Metal farofa, rock farofa, glam metal, hair metal… não interessa a denominação!
Esse Top Top tem muita cabeleira, maquiagem, figurino espalhafatoso, pose de mau, solos de teclado, e melosas melodias, que, no fundo, todo mundo cantarola quando escuta!!! E como farofeira assumida, aceitei o convite da Marina para eleger o TOP 10 das farofas!!!
Herança dos anos 80, as canções de metal farofa ainda fazem muito sucesso mesmo entre os roqueiros mais radicais, provando que metaleiros também amam!!!!
Então, trás o frango que hoje é dia de farofa!!!!
10. Van Halen – Why Can´t This Be Love
Primeiro single do álbum 5150, lançado pela banda em 1986. Can’t Stop Lovin’ You, When It’s Love, e Jump também estão no menu de farofas do Van Halen.
9. Skid Row – 18 and Life
Sebastian Bach, e seus longos cabelos loiros, serviram os fãs com clássicos como 18 and Life, I Remember You e Wasted Time. O loirão mostra que ainda serve bem a farofa, como no show de abertura pro Guns ‘n Roses em Belo Horizonte, em 2010.
8. Europe – The Final Countdown
Diretamente da Suécia, para grudar nas nossas cabeças. Graças à seu solo de guitarra, a música pode ser identificada no primeiro acorde. Maestro Zezinho, qual é a música???
7. Quiet Riot – Cum on Feel the Noize
One-hit wonder???
6. Bon Jovi – Livin’ on a Prayer
Considerada uma das melhores músicas dos anos 80, quando Jon Bon Jovi cultivava uma vasta cabeleira e ainda não aplicava botox. Clássica!!!
5. Scorpions – Rock You Like a Hurricane
Farofa alemã!!! Sim, Scorpions vem de Hanôver!!! Nem só de cerveja e chucrute vive a Alemanha. Scorpions coloca os metaleiros pra sacudir a cabeleira com Rock You Like a Hurricane, e pra derramar lágrimas com Still Loving You e Wind of Change.
4. Iron Maiden – Wasting Love
Farofa com sotaque britânico, provando por A+B que nem só de Number Of The Beast e Fear of the Dark vivem os metaleiros!!!
3. Whitesnake – Is This Love
David Coverdale… praticamente um “chef” quando o assunto é farofa!!! Quem nunca fechou os olhos, levantou o braço e cantou com a alma o refrão de Is This Love, que atire o primeiro bacon na panela!!!! Here I Go Again e Love Ain’t No Stranger acompanham o prato principal!!!!
2. Twisted Sister – We’re Not Gonna Take It
Não consigo descrição melhor a não ser recomendar que assistam o vídeo!!!
1. Journey – Don’t Stop Believin’
Clássico dos clássicos!!! Sucesso de 1981 que voltou à tona devido sua inclusão em um episódio do seriado Glee, e no filme Rock of Ages. Sucesso!!! Música de cabeceira!!! Prato cheio para os farofeiros!!! Journey estará em turnê com o Whitesnake no ano que vem. Seria muito pedir pra passarem pelo Brasil??? Como já diz a música, Don’t Stop Believin’!!!!!!
#ficaadica1: filme farofa: Rock Of Ages –
#ficaadica2: banda cover de BH, que interpreta os grandes clássicos do metal farofa: Hard And Heavy (11):
Eu adoro listas. Mais do que isto, adoro listas de pessoas que admiro, parentes, amigos, ídolos famosos. Com frequência me vejo baixando na internet playlists sugeridas por famosos. Quando baixei a minha mais recente playlist pensei como eu me portaria se tivesse que eleger, em um programa de rádio ou TV, o meu TOP 10 de músicas. E pensei como devia ser difícil. Mas pensei que também pode ser interessante. Por isto resolvi compartilhar com vocês, não sem colocar aqui a minha ressalva de que, apesar de este ser o meu TOP 10 atual, não significa que são minhas músicas favoritas ou nem mesmo que ele é um TOP 10 permanente, a única coisa que posso concluir é que, estas 10 músicas que cito aqui tem algo importante para mim.
10- D’yer Maker – Led Zeppelin
Seria muito injusto eu não dar o devido reconhecimento a banda que me trouxe mais próximo do Rock. Sempre ouvimos de tudo aqui em casa, como eu sempre disse aqui, mas eu considero o meu nascimento para o mundo musical o ano de 2002, quando eu era adolescente e meus ouvidos ficaram um pouco mais apurados. Ouvi muita porcaria, é fato, mas D’yer Maker, muito a frente de Stairway To Heaven (que não preciso nem tecer comentários), me mostrou que o rock podia também ser Pop, e muito gostoso. É claro que algumas regravações desrespeitam a grandiosidade desta música (ninguém merece Claudia Leite se achar roqueira ao “axezar” Led Zeppelin), mas ela nunca perdeu lugar no meu coração.
