Como foi bem lembrado, por alguns de nossos leitores, um pouco depois da época da Rádio Cultura, aqui em BH houve uma outra mania: entre um chiado e outro tentar sintonizar o programa do Mister Tim, na rádio Musirama, de Sete Lagoas. O cara era um norte-americano, que se orgulhava de ter ido ao Woodstock, e não se sabe porquê foi parar em Sete Lagoas. A rádio fica no alto do morro Santa Helena em Sete Lagoas, o que facilitava sua propagação para BH. Ela ainda está no ar até hoje , mas desconheço a programação atual.
Crítica: Foo Figthers no Loolapalooza – São Paulo – 07/04/12
Por Ligia Passos:
Com muito prazer faço essa resenha para os queridos Souza, e aproveito para novamente me desculpar por não ter feito o mesmo com U2, Red Hot Chili Peppers e Pearl Jam!!!
São Paulo, Jockey Club, 07 de abril de 2012, Lollapalooza Brasil: entrou para a história! Pelo menos para minha, e para outras 74.999 pessoas presentes naquele sábado ensolarado e atípico para a cidade.
O Lollapalooza é um festival criado em 1991 por Perry Farrell (frontman do Jane’s Addiction), consagrado por suas edições em Chicago. Em 2010 chegou ao Chile, e no ano em que completa 20 anos aterrisou no Brasil trazendo como headlines Foo Fighters e Arctic Monkeys.
Depois de longos 11 anos de espera, e de um susto após o cancelamento de shows devido a problemas vocais, chegou a vez dos fãs de Dave Grohl e cia se deliciarem ao som da banda de rock com maior prestígio ultimamente.
E lá fui eu me aventurar no meu primeiro festival e confesso que me surpreendi. Como meu único interesse era o show do Foo Fighters não posso dar minha opinião sobre o festival em si, mas digo que achei bem organizado, entrada sem filas (cheguei ao Jockey por volta das 18h). Claro que havia filas nos caixas, bares e banheiros, celular não funcionava lá dentro, mas achei o ambiente bem tranquilo.
Pontualmente, às 20:30h, como sempre vestido de preto e com sua guitarra azul, Dave Grohl sobe ao palco e tem cerca de 75 mil pessoas na sua mão!!! E ele não decepciona, abrindo o show com a sequencia fantástica de All My Life, Times Like These, Rope, The Pretender e My Hero. Pausa pra respirar, gritos e mais gritos (para o desespero da fonoaudióloga roqueira!!!) e por cerca de duas horas e meia a banda tocou um setlist de 26 músicas, incluindo cover de In The Flesh (Pink Floyd), e Bad Reputation e I Love Rock and Roll com participação de Joan Jett. Ouvidos atentos ainda puderam identificar acordes de Custard Pie (Led Zepellin) e Feel Good Hit of The Summer (Queens Of The Stone Age). A escolha do repertório foi bem completa, passando por hits antigos como Big Me até músicas do último, e excelente, CD Wasting Light.
Dave Grohl já não possui a mesma extensão vocal, sabidamente prejudicada pela presença de um cisto nas cordas vocais. Durante o show pouco percebi, mas escutando o MP3 do show fica claro que seus gritos incessantes acabam por prejudicar o alcance de algumas notas. Mas, sinceramente, isso não atrapalhou em nada. Pra mim, ele realmente merece o título de “cara mais legal do rock” e proporcionou um dos melhores shows que já fui.
Ouvi muita reclamação sobre a estrutura e organização do festival mas como não entendo nada disso, não me sinto no direito de opinar. O que poderia deixar como “reclamação” é o fato de ter achado o som baixo durante o show, e o posicionamento dos telões do palco, que estavam muito baixos, prejudicando a visão dos desprovidos de altura!!!
No mais, valeu à pena viajar até São Paulo para um feriado prolongado super proveitoso, com direito a encontrar Marina Souza, e coroado com um super show do Foo Fighters!!!
Segue um vídeo com a última música do show e minha preferida!!!
O CD da Cultura Volume 1
Conforme prometido, ai vai o volume 1, para os saudosos da Rádio Cultura AM 830 de BH, lembrando que a seleção musical é do Jota, a quem agradecemos. Abrimos com Neil Young (Hey, Hey, My,My), passamos pelo Triumvirat (I Believe), a única em flac, e por isto com melhor qualidade sonora,The Sweet & Slade, Kansas, David Gilmour, Jeff Beck , com Blue Wind, que como lembra o Jota era o tema de abertura do Top Hits, Driftwood , do Moody Blues, um dos melhores conjuntos da época e que só tocava na Cultura, e mais :Supertamp, The Who, Genesis, Meat Loaf, Creedence (e o tema de abertura de Ritmos da Noite), Heya,Hey (abertura do Rock Top) e Joe Walsh. É só botar para tocar, fechar os olhos e imaginar-se escutando , quem sabe Ritmos da Noite. Em breve o Volume 2.
- Hey, Hey, My,My (Into the Black) – Neil Young
- I Believe – Triumvirat
- Love is Like Oxygene – The Sweet & Slade
- Point of Known Return – Kansas
- Cry from the Street – David Gilmour
- Blue Wind – Jeff Beck
- Driftwood – Moody Blues
- Try Again – Supertamp
- Who Are You – The Who
- Carpet Crawlers – Genesis
- Bat Out of Hell – Meat Loaf
- I Heard it Through the Grapevine – Creedence
- Heya,Hey – J.J. Light
- Life Been Good For Me So Far – Joe Walsh
Para baixar o CD é só ir ao link do Raras Músicas e clicar no link em Download