Ontem Dalva de Oliveira estaria comemorando 100 anos. Mas quem foi Dalva ? Muitos de nossos leitores/ouvintes não sabem ou apenas ouviram falar dela. Paulista, de Rio Claro, Dalva foi a principal estrela da Era do Rádio. Para comparar, ela foi teve mais ou menos a mesma importância e influência que Elis Regina teria, alguns anos depois, sobre uma grande geração de cantoras. Como diz o G1 em sua edição de ontem: “Com cristalina voz de soprano, cuja extensão a permitia transitar com naturalidade dos graves aos agudos, Dalva iluminou o sentimento brasileiro com um canto aberto, folhetinesco, que atingiu (e ainda alcança) a alma popular”.
Embora tenha ficado famosa também pela “lavação de roupa suja”, em público, resultante de seu casamento com Herivelto Martins, Dalva sempre soube manter a sua estrela brilhando. Ao longo de sua discografia desfilam grandes sucessos como: Segredo (Herivelto Martins e Marino Pinto, 1947), Olhos verdes (Vicente Paiva), Tudo acabado (Osvaldo Martins e J. Piedade), Que será? (Marino Pinto e Mário Rossi), Errei, sim (Ataulfo Alves) e Ave Maria (Jayme Redondo e Vicente Paiva. Após uma breve pausa em sua carreira, parcialmente causada pela ascensão da Bossa Nova, Dalva emplacou ainda dois grandes sucessos carnavalescos que cantaremos para sempre: Máscara negra (Zé Kétti e Pereira Matos, 1966) e Bandeira branca (Max Nunes e Laércio Alves, 1970). O Vitrola deseja uma vida longa e merecida à memória de Dalva de Oliveira.
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