9 – Acabou Chorare – Novos Baianos
É até sacanagem eu querer falar de Novos Baianos. Quando escuto qualquer música deles eu volto lá no início dos anos 90, exatamente na piscina da fazenda da minha avó paterna, curtindo um calor e um carnaval com os primos de Minas e do Rio. A trilha sonora colocada pelo meu pai nesta época era essencialmente brasileira, não que ele não gostasse de rock, mas devia estar em uma fase bem abrasileirada da sua vida. Isto me marcou muito. Eram dias ao som de Jorge Ben, Marisa Monte, Caetano Veloso e….Novos Baianos. Muito tempo depois, já nos anos 2000, já na faculdade, depois de reduzir um pouco meu lado roqueiro (que não me permitia ouvir muita coisa local) resolvi dar ouvidos ao album Acabou Chorare dos Novos Baianos. A música título me impressionou pela simplicidade da letra e elaboração da melodia. Decorei a letra em um único dia. É minha favorita do grupo até hoje.
8- A Certaine Romance – The Arctic Monkeys
Eu sempre fui apaixonada pelo “Brit Rock”. Quando morei em 2007 em Portugal tive muito tempo (e estava muito próxima da terrinha) para aprimorar esta minha paixão. Os Arctic Monkeys foram meu primeiro contato com este brit rock dos anos 2000. Foi encantamento a primeira vista. Era inovador mas soava conhecido, entendem? A guitarrinha grudenta, a bateria simples e a voz simpatiquérrima de Alex Turner me agradaram muito. “A Certaine Romance” é uma crítica a juventude britânica, que brigam sem motivo, não tem inspiração, não escutam música porque é bom. Alex Turner sempre foi um bom letrista. Isto me ganhou de cara. Não me canso de ouvir esta música. E concordo com muita coisa que ele disse ai.
7 – Black Night – Deep Purple
Quando fui ao show do Deep Purple em BH, em 2002, com meu pai e um grande amigo de Salvador (que veio aqui especialmente para isto) eu só conhecia “Smoke On The Water”. E pra te ser bem sincera eu só fui ao show porque meu pai precisava de uma companhia. Nunca fui fã deste tipo de rock e nem sabia a importância do Deep Purple no cenário musical. Mas lembro bem deste show. Começaram com “Highway Star” e deixaram o clássico “Smoke” pro final, então tive que me concentrar no show. Quando “Black Night” começou com aquela bateria e o “Oh oh oh” arrepiei. Só arrepiei mais quando todo o mineirinho (onde foi o show) também cantou o “oh oh oh” em alto e bom som. Desde então tenho o Deep Purple como uma de minhas bandas favoritas.
6 – Último Romance – Los Hermanos
Sabe aquela música que arrepia? É até difícil descrever outra sensação que eu tenho quando escuto essa música. Pode já estar até banalizada, mas arrepia. Foi este album do Los Hermanos, o Ventura, que me trouxe de volta pra perto da MBP. Essa música eu vi ao vivo por duas vezes, uma vez em 2006 e outra em 2012, e cantei enchendo meus pulmões de ar para soltar tanta força. Acho o Rodrigo Amarante um dos melhores letristas e vozes da música brasileira atual, e essa letra é sem comentários, uma das mais românticas que já ouvi. Definitivamente tem lugar de destaque no meu top 10.
5 – Because – The Beatles
Pra mim é muito, muito difícil mesmo, escolher uma música dos Beatles pro TOP 10. E resolvi escolher uma só, para não desmerecer outras bandas. Beatles fez parte da minha infância, adolescência e agora vida adulta. É como se fizesse parte de mim, lembro de tantas coisas, tanta gente, tantas situações. Como é difícil, pensei primeiro em escolher um álbum favorito, e isto é relativamente fácil: Abbey Road. Ai voltava a missão difícil, escolher uma música dentre todas elas, e escolhi Because. Mas porque Because? Talvez seja o lado B mais lado B da banda. Because não é uma música que agrada a todos. Mas lembro direitinho do dia que escutei ela: eu resolvi baixar no meu computador toda a discografia da banda e resolvi começar escutando os álbuns em ordem de lançamento, só que do último álbum para o primeiro. Quando cai em Because primeiro levei um susto. Mas depois os arranjos de voz me agradaram bastante, sem contar a letra né? “Because the world is round, it turns me on”…sensacional. Because corre o risco de ser minha música atual favorita dos Beatles.
4 – (You make me fell like a) Natural Woman – Carole King
A Carole King não podia faltar na minha lista. É uma paixão muito recente. O álbum Tapestry é maravilhoso, e não é atoa que foi o número um de venda no ano de sua estreia. A escolha da música é muito difícil, mas Natural Woman é uma bela música feminina, e é um bom exemplo do estilo musical de Carole. Comecei a gostar dela depois de ouvir o álbum “Live at the Trobadour” em que ela toca seus maiores clássicos com James Taylor, seu eterno parceiro musical. Depois disso foi só paixão. Sou da torcida para trazerem os dois para tocar logo no Brasil, aproveitando a onda dos antigões virem tocar aqui. Com vocês minha querida, Carole King, na sua melhor forma:
3 – The Carpenters – Close to You
Minha lista é muito variada, tem de tudo, de tudo mesmo. Eu adoro músicas antigas (e quando digo antiga é música que foi lançada antes do ano que nasci, em 1986 hehe), e Carpenters é apaixonante pela voz da falecida Karen Carpenter. Close to You é pra mim uma obra de arte. A começar pela melodia, simples, com leves oscilações de velocidade e uso de alguns instrumentos chave como piano e um solo de trompete, se não me engano; e a letra, ah a letra…Eu sou uma romântica convicta e essa é aquela música que vejo tocando no meu casamento, nas comemorações de 10, 20, 30 anos de casados, nos jantares românticos…é uma música que não envelhece, e que inspira qualquer casal apaixonado. Não poderia nunca ficar fora da minha lista. Fez parte da minha história com meu noivo e me emociona, sempre. Aos românticos, ao meu amor, e aos Carpenters, fica minha homenagem e meu número 3.
