Mais jazz para a tarde de domingo. Norah Jones e o clássico Summertime. Norah, além de excelente cantora é ótima pianista e uma presença muito bonita.
Um pouco de música, bom gosto e família
Mais jazz para a tarde de domingo. Norah Jones e o clássico Summertime. Norah, além de excelente cantora é ótima pianista e uma presença muito bonita.
Minha cantora de jazz favorita para um domingo jazz. Para min nunca houve ninguém que cantasse jazz como Billie. Aqui ela é acompanhada pelo belo piano de Jimmy Rowles.
Outro gigante do jazz: Sonny Rollins no nosso sábado jazz, em homenagem ao meu pai
Atendendo um pedido especial de meu pai, aqui vai um jazz especial para retomar o ritmo, com um dos meus trompetistas prediletos Chet Baker, aqui com Paul Desmond
Continuando a nossa lista de bons rocks em 2016, The Strumbellas é uma banda canadense, cuja música tem sido descrita como alternativa country, indie rock, e “folk popgrass”. De qualquer maneira, muito boa
O único filho de Paul e Linda McCartney, James é um dos bons nomes da safra 2016 de rock. Seu novo álbum, The Blackberry Train, é muito bom. Ele é a nossa segunda dica, se você quiser escutar rock de qualidade feito em 2016. Do álbum gosto muito desta faixa, Ballerina, um rock de primeira.
Neste mundo abarrotado de sertanejos, funks e hip hop, haverá ainda alguém que escute rock, ou não há mais rock para escutar em 2016. Afinal como anda o rock em 2016 ? A boa notícia é que ainda dá para escutar rock, se você quiser, e pasme eles continuam tão bons quanto antes. Vamos iniciar o panorama Rock 2016 com uma banda veterana: Red Hot Chili Peppers.
Uma situação curiosa aconteceu comigo nessa manhã de sexta-feira, vindo para o trabalho.
Entrei no ônibus que pego regularmente, na minha rotina de sempre, com um livro na mão para me entreter nesse período até chegar no trabalho. O livro que estou lendo no momento é a autobiografia de B.B.King (que recomendo fortemente) e, quando me sentei na cadeira, o sujeito ao meu lado me cutucou e disse, com um sotaque gringo:
– Eu estou escutando isso ai agora.
Fiz uma cara de dúvida (não sou nada simpática de manhã, vocês sabem) e ele continuou:
–B.B.King. Riding With The King. Estou escutando.
Vi que ele apontava para o fone de ouvido. Dei um sorriso simpático e achei que o papo tinha acabado ali.
Enquanto eu tentava avançar nos capítulos do livro, o sujeito (que descobri ser italiano), ficava “pescoçando” a minha leitura e fazendo comentários, que eu tentava, ao máximo, ignorar. Até que ele insistiu em puxar assunto:
– Dizem que B.B.King é o maior guitarrista do mundo. Eu prefiro Gary Rossington, do Lynard Skynard.
Novamente, eu ri e disse:
– São estilos diferentes. Mas ele é bom também.
E, não satisfeito, continuou:
– Rock é isso ai. Não o que vocês brasileiros insistem dizer que tocam. Quando me falam que Rita Lee, Titãs e Paralamas do Sucesso é Rock, eu quero chorar. Rock é inglês. Eu fui contaminado pelo vírus do Rock cedo, cresci ouvindo Rolling Stones. Isso é Rock.
Sorri. E tentei dizer: “Não concordo, mas OK.” Mas preferi ficar calada.
E enquanto continuava “pescoçando” meu livro ele ainda teve tempo de soltar mais uma pérola, antes de descer do ônibus:
– Fico satisfeito de ver uma brasileira fazendo uma leitura interessante, visto que a literatura de seu país é tão fraca. Parabéns.
Dessa vez eu nem mesmo ri. Fiquei calada. Ele desceu, eu segui em frente. Pensei se não deveria ter ficado chateada com os comentários que ele fez sobre a cultura do meu país. Mas depois refleti melhor, e cheguei a conclusão de que deve ser realmente difícil para alguns gringos, do “primeiro mundo” reconhecer que mesmo com tanta confusão, tanta corrupção (muitas delas influenciadas por nossa “genética” italiana) e tantos problemas sociais, a gente ainda consegue ter música e literatura feitas por nós mesmos, de qualidade. Não precisamos ficar presos ao “rock inglês” ou à “literatura europeia”.
Tive pena. Espero que um dia ele consiga voltar para a Itália e ser mais feliz (mesmo que o meu país tenha, aparentemente, o recebido de braços abertos).