Domingo passado vivi uma experiência diferente. Como eu achava que era um dos poucos fãs da banda inglesa , lendária nos anos 1970-1980, fui sozinho assistir ao show deles no Granfinos, um pequeno bar dançante e casa de shows, localizada em Santa Efigênia. Eu não podia perder a chance: afinal, em 1980, em Londres eu tive que procurar em uma loja de LP’s usados, para comprar um clássico das bandas : Argus , que eu não conseguira encontrar em BH. Agora os cara iam tocar a menos de três mil metros de minha casa e eu não iria? Afinal o Wishbone Ash é considerado como um dos maiores inovadores do rock, no que diz respeito à harmonia , com o uso das “guitarras gêmeas” atuando como “lead guitar” . Na época, Andy Powell e Ted Turner foram votados como “Two of the Ten Most Important Guitarists in Rock History” (Traffic magazine 1989),e depois como “Top 20 Guitarists Of All Time” (Rolling Stone). A Melody Maker(1972) descreveu Powell e Turner como “o dueto de guitarras mais interessante desde que Jeff Beck e Jimmy Page tocavam juntos no The Yardbirds”.Os membros originais eram : Martin Turner (baixo & vocais) , Steve Upton (baterias e percursão) , Andy Powell e Ted Turner (guitarras e vocais) . A formação que esteve em BH foi a do Martin Turner’s Wishbome Ash, no seu tour mundial “No Easy Road”. Martin Turner’s Wishbone Ash apresenta os guitaristas Ray Hatfield e Danny Willson, e o baterista Dave Wagstaffe, nas como Martin foi o fundador da banda, permanece fiel aos arranjos e ao legado do Wishbone Ash original.
Foi uma boa experiência. Um público majoritariamente masculino, com a idade variando de 30 aos 60 anos, assistiu uma autêntica “guitar band” dos anos 70, com guitarristas excelentes, arranjos fiéis ao legado do Wishbone Ash e uma lenda viva do rock: Martin Turner como “front man”, tudo assistido de uma distância de menos de 5 metros do palco. Dá para querer mais. Superdivertido. Foi uma grande noite. Perdeu quem não foi.
Este ano o Vitrola vai escolher os 100 melhores lançamentos do ano. E como já estamos em setembro vamos começar cedo. O primeiro escolhido é de uma banda de Belo Horizonte:
100. Transmissor – Nacional (2012)
Novo/velho conhecido da cena musical de BeloHorizonte, o Transmissor junta rock contemporâneo com bossa-nova e Clube da Esquina. “O Transmissor é uma das melhores novidades do pop
mineiro.” O grupo encabeça um movimento de renovação musical no estado, que aposta em apresentações conjuntas e divulgação na internet. O som vai do indie-rock a bossa-nova. O album nacional foi lançado no começo de 2012 e consolidou o bom conceito que tinhamps da banda, desde o lançamwento de seu album anterior: Sociedade do Crivo Múltiplo de 2008.
Componentes:
Thiago Corrêa – voz/violão/rhodes/baixo
Leonardo Marques – voz/violão/guitarra/baixo
Jennifer Souza – voz/violão/ukelele/guitarra/baixo
Henrique Matheus – guitarra/baixo
Pedro Hamdan – bateria
Morreu dia 09 de setembro, no Rio de Janeiro, mais um grande sambista brasileiro. Quem nos deixou aos 92 anos foi Roberto Silva
Roberto Napoleão Silva (Rio de Janeiro, 9 de abril de 1920 – Rio de Janeiro, 09 de Setembro de 2012), mais conhecido como “O Principe do Samba“, foi um cantor e compositor carioca.
Nascido no morro do Cantagalo em Copacabana, iniciou a carreira de cantor no rádio, na década de 30. Nos anos 40 realizou suas primeiras gravações, e foi do elenco das rádios Nacional e Tupi. Nesta última ficou conhecido como “príncipe do samba”, e suas interpretações são características pelo estilo sincopado e levemente dolente que encontrou para cantar samba, inspirado em dois ídolos anteriores, Cyro Monteiro e Orlando Silva.
Seu primeiro sucesso, lançado pela Star, foi “Mandei Fazer um Patuá” (R. Olavo/ N. Martins). Em 1958 veio o LP “Descendo o Morro”, que teve continuações, nos volumes 2, 3 e 4. Entre seus muitos sucessos destacam-se “Maria Teresa” (Altamiro Carrilho), “O Baile Começa às Nove” (Haroldo Lobo/ Milton de Oliveira), “Juraci Me Deixou” (Raimundo Olavo/ Oldemar Magalhães), “Escurinho” (Geraldo Pereira) e “Crioulo Sambista” (Nelson Trigueiro/ Sinval Silva), entre outras. No total, gravou 350 discos de 78 rotações e perto de 20 LPs. Afastado das gravações nos últimos anos, teve vários de seus discos relançados em CD e em 1997 saiu a coletânea “Roberto Silva Canta Orlando Silva”, extraída de seus vários LP na Copacabana.
