O quinto disco da cantora macapaense pode parecer apenas mais um trabalho exótico e inusual. Engano. O grande mérito de ‘Zulusa’ – que tem em seu título a representação do português, do indígena e do africano (o povo brasileiro) – é transformar regional em universal. Você provavelmente não sabe o que é o quitum do amassador e o tracatá do dobrador, mas quando ouvi-los não terá uma reação de estranheza. São sons seus, e só não tocam na música que você ouve porque o Brasil é um grande país que está pequeno demais. O canto de Patrícia Bastos é afinado como o de um passarinho. Só para constar: essa não é uma observação minha. Ouvi de Dante Ozzettii. (Melhores da Música Brasileira). Nunca o regional pareceu tão universal – doçura amazônica, ritmo brasileiro, “cafusa sim , confusa não”.
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