90 – João Nogueira
João Nogueira
Nascido: Rio de Janeiro, 12 de novembro de 1941 — Falecido: Rio de Janeiro, 5 de junho de 2000
Texto da Rolling Stone: Mostrando-se um intérprete raro, Nogueira foi muitas vezes associado ao samba sincopado, mas, com a voz grave, também esbanjou talento no lamento dos sambas dolentes e das blue notes. O ilustre portelense criou o Clube do Samba e deixou como legado mais de 20 discos lançados. Foi gravado por feras como Clara Nunes e Elizeth Cardoso, e hoje é admirado por nomes como Marcelo D2, Seu Jorge e pelo filho, Diogo Nogueira.
Álbuns de Estúdio: (1972) – João Nogueira (1974) – E Lá Vou Eu (1975) Vem Quem Tem (1977) Espelho (1978) Vida Boêmia (1979) Clube do Samba (1980) Boca do Povo (1981) Wilson, Geraldo, Noel (1982) O Homem dos Quarenta (1983) Bem Transado (1984) Pelas Terras do Pau-Brasil (1985) De Amor é Bom (1985) Recado de um Sambista (1986) João Nogueira (1988) João (1992) Além do Espelho (1994) Parceria – João Nogueira e Paulo César Pinheiro – Ao Vivo (1996) Chico Buarque, Letra & Música – João Nogueira e Marinho Boffa (1998) João de Todos os Sambas (1998) O nome do samba é João – ao vivo
89 – Mario Reis
Mário da Silveira Meireles Reis, o Bacharel do Samba
Nascido: Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 1907 — falecido: 5 de outubro de 1981
Texto da Rolling Stone: Filho de família abastada, Mario Reis mergulhou na alma popular do Brasil como poucos. Nos anos 30, registrou sambas de Noel Rosa e de Lamartine Babo, entre outros, com uma voz de tom levemente andrógino. Sempre usou seu instrumento com inteligência e economia. Cantava de forma suave, quase falada, e evitava as firulas vocais que eram tão caras a outros cantores de sua época. Por isso, é reconhecido como o primeiro cantor moderno do país.
Sucessos: (1928) Jura, (1928) Dorinha, meu amor (1929) Gosto que me enrosco (1931) Se você jurar, (1931) Coisa degente (1931) O que será de mim? (1931) Nem é bom falar, (1932) Fita amarela (1932) Linda morena (1932) Mulato bamba (1932) A tua vida é um segredo (1932) Sofrer é da vida (1932) Formosa (1932) A razão dá-se a quem tem (1933) Ride, palhaço (1933) Agora é cinza, Bide e Marçal (1933) Filosofia (1933) Quando o samba acabou (1933) Chegou a hora da fogueira, (1933) Uma andorinha não faz verão (1933) Alô, alô, André Filho, com Carmen Miranda (1934) Isto é lá com Santo Antônio (1934) Rasguei a minha fantasia (1934) Eva querida (1935) Cadê Mimi? (1939) Joujoux e balangandãs
88 – Jards Macalé
Jards Anet da Silva, conhecido como Macalé
Nascido: Rio de Janeiro, 3 de março de 1943
Texto da Rolling Stone: Na transição entre o popular e o erudito, Macalé conquistou com o tempo a habilidade de escolher cuidadosamente as notas de uma interpretação sem perder a espontaneidade criativa – principalmente em cima do palco, de onde consegue surpreender e reinventar suas canções. Macalé caminhou, sem medo de ficar alheio ao mercado, rumo à introspecção, e de lá apresenta a voz rouca e flutuante que conserva uma brasilidade nostálgica e inédita.
Álbuns de Estúdio: Só Morto (compacto de 1970) Jards Macalé* (1972) Banquete dos Mendigos (LP duplo), em homenagem ao 25º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Gravado ao vivo, com vários artistas (1973); Aprender a nadar (1974). Contrastes (1977) Let’s play that (1983) Rio Sem Tom/ Blue Sued Shows (1987) Peçam Bis, cantando canções de Ismael Silva ao lado de Dalva Torres (1988) Quatro Batutas e um Coringa (1992) O q faço é música (1998) Macalé Canta Moreira (2000), além do single Participou dos songbooks de Ary Barroso, Noel Rosa e Tom Jobim. Amor, Ordem & Progresso (2003) Real Grandeza contendo exclusivamente canções de sua parceria com Waly Salomão: e com a participação de Maria Bethânia, Adriana Calcanhotto e Luiz Melodia, entre outros artistas. (2005) Macao (2007) Jards (2011) com participação de Elton Medeiros, Thais Gulin, Luiz Melodia, Frejat e Ava Rocha.