DISCOGRAFIA
Discos de carreira
VOLTA POR CIMA – Universal Music – 2002
A PERSONALIDADE DO SAMBA – Copacabana – 1979
PROTESTO AO PROTESTO – Copacabana – 1978
INTERPRETA HAROLDO LOBO, GERALDO PEREIRA E SEUS PARCEIROZ – Copacabana – 1976
SAMBA DE MORRO – Copacabana – 1974
SAUDADE EM FORMA DE SAMBA – Copacabana – 1973
RECEITA DE SAMBA – Copacabana – 1969
A HORA É A VOZ DO SAMBA – Copacabana – 1968
O PRÍNCIPE DO SAMBA – Copacabana – 1965
EU… O LUAR E A SERENATA Nº 2 – Copacabana – 1964
O SAMBA É ROBERTO SILVA Nº 2 – Copacabana – 1963
O SAMBA É ROBERTO SILVA – Copacabana – 1962
DESCENDO O MORRO Nº 4 – Copacabana – 1961
EU… O LUAR E A SERENATA – Copacabana – 1960
DESCENDO O MORRO Nº 3 – Copacabana – 1960
DESCENDO O MORRO Nº 2 – Copacabana – 1959
DESCENDO O MORRO – Copacabana – 1958
Extras
A MÚSICA BRASILEIRA DESTE SÉCULO POR SEUS AUTORES E INTÉRPRETES – ROBERTO SILVA – SESC – SP – 2000
WILSON BATISTA, O SAMBA FOI SUA GLÓRIA – JOYCE e ROBERTO SILVA – Funarte – 1985
Coletâneas
ROBERTO SILVA CANTA ORLANDO SILVA – Marcus Pereira – 1997
Desde seus primeiros discos, havia a intenção de registrar os shows do Led Zeppelin para um documentário sobre a banda. Uma filmagem foi realizada em 1970, mas a luz foi considerada ruim e o material foi posto de lado. Em 1973 foi assinado um contrato com o diretor Joe Massot para a realização do filme, todo financiado com dinheiro da banda. Peter Grant, o empresário do grupo, ficou responsável pela produção. Foram filmadas apresentações em Baltimore e no Madison Square Garden. Também foram gravadas “seqüências de fantasia”, cenas com o objetivo de mostrar a personalidade dos integrantes da banda. Por exemplo, a seqüência de Robert Plant o mostra como um cavaleiro que luta para salvar uma donzela, a de Jimmy Page tem o guitarrista escalando uma montanha para se encontrar com o sábio da capa do quarto disco do grupo. Em 1974, Peter Grant demitiu Massot por estar descontente com o andamento das filmagens. No seu lugar foi contratado Peter Clifton, que sugeriu recriar o show do Madison Square Garden em estúdio para filmar closes e tomadas melhores. Mais filmagens ocorreriam em 1975, mas foram canceladas devido a um acidente de carro com Plant. Também ocorreram desavenças com Peter Clifton, que quase teve seu nome retirado dos créditos antes do lançamento. Mesmo assim ele foi convidado para a estréia; Joe Massot, não, mas acabou comprando as entradas de um cambista e entrou mesmo assim.
O filme, chamado The Song Remains The Same, foi finalmente lançado em 1976, com atraso de 18 meses e muito acima do orçamento previsto. A banda ficou totalmente insatisfeita com o resultado, os shows foram gravados no final de uma turnê exaustiva, estavam longe de serem as melhores performances do Zeppelin. Além disso, a qualidade do filme não era das melhores. O empresário declarou que era o vídeo caseiro mais caro da história. Quase todos os críticos falaram mal do resultado final. Mas nada disso impediu que fosse um grande sucesso de público, por um motivo muito simples: era o único registro visual oficial de uma das maiores bandas da história do rock. Isso só mudou em 2003, com o lançamento do DVD da banda que mostra shows nos melhores momentos de sua carreira.
No Brasil, o filme foi lançado nos cinemas com o ridículo título de Rock é Rock Mesmo, mas a edição disponível em DVD mantém o título original.
Faixas:
DVD:1
– Bron-Yr-Aur
– Rock and Roll
– Black Dog
– Since I’ve been Loving You
– No Quarter
– The Song Remains the Same
– The Rain Song
– Dazed and Confused
– Stairway to Heaven
– Moby Dick
– Haeartbreaker
– Whole Lotta Love (Todas as músicas são sem legendas)
DVD 2
– Tampa News Report
– Over the Hills and for Away
– Boating Down the Thames
– Celebration Day (cutting copy)
– The Robbery
– Misty Mountain Hop
– Original Film Trailer
– The Ocean
– Radio Profile Spotligth by Cameron Crowe
– Credits
Esta é para a turma de quem tem saudade da Rádio Cultura. Quem estará visitando BH em Setembro, dia 23/09, será o Wishbone Ash, lendária banda de Rock ingles, famosa nos anos 70 por ter sido a “precursora” das guitarras gêmeas em uma banda de rock.
Wishbone Ash
Data: 23/09/2012- Domingo- 20 horas
Abertura da casa : 18 horas
Local: Granfinos
Endereço: Av. Brasil, 326 – Sta Efigênia
Informações: (31) 3241-1482
Venda de ingressos: Granfinos, Loja Point Rock (Galeria do Rock, na Praça 7) ou pelo site sympla.com.br/granfinos
Antecipado – R$ 80 (inteira) /40 (meia)
No dia do show -R$ 100 (inteira) /50 (meia)