Os Melhores de 2012: # 92. Anna Bello – Lágrimas e Rimas

Anna Bello inspirou-se na Rainha do Chorinho que conheceu na cerimônia de premiação da Medalha Pedro Ernesto no Museu da Imagem e do Som, em 1999, quando cantaram juntas. Desde então a jovem cantora vinha amadurecendo a ideia de fazer um álbum dedicado ao Choro e à sua Rainha.Foi somente em 2011, porém, quando foi contemplado pelo Edital do Fundo de Apoio à Música da Secretaria Municipal de Cultura – FAM 2011, que o projeto saiu do papel. Com “Lágrimas e Rimas”, Anna Bello apresenta choros cantados de forma bastante contemporânea, reunindo em seu repertório desde choros clássicos até músicas inéditas de compositores atuais.

O disco, além do último registro fonográfico de Ademilde, contém também um vídeo depoimento dessa artista tão importante para a música brasileira e a única representante do choro cantado. Dentro desse gênero onde se sobressai o instrumental, mostraremos que o choro cantado continua vivo mesclando compositores da antiga e da nova geração.

Para ajudá-la a produzir o disco, a cantora reuniu um time de primeira grandeza. Com direção musical de Edu Krieger, arranjos e sopros de Alexandre Caldi, Rogério Caetano no violão de 7 cordas, Luis Barcelos no bandolim e cavaquinho e Carlos Cesar Mota na percussão, o projeto contou ainda com as participações especiais de Marcelo Caldi no acordeon e no piano, Nicolas Krassik no violino e Moraes Moreira no violão. Aos 91 anos, Ademilde Fonseca dividiu os vocais com Anna Bello na faixa “Arrasta pé”, de Waldir de Azevedo e  Klecius Caldas, que apesar de fazer parte do repertório da veterana, permanecia inédita em CD. Gravado em janeiro de 2012, pouco antes de seu falecimento, Ademilde deixou também um depoimento em vídeo, no qual conta sua trajetória no choro, incluído como faixa bônus no fim do álbum.

Também estão no CD a canção “Santo Amaro” (Franklin da Flauta, Luiz Carlos Ramos e Aldir Blanc), que conta histórias dos bairros do Rio de Janeiro: “Eu ia a pé lá da ladeira Santo Amaro / até a rua do Catete / e te levava prum passeio em Paquetá / onde nasceu num picnic nosso rancho / o Ameno Resedá”.

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