2 – Fire and Rain – James Taylor
James Taylor é para mim a descrição do do gentileman. As músicas dele são músicas de gentileman. Eu me lembro bem do meu pai me falando dele na minha infância, e eu criticava sem nem mesmo escutar. Achava o estilo country brega. Mal sabia eu que ia me tornar uma das maiores admiradoras do country americano. Ele é um gentileman country, e eu adoro. Fire and Rain é uma música linda, o violão de Taylor é marcante e característico e a letra é ótima. Coloquei ela aqui por ser uma influência paterna que deu certo (e muito certo), e hoje ele é um dos meus cantores favoritos. Também faço coro para a vinda dele ao Brasil, em breve. Merece meu segundo lugar porque ela é muito constante no meu iPod, tocando sempre no shuffle, e sempre na minha seleção pessoal.
1 – Bohemian Rhapsody – Queen
Acho que esta música vai ser meu eterno número um. Quem nunca se imaginou oscilando entre as firulas musicais propostas por Freddy Mercure e trupe quando escutava este clássico. Esta música é um exemplo de tudo que pode haver de bom na música: boas melodias, bons instrumentistas, boa sequência e um espetacular vocal. Freddy é o “tchan” de tudo que envolve o Queen, e esta música é o ápice dele; ele dá o show a parte, cantando estilo rock, estilo romântico, estilo ópera. É impressionante. É tão impressionante que, quando você canta junto, você se sente tão bom quanto ele. Escutei essa música no início da minha fase roqueira, em 2002, e ela se mantém até hoje, apesar de escutar por diversas vezes, a minha favorita. Ela ultrapassa as barreiras do tempo, e continua um musicão até hoje. Para mim é a número um, indiscutível, até hoje.
Êta maravilha! O TOP TOP voltou, depois de muuuuuuuuito tempo ( e bote tempo nisso). Mas voltou temporariamente, porque 2012 ainda não acabou e com isso nem as tarefas árduas do dia a dia, mas prometo tentar comparecer mais vezes até o final do ano.
O tema hoje é músicas de musicais. “Aaaah, mas músicas de musicais?” você leitor diria para mim irritado…afinal quem é que gosta de musicais? Bom, eu gosto, então eu vou fazer ok? Vale musical da brodaway, musical de filme, musical do que vocês quiserem…o que importa é ser musical.
5. “Pra quem é Addams” – Família Addams Brasil
Bom, eu tinha que começar com algo brasileiro…tudo bem que é uma versão de algo beeem americano, mas devo dizer que a qualidade da versão me impressionou bastante. A letra é divertida, contemporânea e bem adaptada. Sem contar que os atores merecem crédito, encaixaram bem em seus papeis. Devo dizer que Daniel Boaventura dá um show a parte. Me impressionei ao vê-los ao vivo. Por isto, por ser uma boa versão brasileira de um sucesso americano, pela qualidade das dancinhas e pelo show a parte do Daniel Boaventura esta versão de “When You’re An Addams” é o nosso nº5:
4 – Elephant Love Medley – Moulin Rouge (2001)
E os críticos vão a loucura! Mas sim, Moulin Rouge, e sim, a música mais batida desde 2001 para eventos românticos (casamentos, aniversários de namoro, festas de 15 anos). Seremos realistas, apesar de todo o apelo piegas, é uma grande música! Um medley muito bem montado, de vários clássicos famosos sobre amor. Não é possível não se emocionar com a excelente afinação de Ewan McGregor (aproveitando seus 15 minutos de Brad Pitt da mulherada na época), especialmente quando ele entona um “I’ll always love you” junto com a Nicolle Kidman. Falem o que quiserem, esta música é um clássico necessário de qualquer amante de musicais.
Por ser piegas, contar com o charme momentâneo de Ewan McGregor e se passar em Paris, Elephant Love Medley é nosso nº4:
3- Time of My Life – Dirty Dancing
Gente, o que é esse filme? Um clássico! Me arrepio toda vez que ela toca e lembro do Patrick Swayze dançando (que falta ele faz!!). Ele inspirou qualquer outro filme que veio a seguir que falava de música ou dança. Quem não canta alto na parte “I’ve had the time of my life” é um chato de galocha, porque é brega mas é luxo, se é que vocês me entendem. Devo dizer que Jennifer Gray é um mero adereço nesse filme porque Patrick é o cara!
