Corria o ano de 1971; neste ano se mudou-se, para o meu prédio, um rapaz, adolescente, como nós, que estava de volta a Belo Horizonte, depois de ter morado fora do Brasil. O mais interessante, pelo menos para mim, foi que na sua bagagem ele trouxe vários LPs, que não haviam sido lançados no Brasil. Logo de cara me apaixonei por um som diferente de tudo que eu já havia escutado – meio rock, meio blues, meio jazz, cantado numa voz rouca, com sotaque irlandês (aqueles que não por acaso são chamados de os negros da Europa) – o bardo Van Morrison e seu alucinótico Moondance, simplesmente um dos melhores discos de música pop de todos os tempos. Desde então, comprei e acompanhei tudo que Van Morrison fez. Falta apenas realizar um sonho – assistir um show dele ao vivo. Como ele não sai mais da sua Irlanda, chegando no máximo até Londres, vou ter que ir até lá, afinal se Maomé não vem à montanha…
Os Incríveis Anos 70 VII: Van Morrison – Moondance (1970)

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