87 – Wanderléa
Wanderléa Charlup Boere Salim
Nascida: Governador Valadares, 5 de junho de 1946
Texto da Rolling Stone: Assim como Celly Campelo, Wanderléa transmitia musicalmente para as garotas de sua geração as sensações de ser jovem e estar vivendo em tempos maravilhosos. Mas se Celly personificava uma atmosfera inocente, Wanderléa era a voz de tempos mais livres, como foram os anos 60. Mesmo sem um alcance vocal que impressionasse, ela sabia como “vender” uma canção, e por isso tornou-se o ícone feminino mais famoso da jovem guarda.
Álbuns de Estúdio: 1963 – Wanderléa 1964 – Quero Você 1965 – É Tempo do Amor 1966 – A Ternura de Wanderléa 1967 – Wanderléa 1968 – Pra Ganhar Meu Coração 1972 – …Maravilhosa 1975 – Feito Gente 1977 – Vamos Que Eu Já Vou 1978 – Mais Que a Paixão 1981 – Wanderléa 1989 – Wanderléa 1992 – Te Amo 2008 – Nova Estação
86 – Marcos Valle
Marcos Kostenbader Valle
Nascido: Rio de Janeiro, 14 de setembro de 1943
Texto da Rolling Stone: O sempre modesto Marcos Valle talvez até se considere primeiro um músico e compositor do que um cantor. Mas as interpretações corretas e com sabor bem carioca propulsionaram suas célebres criações literalmente para os quatro cantos do mundo. A versatilidade sempre foi um ponto a seu favor: nestes quase 50 anos de carreira, transitou com sossego pela bossa nova, canção de protesto, pop adulto, pilantragem e groove eletrônico.
Álbuns: 1963: Samba Demais (Odeon Records) 1965: O Compositor e o Cantor (Odeon) 1967: Braziliance (Odeon) 1968: Samba ’68 (Verve) 1968: Viola Enluarada (Odeon) 1969: Mustang côr de Sangue (Odeon) 1970: Marcos Valle (Odeon) 1971: Garra (Odeon) 1972: Vento Sul (Odeon) 1973: Previsão do Tempo (Odeon) 1974: Marcos Valle (Odeon) 1980: Vontade de Rever Você (Som Livre) 1983: Marcos Valle (Som Livre) 1986: Tempo da Gente (Arca Som) 1999: Nova Bossa Nova (Far Out Recordings) 2001: Escape (Far Out) 2002: Bossa Entre Amigos (with Roberto Menescal and Wanda Sá) (Albatroz) 2002: Live in Montreal (Rob) 2003: Contrasts (Far Out) 2005: Jet Samba (Dubas) 2008: Conecta ao Vivo No Cinematheque (live) 2009: Página Central com Celso Fonseca (Biscoito Fino) 2010: Estática (Far Out) 2013: Marcos Valle & Stacey Kent – Ao Vivo 50 Anos (Sony)
85 – Elba Ramalho
Elba Maria Nunes Ramalho
Nascida: Conceição, 17 de agosto de 1951
Texto da Rolling Stone:O vibrato e o sotaque são carregados pela paraibana Elba Ramalho nestes mais de 30 anos de carreira com a mesma garra com que o sertanejo atravessa o solo árido pelo horas a fio em busca de água. Elba vagou por xote, maracatu, frevo, baião, forró e chegou à MPB calejada e com personalidade grande. Nas canções românticas, pepitas dentro de um repertório dançante, ela mostra seu maior dom: cantar com paixão desesperadora, capaz de fazer brotar lágrimas em marmanjos.