Por ter Patrick Swayze no seu auge musical e inspirar em todos nós um dirty dancer “Time of My Life” é nosso número 3:
2 – You’re the one that I want – Grease
John Travolta, Olivia Newton John e década de 60 na mesma frase, e o que você pensa? “You’re the one that I want… oooh oooh oooh”. Impossível ficar parado ouvindo essa música. IM-POS-SIVEL. Aqui se você ficar parado você passa da categoria chato de galocha para extremamente insuportável. Nada que umas doses de cuba libre não lhe deixem inspirado para pegar sua jaqueta de couro e passar gel nos cabelos e rebolar igualzinho ao nosso ídolo Danny. Grease é tão bom que a Sandy chama Sandy Leah por causa da nossa amada Sandy do filme. Sem mais.
Por inspirar Xororó no nome da filha, exigir jaquetas de couro e gel no cabelo e mexer com qualquer um, “You’re the one that I want” é nosso número 2:
1º We Both Reached For The Gun – Chicago Musical
Eu não sei se vocês meus amigos leitores já foram ou pretendem ir a Broadway, mas se forem (e um dia devem ir) por favor assistam Chicago. E se só puderem ver um show, vejam somente Chicago. É a descrição do que é a Broadway ou qualquer outro musical. Eu me lembro de estar sentada lá vendo este show e pensando “bem, isso é broadway”. Mas porque a escolha desta música? Chicago tem várias músicas boas, é incrível, mas esta foi a que mais me impressionou, porque não envolve tanta dança, é engraçada e muito bem organizada. São tantos tons, tantos ritmos, tantos detalhes que é de deixar qualquer perfeccionista encantado. A cena da Roxie Hart como marionete é de uma espiritualidade magistral, e de grudar os olhos. Eu particularmente adoro. Chicago é um dos shows mais duradouros da Broadway, e eu espero que dure mais tempo. No vídeo peço uma atenção particular: vídeos de shows verdadeiros da Broadway no Youtube são raros, talvez pela dificuldade de filmar dentro dos teatros, por isto coloco aqui uma versão de 2002, muito mal filmada, mas que vale a curiosidade – o ator que faz Billy Flynn é Michael C. Hall, famoso por interpretar o Serial Killer Dexter – aqui em uma versão, diremos mais descontraido.
Por ser meu musical favorito, por exigir pouca dança e muito talento vocal e teatral, e claro, por termos nesse vídeo Dexter versão Broadway, “We Both Reached For The Gun” é o nº1 do nosso TOP TOP Música de Musicais!
Tempo de Duração: 130 minutos
Classificação: Não recomendado para menores de 14 anos
Texto: Nelson Motta
Direção: João Fonseca
Elenco: Tiago Abravanel, Isabella Bicalho, Lilian Valeska, Pedro Lima, André Vieri, Bernardo La Roque, Reiner Tenente, Evelyn Castro, Pablo Ascoli, Aline Wirley, Leticia Pedroza
CRÍTICA: Marina Nogueira
“Mais grave! Mais agudo! Mais eco! Mais retorno! Mais tudo!”
Já tinha me apaixonado pelo livro “Vale Tudo – o som e a fúria de Tim Maia”. Sempre gostei das músicas do Tim, apesar de não ser muito da minha época – quando ele faleceu, eu tinha 13 anos. Mas sempre me despertou muita curiosidade. Sou fã do Nelson Motta, então devorei o livro em 4 dias.
Quando soube do espetáculo do Tim Maia, não acreditei. Uniu o que eu gosto: teatro, música, TIM maia, Nelson Motta. Precisava ir, mas sabia em BH ia ser complicado – geralmente as boas peças que vem pra cá fazem curtíssimas – e caras! – temporadas. Sabendo que tinha um congresso em SP aproveitei pra comprar o ingresso. O espetáculo é tão concorrido que comprei em março para assistir em junho! Várias pessoas que já tinham ido falaram super bem, a crítica elogiando sempre, vi uns vídeos… enfim, estava empolgadíssima.
Lá fui eu numa quinta feira pro Teatro Procópio Ferreira. Eu e uma amiga, com frio e com fome, depois de uma maratona caótica de trânsito e chuva. Teatro lotado. Começa a peça. Já foi o bastante pra esquecer todo o stress da tarde de quinta.
São aproximadamente 3 horas de espetáculo, com um intervalo. Mas a peça é tão boa, tão boa, tão boa, que você não vê passar! Como já havia lido o livro, me situei muito bem na história, e algumas passagens não eram novidades. Mas minha amiga que não leu também curtiu demais. (Se você me perguntar “vale a pena ler o livro antes?” vou responder que é indiferente. Mas leia o livro! É show!).
Tiago Abravanel é um show a parte. Simpático, bom ator e ótimo cantor. É o Tim Maia no palco, dá arrepios (principalmente na fase final da carreira do Tim). O restante do elenco também impressionante, tanto em interpretação quanto no canto. A peça é marcada pelas músicas do Tim, contando a história desde o começo da sua vida: a amizade com Erasmo e Roberto; sua ida para os Estados Unidos; o contato com as drogas e bebidas; a vida sexual de Tim; as brigas com músicos, produtores, canais de televisão; as aventuras gastronômicas; as famosas frases de Tim; a fase Universo Racional, os ‘bolos’ dados nos shows, etc.
Tudo com muito humor, muito fiel ao livro, uma banda excelente e as músicas mais famosas do Tim: tarde de domingo, não quero dinheiro, descobridor dos sete mares, do leme ao pontal, você, primavera, me dê motivo, Réu Confesso (minha preferida!), Vale tudo, entre outras.
Não tem como não ficar parado! Se eu iria de novo? Facilmente. É emocionante, e como sou uma manteiga derretida, chorei bastante! Mas ri muito! Cantei muito! Aplaudi muito! Vale a pena! Vale tudo! E agora, que fiquei com saudades, vou chamar o síndico!!!
O musical é de Nelson Motta, a direção de João Fonseca. Porém, em virtude da próxima novela da Globo, que será gravada na Turquia, Tiago Abravanel terá que se ausentar temporariamente do Musical “ TIM MAIA – VALE TUDO”. A partir de 25 de junho será Danilo de Moura quem o substituirá nessas últimas semanas da temporada paulista (ele participou das audições para o espetáculo e já atuou em Aladdin e Hairspray). O espetáculo não será interrompido e a temporada, inclusive, será prorrogada até 18 de agosto, devido ao imenso sucesso em São Paulo.
Como o vitrola gosta de tudo, convidamos uma amiga dos Sousa para falar sobre ópera (afinal aqui também se escuta clássicos). Marina Nogueira esteve na ópera Tosca, de Giacomo Puccini, aqui em BH, e conta pra gente suas impressões.
EU sou o tipo de pessoa que nao poupa tempo, dinheiro ou espaço ppra ir num show do chiclete com banana. Logicamente, gosto de outras coisas, mas talvez todos tenham se assustado quando contei com animação que iria numa opera.
O mais perto que cheguei de uma opera foi uma apresentação da filarmônica de MG e do fantasma da opera na broadway. E gostei dos dois.
Resolvi ir a opera porque o preço estava bom (paguei 25 reais, meia entrada, no primeiro setor do palácio das artes! – o maior e melhor teatro demBH) e sempre tive vontade de conhecer.
Bem, a opera escolhida foi Tosca, de Giacomo Puccini (o compositor de La boheme). E chegou o grande dia. Confesso que estava com medo de ficar cansada, afinal, sao 3 atos de opera pura! Estava com uma enxaqueca péssima (e ao final do espetáculo não senti mas nada! )Mas lá fui eu fim uma amiga muito querida. Foram 3 atos com duração de aproximadamente 2:30 horas.
A história se resume entre um jogo de amor e sedução entre a cantora Tosca, o pintor Cavaradossi e o chefe de policia Scarpia. Na minha opinião, os pontos altos do espetáculo sao a participação do coral lírico de MG e do coral infantojuvenil do palácio das artes. Porém todo o espetáculo é marcado de solos e duetos lindíssimos, tanto no canto como na interpretação!
Relevo tambem a lindíssima participa ao da orquestra filarmônica de MG, como sempre surpreendente.
Tosca vem munida de ótima direção e elenco: cena e cenários de Carla Camurati e Cecília Modesto, musica e regência de Roberto Tibiriça e como protagonistas a soprano Eiko Senda interpretando Tosca (incrível!); o meu preferido, o tenor Richard Bauer que interpreta Cavaradossi e o baixo-baritono Stephen Bronk interpretando Scarpia. Ainda tem Igor Vieira, Eduardo Amir, Flávio Leite, Andre Fernando e Lukas D’oro.
Quem nunca foi a uma opera essa é uma oportunidade única e imperdível. Virei fã e pretendo ir em todas que puder. Nao é cansativo e sugiro que compre o livreto sobre a opera (R$ 5,00) no proprio teatro ou leia a sinopse antes – nos sites wikipedia ou no site do palacio. O interessante é que há um letreiro com as traduções (as musicas nessa obra sao cantadas em italiano,) então dá pra entrar muito na história. Ainda assim há partes cômicas e lindas musicas! Estou apaixonada com o espetáculo, que nao ganha pontos só pela interpretação e da orquestra, mas tem um cenário e figuração lindos!
Fica a dica! Está em cartaz no palácio das artes (www.fcs.mg.gov.br) nos dias 19, 23, 26 e 28 de junho. Classificação 12 anos.
É moçada, a hora chegou. Eu diria que foi um dos shows mais esperados do ano, não só na capital de Minas mas em todo o Brasil. Desde o anúncio do show e venda dos ingressos em janeiro/12 não se falava em mais nada, a não ser no countdown para este show que viria a se tornar um grande evento. É claro, eventos de comoção nacional vem sempre regados de muita crítica daqueles que não conseguem olhar além do seu próprio umbigo. Ouvi coisas como “eles não são tão bons assim” como “eles só estão voltando por dinheiro”, assunto que abordei no post Michel Teló, Los Hermanos e a Hipocrisia. Mas isto não importa, vamos falar do que realmente é legal.
Como esperado, após 3 dias de shows com ingressos esgotados (e a pequena capacidade do chevrolet hall), a entrada da casa de shows estava transbordando pessoas de todos os tipos: cults, pseudocults, playboyzinhos, alternativos, fãs histéricos, acompanhantes que não sabiam onde estavam e claro, pessoas que se julgam normais como eu. A entrada não foi legal. Menos uma estrela pela desorganização do Chevrolet Hall (é claro que não é culpa da banda), mas é preciso dar mais atenção a entrada do público em dias de shows lotados: não havia filas montadas corretamente, houve empurra-empurra e falta de paciência do público em colaborar. Foi tão mal organizado que os seguranças não conseguiram checar as meias entradas (porque o volume de pessoas era muito grande) e cheguei a ver até “pivetes” cheirando cola no interior da casa. Lamentável.
