Os Incríveis anos 70 – Capítulo V: Al Green

 As paradas musicais em meados de 1971-1976 eram, musicalmente falando, extremamente diversificadas e havia espaço numa mesma semana, entre os mais vendidos, para o rock (ex. Rolling Stones – Sticky Fingers -1971), para o country (ex. Jim Croce – Operator – 1972), para o pop brega (Dawn – Candida – 1971), para o pop suave, tipo balada (Bread – Baby I’m a want you -1971), country rock (Creedence – “Have You Ever Seen the Rain? -1971), para o blues (ex. Chuck Berry – My Ding a Ling – 1972), para o R&B (Diana Ross & Marvin Gaye – My Mistake (Was to Love You, 1973), para a dance music (KC & The Sunshine Band – That’s the Way I Like it – 1976), para o rock progressivo (Pink Floyd – Money – 1973). No meio de toda esta diversidade fiz outra grande “descoberta”nos anos setenta –  a soul music. E soul music tinha como seu maior representante o inigualável Al Green, sucessor direto de Sam Cooke, e que me foi apresentado com o maravilhoso álbum : Let’s Stay Together (1972). Neste álbum, além da faixa título, outra pérola:  How Can You Mend a Broken Heart? , dos Bee Gees. E a partir daí foi amor à primeira audição – fazem parte da trilha sonora desta parte importante da minha vida:  Tired of Being Alone (1971) , I’m Still in Love with You (1972), Look What You Done for Me (1972), You Ought to be with Me (1972), Call Me (Come Back Home) (1973), Sha-La-La (Make Me Happy) (1974), Livin’ for You (1974), L-O-V-E (Love) (1975), além de uma redescoberta, para mim o melhor disco de Green : Green Is Blues (1969), do qual falarei especialmente em outro post, pois foi o responsável por me apresentar uma série de outras canções memoráveis.

 

Mais tarde, após alguns graves incidentes: briga, com direito a ser queimado, com queimaduras de primeiro e segundo grau, pela namorada Mary Woodson, que se suicidou em seguida, utilizando-se da arma de Al  e  de um grave acidente no palco, em 1979, Al Green se tornou pastor e recuperou o sucesso e prestígio comercial apenas em 2003, com o lançamento de “I Can’t Stop”. Para entender a importância a Vitrola traz um show no Harlem, no Teatro Apollo, em 1990. Em que pese a pregação, que faz do show praticamente uma celebração religiosa, vale a pena assistir um cantor de soul em sua plenitude. O domínio de palco, da voz, a expressão corporal e a emoção são uma lição para quem acha que existe um grande cantor de soul em John Legend, Joss Stone  ou Bruno Mars. (Eles têm talento, mas falta a alma). Assista e comente.

Se não tiver paciência para assistir todo o show (pena…):

 

 

 

Os Incríveis anos 70 IV: Bob Marley

“Os ventos que às vezes tiram
algo que amamos, são os
mesmos que trazem algo que
aprendemos a amar…
Por isso não devemos chorar
pelo que nos foi tirado e sim,
aprender a amar o que nos foi
dado.Pois tudo aquilo que é
realmente nosso, nunca se vai
para sempre…”

Outro que estaria fazendo aniversário em fevereiro seria o grande Bob Marley – no dia 6/2 ele teria completado 70 anos. Robert Nesta Marley, nasceu no dia , 6 de fevereiro de 1945 e faleceu em  Miami, no dia 11 de maio de 1981). Marley marcou a minha vida, ou melhor, junto com Jimmy Cliff, colocou o Reggae em minha vida. Suas músicas formam um rosário de sucessos e sua compilação Legend é dos discos mais vendidos até hoje, frequentemente reaparecendo entre os top 200 da Billboard. Desde o seu lançamento em 8 de maio de 1984 até hoje, vendeu mais de 20 milhões de cópias, ganhando 12 discos de platina e 1 de diamante. É o disco de reggae mais vendido da história. Marley é  considerado o primeiro e maior astro musical do Terceiro Mundo e a maior voz deste. Como não reconhecer a importância de canções como : ” I Shot the Sheriff “,” No Woman, No Cry”,” Could You Be Loved “,” Stir It Up “,” Get Up, Stand Up “,” Jamming “,” Redemption Song “,” One Love/People Get Ready “e,” Three Little Birds “, entre outras. Legend foi o primeiro dos muitos LPs de Reggae que eu comprei (o primeiro reggae foi um single – “Vietnam” – Cantado por Jimmy Cliff – mas aí já é outa história)

 

Assista : “The Leged”- Live – O Show completo – 90 minutos do mais puro reggae – imperdível ou se estiver com pressa assista um clipe isolado

ou

 

Na Hora de Dormir: Beware of Darkness (George Harrison – Homenagem)

Ontem George Harrison faria 72 anos, fato que foi lembrado pela Marina em outro blog. Hoje fomos dormir ao som de uma das mais lindas canções de Harrison , cantada em duas versões:

Com o próprio:

E acompanhado por Leon Russell – a mais bonita

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