contagiar até aqueles que não conheciam muito da história do “jovem” roqueiro que se apresentava no palco aquela noite.

Embalado por vários HITS, John levou a platéia, e não a perdeu nem nas músicas da carreira solo. Me perdoem mas a memória falha, e eu não consigo lembrar a sequência correta das músicas, mas posso afirmar que ele mesclou sucessos e hits não tão conhecidos. Começou com “Hey Tonight”, levando a platéia a loucura (e me deixando admirada com tamanha simpatia). No final de cada música podiamos ouvir um “God bless you, I love you!” que, apesar de repetitivo, soou verdadeiro. Confesso que o ponto mais esperado da noite (ao menos por mim) era “I Heard It Through The Grapevine”, aquele baixo sedutor e a guitarra inconfundível, porém ela foi minha maior decepção…começou no intervalo entre duas músicas, sem o devido destaque ao baixo (que pra mim é o melhor da música) e sem a devida animação de John…ficou parecendo que ela não é mesmo uma das suas favoritas. Aliás, falando em baixo, deixe-me reforçar o que eu disse à Natália durante o show, e ao meu pai, logo após do show: não existe composições mais perfeitas para um baixista do que as composições do Creedence. O baixo se destaca entre os outros instrumentos e, sendo assim, qualquer baixista mediano pode ter seu momento de destaque (o que NUNCA, deixo bem claro, desmereceria Stu Cook, em destaque no Creedence).
Hey Tonight:

I Heard It Through The Grapevine:

Outros bons momentos foram “Who’ll Stop The Rain”, “Have You Ever Seen The Rain” (levando todos a loucura), “Proud Mary”, “Fortunate Son” e, acredite, “Pretty Woman” e “Blue Suede Shoes”, tocado no último bis.

Na minha opinião ficou faltando “Susie Q”. O público pediu insistentemente. Mas pediu tanto que ele voltou, para um segundo bis não programado, mas não tocou, decepcionando (ou até agradando) com “Blue Suede Shoes”. Mas tudo bem. O importante no final foi saber que pude participar de mais um show histórico, de uma lenda do Rock, na minha humilde cidade, que parece que tá virando point pros melhores shows internacionais.

Pra finalizar, um pouquinho de Fortunate Son:

Blog no WordPress.com.

Acima ↑

%d blogueiros gostam disto: