Série Pesquisa: As mais tocadas no Brasil 1. Década de 1920

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Iniciamos mais uma série:  As mais tocadas no Brasil. A pergunta básica é : quanto uma música lançada há quase um século ainda embala os nossos saraus, colore ou faz pano de fundo a vários de nossos momentos atuais ?

Começamos com a década 1920-1930. Nenhum de nós era provavelmente nascido, mas garanto que das 30 canções selecionadas todo mundo conhece pelo menos umas 5. Não coloquei as gravações originais, mas deixo um link par quem quiser ouvi-las no site : Mais tocadas

Nossa seleção: em Playlist do Spotfy

Documento: III Festival da MPB 1967 – A Grande Final (TV Record)

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Um dos programas musicais que mais me marcou quando ainda era criança (tinha 11 anos) foi oFestival de Música Popular Brasileira de 1967, a terceira edição do Festival de MPB organizado pela TV Record de SÒ Paulo. Ele aconteceu entre 30 de setembro e 21 de outubro de 1967, no Teatro Record Centro, em São Paulo, com apresentação de Sônia Ribeiro e Blota Júnior.

Quem não assistiu não tem ideia do impacto que ele causou em todo país. Uma nação acostumada a cantar boleros, mal iniciada na Bossa Nova e na Jovem Guarda foi de repente invadida por uma série de conceitos musicais novos. A música podia ser tradicional, o samba modernizado, o rock abrasileirado, a música brasileira eletrificada, as letras passaram a retratar o cotidiano, a propiciar o protesto e a esperança. Se como apenas isto já não bastasse toda uma geração de gênios musicais estava sendo lançada, ou consagrada ali: Edu Lobo, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Marília Medalha, MPB-4, Mutantes, Elis Regina, Jair Rodrigues, Nara Leão, Dori Caymmi, Roberto Carlos,  foram apenas algumas das atrações  envolvidas na disputa.

Para mim era impossível escolher a melhor e o público se dividiu e torcia como em uma partida de futebol, aplaudindo e cantando as suas favoritas e vaiando intensamente as suas concorrentes. A canção vencedora do festival foi “Ponteio”, de Edu Lobo e Capinam, interpretado pelo primeiro e por Marília Medalha. Para vocês terem uma ideia, foi neste festival que  foram apresentadas originalmente  Alegria, Alegria, de Caetano Veloso; Roda Viva, de Chico Buarque e Domingo no Parque, de Gilberto Gil, esta última sendo considerada marco inicial da Tropicália.

E o melhor, a Grande Final foi preservada, e pode ser assistida na íntegra. Eu me diverti muito revendo este programa que agora trazemos para vocês:

Homenagem: Beth Carvalho

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Elizabeth Santos Leal de Carvalho, mais conhecida como Beth Carvalho (Rio de Janeiro, 5 de maio de 1946 – Rio de Janeiro, 30 de abril de 2019)

Beth era tão ligada ao samba que é até difícil imaginar que ela começou como cantora de bossa-nova. Seu o primeiro compacto em 1965, foi com a canção Por Quem Morreu de Amor, de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli. A partir daí passou a se apresentar em festivais, emplacando seu primeiro grande sucesso com Andança, de Edmundo Souto, Paulinho Tapajós e Danilo Caymmi, que ela defendeu no Festival Internacional da Canção, em 1968, e com o qual conseguiu o 3º lugar.

Posso dizer que fui apresentado ao samba de origem por Beth. Foi escutando seus discos que conheci Nelson Cavaquinho, Cartola, Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Sombra, Sombrinha, Arlindo Cruz, Jorge Aragão, todos garimpados nos morros cariocas e depois gravados e promovidos por ela.

Em 2009, no Grammy Latino, ganhou o prêmio Lifetime Achievement Awards, em celebração à sua carreira. A partir dai sua saúde veio deteriorando com uma doença óssea que acabou por matá-la.

Álbuns de estúdio

DVDs

  • 2004 – “Beth Carvalho – A Madrinha do Samba Ao Vivo Convida” (Indie Records)
  • 2006 – “Beth Carvalho – 40 Anos de Carreira Ao Vivo no Theatro Municipal” (Indie Records)
  • 2008 – “Beth Carvalho Canta o Samba da Bahia” (Andança/EMI)
  • 2014 – “Beth Carvalho – ao Vivo No Parque Madureira” (Andança/EMI)

Coletâneas

Composições e parcerias

  • “A velha porta” – com Edmundo Souto e Paulinho Tapajós
  • “Afina o meu violão” – com Paulinho Tapajós e Edmundo Souto
  • “Canção de esperar neném” – com Paulinho Tapajós
  • “Joatinga” – com Edmundo Souto e Paulinho Tapajós
  • “Sereia” – adaptação do folclore baiano.

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