Para minha, para sua e para nossa alegria deu pra esquecer tudo isto, porque exatamente as 19h, no final da noite de um domingo frio de Belo Horizonte, os ídolos sobem ao palco para o primeiro acorde de “O Vencedor”. Histeria e comoção geral: vi choros, gritos, muitos pulos e, o que me arrepiou, um coro único de vozes de todas as idades, cantando sem hesitar, sem errar uma letra, sem desafinar uma nota. Havia tempos em que eu não via um público tão apaixonado assim, arrisco dizer que só vi isto no show do Paul McCartney, no Morumbi, em 2010. O quarteto emendou então sucessos de toda a carreira: “Retrato pra Iaiá”, “Todo Carnaval tem Seu Fim”, “Além do Que Se Vê”, a belíssima “O Vento” e a deliciosa “Morena”, umas das poucas do album “4”. Houve tudo para agradar gregos e troianos. O momento para acalmar os corações e embalar os beijos dos casais apaixonados foi guiado por “Sentimental” e “A outra”. Não posso deixar de destacar a maravilhosa “Último Romance”, uma obra prima de Rodrigo Amarante e “Conversas de Botas Batidas”. Bem, eu poderia ficar a noite toda aqui falando das músicas e do meu apreço por elas (sou uma fã confessa e fervorosa), mas nada vai explicar o que aconteceu dentro daquela casa ontem. Para fechar, um bis incrível: a inesperada “Adeus Você”, “Tenha Dó”, “Quem Sabe”, “Anna Júlia” e “Pierrot”, as quatro últimas relembrando o início da carreira, no álbum “Los Hermanos”, onde a batida pop e rock se misturavam de uma maneira inovadora.
E você, caro leitor, deve estar se perguntando porque é que esses barbudos causam tamanho frisson nesta juventude brasileira. Pois eu te respondo sem hesitar: posso dizer que, desde a Legião Urbana, de Renato Russo e sua trupe, ninguém faz letras tão complexas, mas tão próximas de transcrever vários sentimentos humanos. Los Hermanos faz sucesso porque fala de amor com quem entende isto a flor da pele, que são os jovens. Frases como “Me diz o que é o sufoco que eu te mostro alguém afim de te acompanhar”ou “quem é mais sentimental que eu?” já passaram na cabeça de todos e são transcritas nas ousadias da dupla Camelo/Amarante. Há algo mais simples e mais verdadeiro do que a frase “Não te dizer o que eu penso já é pensar em dizer”? Os barbudos são sinceramente simpáticos e “complexamente” simples. Como eu disse algumas vezes, é difícil não amá-los (por mais que para alguns seja difícil admitir isto).
Apesar da pouca interação com a platéia (por pouca eu digo verbalmente, porque Amarante estava sempre mostrando suas estranhas dancinhas e se aproximando das grades de proteção) devo dizer que participei de mais um grande evento musical. Ter a oportunidade de cantar tantos sucessos de uma só vez é um presente, muito bem montado, pela trupe barbuda, e isto é show para os fãs: cantar sucessos, lados B e clássicos.
Para mim ficou a lembrança de poder gritar em “Azedume” e “A flor”, e poder chorar em “Um par” e “Casa Pré-Fabricada”, e claro, de compartilhar momento tão esperado ao lado de pessoas amadas. Agora só resta a saudade, e um sonho, de que daqui há 5 anos haja outra turnê de reunião, como esta que os barbudos planejaram para este ano.
Com muito prazer faço essa resenha para os queridos Souza, e aproveito para novamente me desculpar por não ter feito o mesmo com U2, Red Hot Chili Peppers e Pearl Jam!!!
São Paulo, Jockey Club, 07 de abril de 2012, Lollapalooza Brasil: entrou para a história! Pelo menos para minha, e para outras 74.999 pessoas presentes naquele sábado ensolarado e atípico para a cidade.
O Lollapalooza é um festival criado em 1991 por Perry Farrell (frontman do Jane’s Addiction), consagrado por suas edições em Chicago. Em 2010 chegou ao Chile, e no ano em que completa 20 anos aterrisou no Brasil trazendo como headlines Foo Fighters e Arctic Monkeys.
Depois de longos 11 anos de espera, e de um susto após o cancelamento de shows devido a problemas vocais, chegou a vez dos fãs de Dave Grohl e cia se deliciarem ao som da banda de rock com maior prestígio ultimamente.
E lá fui eu me aventurar no meu primeiro festival e confesso que me surpreendi. Como meu único interesse era o show do Foo Fighters não posso dar minha opinião sobre o festival em si, mas digo que achei bem organizado, entrada sem filas (cheguei ao Jockey por volta das 18h). Claro que havia filas nos caixas, bares e banheiros, celular não funcionava lá dentro, mas achei o ambiente bem tranquilo.
