Há um motivo primeiro para que pessoas se juntem em grupos de cunho mais ou menos artístico sem laços corporativos – uma banda, uma companhia de teatro, um bloco de carnaval ou até mesmo um site, como o Fita Bruta. É a vontade e a possibilidade de ser mais que um, algo maior e menos frágil, mesmo quando os indivíduos sozinhos já se bastam, como é o caso do Metá Metá. Em “MetaL MetaL”, a intenção inicial de ser “três em só um” do Metá Metá conhece sua melhor forma até então. No seu primeiro disco, havia uma alternância clara entre temática e sonoridade: o lado A possuía temática urbana e sonoridade afro, enquanto o lado B de “Metá Metá” era marcado por uma temática afro e sonoridade urbana. “MetaL MetaL” decide explorar ainda mais essa segunda possibilidade. O resultado é um dos trabalhos mais intensos e vivos da música brasileira recente. A precisão da guitarra de Kiko Dinucci e o sax libertário de Thiago França formam um corpo só com a voz cada vez mais versátil de Juçara Marçal e fazem de “MetaL MetaL” certamente um dos álbuns mais importantes e relevantes para a música brasileira dessa década.
(Lívio Vilela e Matheus Vinhal)
Os Melhores de 2012: #8. Metá Metá : MetaL MetaL

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