Álbuns: (2013) Vambora lá dançar – Saladesom Records – CD (2011) Marco Zero – Biscoito Fino – DVD (2010) Marco Zero – Biscoito Fino – CD (2009) Balaio de Amor • Biscoito fino • CD (2007) Qual o assunto que mais lhe interessa? • Atração • CD (2005) Elba e Dominguinhos ao vivo • BMG • CD (2003) Elba ao vivo • BMG • CD (2002) Elba canta Luiz • BMG • CD (2001) Cirandeira • BMG • CD (2001) O grande encontro III(c/ Zé Ramalho, Alceu Valença e Geraldo Azevedo) • BMG • DVD (2001) O grande encontro III(c/ Zé Ramalho, Alceu Valença e Geraldo Azevedo) • BMG • DVD (2000) O grande encontro III • BMG • CD (1999) Solar • BMG • CD (1998) Flor da Paraíba • BMG • CD (1997) Grande encontro II • BMG • CD (1996) Leão do Norte • BMG • CD (1996) Grande encontro • BMG • CD (1995) Paisagem • BMG • CD(1993) Devora-me • Ariola • LP (1992) Encanto • Ariola • LP (1991) Felicidade urgente • Ariola • LP (1990) Ao vivo • Ariola • LP (1989) Popular brasileira • Ariola • LP (1988) Fruto • Ariola • LP (1987) Elba • Ariola • LP (1986) Remexer • Ariola • LP (1985) Do jeito que a gente gosta • Ariola • LP (1984) Fogo na mistura • Ariola • LP (1983) Coração brasileiro • Ariola • LP (1982) Alegria • Ariola • LP (1981) Elba • CBS • LP (1980) Capim do vale • Epic/CBS • LP (1979) Ave de prata • Epic/CBS • LP
84 – Zélia Duncan
Zélia Cristina Gonçalves Moreira
Nascida: Niterói, 28 de outubro de 1964
Texto da Rolling Stone: A cantora nascida em Niterói representa um filão interessante na prateleira das vozes femininas que surgiram na década de 90. Dona de vocais graves com traços de rouquidão, passeia com flexibilidade em sonoridades diversas. Ela se sai bem no folk, pop e samba. O estilo discreto de seu vocal é um contraponto para interpretações desenvoltas nos palcos. Sempre fugindo do óbvio, Zélia faz incursões elegantes por repertórios alheios e já casou sua voz em inúmeras parcerias.
Álbuns: 1990 – Outra Luz (Eldorado) 1994 – Zélia Duncan (Warner Music) 1996 – Intimidade (Warner Music) 1998 – Acesso (Warner Music) 2001 – Sortimento (Universal Music) 2002 – Sortimento Vivo – (Universal Music) 2004 – Eu me Transformo em Outras (Universal Music) 2005 – Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band (Universal Music) 2006 – Mutantes Ao Vivo – Barbican Theatre, Londres 2006 (Sony BMG) 2009 – Pelo Sabor do Gesto (Universal Music) 2011 – Pelo Sabor do Gesto – Em Cena 2011 – Ensaio 2012 – Tudo Esclarecido (Warner Music) 2014 – Totatiando – EP digital lançado no iTunes
83 – Maria Alcina
Maria Alcina
Nascida: Cataguases, 22 de abril de 1949
Texto da Rolling Stone:Carnavalesca, despirocada e exagerada, Maria Alcina surgiu para bagunçar o coreto nos anos 70. Boa parte de seu apelo vem da voz, grave, andrógina e flexível. Em 1972, ela estourou com “Fio Maravilha”, canção de Jorge Ben, mas o verdadeiro sucesso de massa nunca se aproximou dela. Sem dúvida, é uma cantora que merecia ser bem mais popular do que é. Sem problema: a voz de Maria Alcina ainda há de ser redescoberta pelas novas gerações.
Álbuns: [S/D]) Maria Alcina • Copacabana • LP (1995) A lenda viva de Carmem Miranda (The living legen of Carmem Miranda) • CD (1992) Bucaneira • Origem Produções • LP (1985) Prenda o Tadeu • Copacabana • LP (1979) Plenitude • Copacabana • LP (1974) Maria Alcina • Chateclear • LP (1973) Maria Alcina • Chateclear • LP
82 – Martinho da Vila
Martinho José Ferreira
Nascido: Duas Barras, 12 de fevereiro de 1938
Texto da Rolling Stone: Desde que apareceu no cenário musical no longínquo 1967, participando do III Festival da Record, Martinho vem colecionando vitórias e nunca mais saiu de evidência como sambista e como militante. Dono de um jeito malandro e malemolente de cantar, é um sinônimo de intérprete de samba, que inventou um jeito todo particular de cantar suas próprias composições. Martinho não se preocupa em fazer dançar; ele quer mesmo é contar uma história.