Pontualmente, às 20:30h, como sempre vestido de preto e com sua guitarra azul, Dave Grohl sobe ao palco e tem cerca de 75 mil pessoas na sua mão!!! E ele não decepciona, abrindo o show com a sequencia fantástica de All My Life, Times Like These, Rope, The Pretender e My Hero. Pausa pra respirar, gritos e mais gritos (para o desespero da fonoaudióloga roqueira!!!) e por cerca de duas horas e meia a banda tocou um setlist de 26 músicas, incluindo cover de In The Flesh (Pink Floyd), e Bad Reputation e I Love Rock and Roll com participação de Joan Jett. Ouvidos atentos ainda puderam identificar acordes de Custard Pie (Led Zepellin) e Feel Good Hit of The Summer (Queens Of The Stone Age). A escolha do repertório foi bem completa, passando por hits antigos como Big Me até músicas do último, e excelente, CD Wasting Light.
Dave Grohl já não possui a mesma extensão vocal, sabidamente prejudicada pela presença de um cisto nas cordas vocais. Durante o show pouco percebi, mas escutando o MP3 do show fica claro que seus gritos incessantes acabam por prejudicar o alcance de algumas notas. Mas, sinceramente, isso não atrapalhou em nada. Pra mim, ele realmente merece o título de “cara mais legal do rock” e proporcionou um dos melhores shows que já fui.
Ouvi muita reclamação sobre a estrutura e organização do festival mas como não entendo nada disso, não me sinto no direito de opinar. O que poderia deixar como “reclamação” é o fato de ter achado o som baixo durante o show, e o posicionamento dos telões do palco, que estavam muito baixos, prejudicando a visão dos desprovidos de altura!!!
No mais, valeu à pena viajar até São Paulo para um feriado prolongado super proveitoso, com direito a encontrar Marina Souza, e coroado com um super show do Foo Fighters!!!
Segue um vídeo com a última música do show e minha preferida!!!
Lá vamos nós para mais uma aventura musical. Belo Horizonte está sendo presenteada este ano com tanta coisa boa chegando por aqui: teremos Joe Cocker, Bob Dylan e Crosby, Stills and Nash, e andamos com rumores de Adele e Paul McCartney, além do esperadíssimo retorno dos Los Hermanos em maio. Para não ficar de fora fui conferir o primeiro showzaço do ano, o ex-lider do The Smiths: Morrissey.
Confesso que tem pouco tempo que curto esse rock anos 80 (e confesso também que foi o filme 500 dias com ela que me fez resgatar este gosto escondido dentro de mim), e o pouco que conhecia era The Smiths, da carreira solo de Morrisey conhecia (e conheço) muito pouco, apesar de já ter lido e ouvido vários elogios da crítica musical.
Bem, fomos na cara e na coragem, eu e Lígia Passos (Sousa adotada por nós devido a elaboradíssimo gosto musical), ver qual é a do cara. Na chegada tivemos que aguentar alguns minutos de uma infeliz (mas esforçada) cantora americana Kristeen Young. Ela urrava versos incompreensíveis ao esmurrar um teclado sozinha no palco. Deu pena, mas parece que ela curtiu, pois saiu aplaudida pelos fanáticos fãs de Morrissey, que estavam tão felizes, que não era ela que ia estragar tudo.
Antes do começo do show passaram vídeos em um telão montado no palco, provavelmente escolhidos por Morrisey: Shocking Blue, The Sparks e até Brigitte Bardot. Serviu para esquentar o clima. Após uma barulheira inexplicável produzida por instrumentos que não consegui identificar, as 22:10h, o telão cai e surge, lá no fundo, de camisa branca e calça social, o mais esperado, Morrissey.
Muito simpático, não parecia que era o que falavam: antipático, ignora fãs, mau humorado. Morrissey parecia leve e feliz. Sua banda estava toda de camiseta vermelha escrita “Assad is Shit”, com uma crítica direta ao ditador Sírio. Começou com a animada “First of the Gang to Die” e emendou sucessos de carreira solo. Mesmo não conhecendo boa parte, Morrissey conseguiu me manter de pé e dançando ao som de seus bons hits. O público foi a loucura com o primeiro sucesso de The Smiths tocado: “Still Ill”, seguida de “Everyday is Like Sunday” cantada em coro por fanáticos e não fanáticos.
Depois de mais alguns momentos carreira solo Morrissey trouxe o clássico “Meat is Murder”. Já não gosto da música, mas este talvez tenha sido o ponto mais baixo do show. Morrissey é um vegetariano radical. Tão radical que nesta noite o Chevrolet Hall só poderia vender lanches que não tivessem carne (as opções eram salgados de ricota ou pão de queijo). Durante a apresentação da música, um vídeo ao fundo com cenas de animais multilados passavam sem parar, com a intenção de desagradar o público, e talvez “catequizar” novos vegetarianos. Não gostei. Não sou vegetariana mas também não sou carnívora fervorosa, e como nutricionista me sinto no direito de discutir essas condutas radicais. Nesta parte confesso ter ficado mau humorada.
Por sorte, Morrissey se redimiu com as clássicas “I Know it’s Over”, “There is a Light that Never Goes Out” (histeria total), “I’m throwing My Arms Around Paris”, “Please, Please, Please Let Me Get What I Want”e “How Soon Is Now”. Nos intervalos entre as músicas sobravam elogios ao público (“I love you”, “Brasil, Brasil”) e também sobravam idolatrias pelos fãs presentes. Ficou claro para ele também, apesar do desânimo em tocar clássicos de The Smiths, que a platéia estava lá para isso, pois eram as músicas mais cantadas. Trocou de camisa duas vezes, lançando a branca que usava no início para os fãs e voltando de camisa roxa, clássica dos tempos de The Smiths.
