Tudo começou em 2011, quando Lucio Silva, um capixaba de 23 anos, soltou um EP com 5 faixas na internet. O som era tão qualificado e diferente, que logo gerou repercussão na web: todo mundo começou a comentar sobre um tal projeto musical chamado ‘Silva’. O alcance de seu trabalho foi aumentando e Silva realizou o segundo show de sua carreira no Sónar SP, festival de música para mais de 30 mil pessoas. Ele dividiu o palco com Cee Lo Green e James Blake. Esta verdadeira revelação lançou seu primeiro disco, Claridão. O resultado não poderia ser diferente: são 6 faixas inéditas que, somadas às do EP, formam um álbum com sincronia perfeita. Claridão carrega toda a energia do jovem músico e mostra a assinatura que o artista criou em pouco tempo: um som diferente e contemporâneo. Além do talento de Lucio, o CD contou com Matt Colton na masterização, Jeremy Parkna na mixagem, Jorge Bispo na fotografia e Rob Carmichael na arte gráfica. Um time e tanto! E o álbum já está dando o que falar: em sua data de lançamento digital, alcançou o sexto lugar no Top Álbuns do iTunes Brasil.
Claridão é provavelmente um trabalho que irá enfrentar a fúria de uma pequena horda de críticos e ouvintes confusões que hão de desprezar a obra até o último instante. São os velhos. Não senhores sexagenários de cabelos brancos e ralos, mas indivíduos de mente pequena e que ainda mantém a sobriedade amarrada ao passado. Os mesmos “senhores” contrariados e ranzinzas que devem ter se revirado ao encontrar o samba eletrônico de Wado, o romantismo caseiro de Cícero, o electrobrega e o hip-hop versátil que se estabeleceu nos últimos anos. Ouvintes que vão passear pelos ensaios eletrônicos e a tapeçaria erudita de Ventania e Cansei sem entender de fato o que está acontecendo. Silva, por sua vez, sabe exatamente o que está fazendo, e isso é o que realmente importa. (Miojo Indie)
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