Álbuns: 1969 – Martinho da Vila – (RCA Victor) 1970 – Meu Laiá-raiá – (RCA Victor) 1971 – Memórias de um Sargento de Milícias – (RCA Victor) 1972 – Batuque na Cozinha – (RCA Victor) 1973 – Origens (Pelo telefone) – (RCA Victor) 1974 – Canta Canta, Minha Gente – (RCA Victor) 1975 – Maravilha de Cenário – (RCA Victor) 1976 – Rosa do Povo – (RCA Victor) 1976 – La Voglia La Pazzia/L’ Incoxienza/L’ Allegria – (RCA Victor) 1977 – Presente – (RCA Victor) 1978 – Tendinha – (RCA Victor) 1979 – Terreiro, Sala e Salão – (RCA Victor) 1980 – Portuñol Latinoamericano – (RCA Victor) 1980 – Samba Enredo – (RCA Victor) 1981 – Sentimentos – (RCA Victor) 1982 – Verso e Reverso – (RCA Victor) 1983 – Novas Palavras – (RCA Victor) 1984 – Martinho da Vila Isabel – (RCA Victor) 1984 – Partido Alto Nota 10 – (CID) 1985 – Criações e Recriações – (RCA Victor) 1986 – Batuqueiro – (RCA Victor) 1987 – Coração Malandro – (RCA Victor/Ariola) 1988 – Festa da Raça – (CBS) 1989 – O Canto das Lavadeiras – (CBS) 1990 – Martinho da Vida – (CBS) 1991 – Vai Meu Samba, Vai – (Columbia/Sony Music) 1992 – No Templo da Criação – (Columbia/Sony Music) 1992 – Martinho da Vila – (Columbia/Sony Music) 1993 – Escola de Samba Enredo Vila Isabel – (Columbia/Sony Music) 1994 – Ao Rio de Janeiro (Columbia/Sony Music) 1995 – Tá Delícia, tá Gostoso – (Sony Music) 1997 – Coisas de Deus – (Sony Music) 1997 – Butiquim do Martinho – (Sony Music) 758.325/2-479455 1999 – 3.0 Turbinado ao Vivo – (Sony Music) 1999 – O Pai da Alegria – (Sony Music) 2000 – Lusofonia – (Sony Music) 2001 – Martinho da Vila, da Roça e da Cidade – (Sony Music) 2002 – Martinho Definitivo – (Sony Music) 2002 – Voz e Coração – (Sony Music) 2003 – Martinho da Vila – Conexões – (MZA) 2004 – Conexões Ao Vivo – (MZA/Universal Music Group) 2005 – Brasilatinidade – (MZA/EMI) 2006 – Brasilatinidade Ao Vivo – (MZA/EMI) 2006 – Martinho José Ferreira – Ao Vivo na Suíça – (MZA/Universal Music) (registro de shows do cantor no Montreux Jazz Festival, na Suíça, nas edições de 1988, 2000 e 2006) 2007 – Martinho da Vila do Brasil e do Mundo (MZA / Universal Music) 2008 – O Pequeno Burguês – ao vivo (MZA Music) 2010 – Poeta Da Cidade – Canta Noel 2011 – 4.5 Atual – (EMI Music) 2013 – Samba Book – Martinho da Vila (Musickeria – show com versões por outros artistas, disponível em CD, DVD, e Blu-Ray, acompanhado de biografia e um fichário com 60 partituras
81 – Sandra de Sá
Sandra Cristina Frederico de Sá
Nascida: Rio de Janeiro, 27 de agosto de 1955
Texto da Rolling Stone: Assim como Sandra de Sá sempre faz questão de salientar suas origens no seu visual, na voz também está escancarada a negritude orgulhosa habilmente traduzida nas muitas notas que a cantora consegue atingir – desde um grave poderoso ao agudo estridente. Sandra faz o que quer com as notas e tem um balanço cativante no palco em uma explosão de ritmos. E além disso, também não tem nenhum medo da breguice ao ser completamente passional.
Álbuns: Demônio Colorido (1980) Sandra Sá (1982) Vale Tudo (1983) Sandra Sá (1984) Sandra de Sá (1985) Sandra Sá (1986) Sandra de Sá (1988) Sandra! (1990) Lucky! (1991) D’Sá (1993) Olhos Coloridos (1995) A Lua Sabe Quem Eu Sou (1996) Eu Sempre Fui Sincero, Você Sabe Muito Bem (1998) Momentos Que Marcam Demais (2000) Pare, Olhe, Escute! (2002) – Sandra de Sá traduz os sucessos da MotownAfricaNatividade – Cheiro de Brasil (2010)
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