Morrissey voltou para uma música no Bis, já de blusa amarela: “One Day Goodbye Will Be Farewell”, também admirada por todos. Despediu-se e não voltou. Para os fãs, ficou o gostinho de quero mais. Para os admiradores da música (como eu), ficou de bom tamanho, apesar de sentir falta de alguns bons clássicos da famosa banda dos anos 80. Mas já fiquei grata com “Please, Please, Please”. Morrissey mantem sua voz tenra e afinada, o temperamento inesperado e a pregação ao vegetarianismo à tona, para nós que temos pouca chance de vê-lo, é ótimo, mas talvez tenha que rever alguns conceitos para não ficar obsoleto, conseguir manter antigos fãs e ganhar os mais novos, como eu!
Essa semana eu ouvi muito murmurinho por causa de eventos musicais brasileiros. Costumo não me envolver em polêmicas, mas eu gosto de dar a minha opinião.
#FreeMichelTeló
Primeiro vou começar com a polêmica “Ai se eu te Pego” chegando na Europa. Ok gente, a música é ruim? É. Michel Teló não tem talento? Não. Ela reflete a cultura brasileira no exterior? Talvez. Não vamos nos enganar, o Brasil é muito grande, e somos lembrados sempre por muitas coisas, pela alegria do nosso povo, pelo talento no futebol (ou ao menos era né?), pelos excelentes músicos (exportávamos Mutantes, João Gilberto, Chico Buarque), mas também pelo carnaval, mulheres peladas e, porque não, Michel Teló? Não que eu vá comprar discos de Michel Teló ou frequentar estes tipos de shows (porque ai pra mim é demais, mas não julgo quem o faz), mas vamos concordar que é divertido, quando estamos em alguma festa, algum lugar para nos divertir, ouvir e dançar esse tipo de música. É ai que começa a hipocrisia. Se é divertido para nós, brincar, rir, fazer piada da situação, porque não seria divertido para o Nadal? O Cristiano Ronaldo? Os jogadores suecos? Os portugueses, espanhois, poloneses e italianos? Afinal, nós nos damos o direito de dançar a música do Guarda-Chuva ou do Cafetão (“Umbrella” da Ryhanna e “P.I.M.P.” de 50 Cent) sem sequer nos preocupar com o que a letra quer dizer, e sem pensar que isso “reflete” a cultura americana, não é mesmo? Afinal eles tem tantas coisas boas que podemos relevar isto, certo? Não, a situação é a mesma. A letra também fala coisas desconexas e mesmo assim adoramos dançar. Vão vir os mais hipócritas dizer que “eu não danço quando toca Michel Teló, ou 50 Cent, ou qualquer outra coisa que eu não julgue ser musicalmente interessante”. Ok, então você é um chato, e só isso que tenho pra falar.
E ah, Michel Teló, tudo bem, é bacana seu sucesso no exterior e continue assim, atingindo seus sonhos, mas por favor, não traduza a música para outras linguas. Você faz sucesso lá porque ninguém entende o que você diz, e esse é o charme, traduzir vira vexame, please.
Para a polêmica Los Hermanos, fica a mesma conduta. Eu não julgo quem gosta de Michel Teló, eu não julgo quem escuta Angra, eu não julgo quem curte Velhas Virgens, e não acho que todo fã deve ser generalizado por gostar de um estilo musical. Nem todo fã de Michel Teló é sertanejo barango, nem todo fã de Angra é roqueiro cabeludo, nem todo fã de Velhas Virgens é sujo e nem todo fã de Los Hermanos é cult chato. Conheço fãs de Los Hermanos que escutam Exaltasamba, Cartola, Beatles e Pixote (né Marina Nogueira), e nem por isso podem ser rotulados como chatos. O frisson pelos ingressos aconteceu pelo simples fato de que os caras não tocavam há muito tempo. Pode ser por interesse financeiro, eles podem tocar só por tocar, o show pode ser uma droga, mas o fã não perde essa chance de tomar cerveja, reunir os amigos e cantar suas músicas favoritas. Ou você acha que o Paul McCartney, o ACDC, os Rolling Stones e outros que estão na estrada há anos também só tocam por puro amor aos fãs e as músicas? Tem que ter dinheiro na parada senão ninguém sai do lugar.
Então é isso. Por hoje, abaixo a hipocrisia musical, vamos todos nos respeitar e ser menos críticos com pequenas coisas. Vamos guardar nossas energias para mudar o país, ir as ruas, reclamar algo importante. #FreeMichelTeló, #FreeMarceloCamelo, #Chegadehipocrisia.
*A autora Marina Silva deixa claro que nunca gostou de Michel Teló, mas assume dançar “Ai se eu te Pego” eventualmente em festas de casamento ou formatura, com seus amigos que se julgam cultos demais para isto. Ah, e ela é fã de Los Hermanos, e encararia a fila pelo show (mas botou sua irmã mais nova para cumprir tarefa tão árdua) 😉