Os Melhores de 2013: # 24. Músicas do Espinhaço: Janelas

Mais uma banda mineira na nossa lista . Depois de dois CDs produzidos quase que de maneira artesanal no estúdio caseiro do grupo, “Janelas” recebe cuidados de uma produção assinada pela própria banda, mas também por César Santos, que trabalhou com projetos de Paula Santoro, Robertinho Brant e mais recentemente Juliana Perdigão. As gravações aconteceram entre fevereiro e março de 2013 no Estúdio Verde, em Belo Horizonte, e contaram com a participação do jovem pianista Rodrigo Lana, do violeiro paulista João Arruda e de Joaquim Izidro.

Nas canções o grupo reitera sua proposta de interpretar as paisagens, os aspectos culturais e as histórias da Serra do Espinhaço, cadeia de montanhas entre Minas Gerais e a Bahia que recebeu o apelido de cordilheira do Brasil. Travessias, vilarejos esquecidos e personagens inesperados são os temas retratados pela singular sonoridade do Músicas do Espinhaço. Entre o regionalismo, o pop, o jazz e a riqueza harmônica do Clube da Esquina o grupo vai levantando suas bandeiras pela preservação, pela sustentabilidade e pela vida ao ar livre. (Press Release) .

Músicas do Espinhaço cheira a Minas Gerais, mas transcende o estado e nos convida ao prazer da boa música.

 

Os Melhores de 2013: # 25. Julia Holter : Loud City Song

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/8/81/Loud_City_Song.jpg

Julia Holter repete o feito do ano passado, quando o seu álbum Ekstasis, foi o número 45 de nossa lista. Loud City Song, seu terceiro álbum de estúdio é ainda melhor que o anterior. A voz de Holter é o fio condutor do disco: suave, clara e perfeitamente articulada, e embora em certos aspectos  suas faixas tragam à mente outros artistas, o resultado final é lindamente original. Há algo de Kate Bush na forma como Holter se envolve com suas letras e, mais que simplesmente cantá-las, interpreta-as. E também não seria inadequado compará-la à Björk, pela forma como ela experimenta com a própria voz, cantando de várias maneiras estranhas e harmonizando consigo mesma. Mas para se chegar a esse álbum partindo dessas duas cantoras, seria necessário acrescentar um pouco da sonoridade do jazz, um pouco de música erudita do século XX e uma pitada de surrealismo nas letras e nos arranjos. Loud City Song é a impressionante conquista de uma compositora que, partindo de experimentações radicais, atingiu uma sonoridade fascinante, convidativa e só sua. (Move That at a Jukebox)

 

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