Nascido em Conchas, interior paulista, e criado na periferia da capital, aludida no disco de estreia (São Mateus Não É um Lugar tão Longe Assim), Rodrigo Campos, no segundo álbum, literalmente inventa sua Bahia Fantástica. Descarta qualquer ilusão documental em Sou de Salvador (Cheguei na Bahia de Manhã), e dribla o turismo paisagístico a golpes de versos curtos, como um Dalton Trevisan musicado (Ana vai morrer/ não tem problema/ todo fim de tarde Aninha morre). O disco tem Rômulo Fróes entre seus diretores musicais. Esses contos fragmentados vêm embalados em ricos timbres, sopros percussivos e climáticos, banhados por influencias de Moacir Santos ao funk e afro beat. Com Rodrigo, a nata da nova música de São Paulo, sob direção de Fróes e participações de Kiko Dinucci, Marcelo Cabral (o núcleo do projeto anterior, Passo Torto) e mais os vocais de Criolo, Juçara Marçal e Luíza Maita. Daqui pra lá/ não vá dizer que a Bahia não lhe achou, sentencia Cinco Doces. (BaixaFunda)
Os Melhores de 2012: # 58. Rodrigo Campos – Bahia Fantástica

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