Memória: Jorge Goulart

Talvez muitos dos acompanhantes do nosso Blog não se lembrem ou não tenham conhecido um dos grandes nomes da Música Brasileira, Jorge Goulart, falecido sábado passado aos 86 anos.

Jorge Goulart, nascido Jorge Neves Bastos, (Rio de Janeiro, 16 de janeiro de 1926 – Rio de Janeiro, 17 de março de 2012)

Seu primeiro sucesso foi Xangô, de Ari Barroso e Fernando Lobo Foi artista da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, onde alcançou fama nacional. Era viúvo e teve um filha com a cantora Nora Ney. Jorge foi um dos grandes divulgadores das músicas de alguns dos principais sambistas brasileiros, além de puxador das escolas de samba Império Serrano, Imperatriz Leopoldinense e Unidos de Vila Isabel. Foi também o primeiro intérprete da música A Voz do Morro, de autoria de Zé Kéti. Fez grande sucesso como cantor de marchinhas de carnaval  na Rádio Nacional , que até hoje são cantaroladas pela população. Entre elas está o hit “Cabeleira do Zezé”.

Morreu aos 86 anos vítima de uma parada cardiorrespiratória.

Discografia

  • 1945 A Volta/Paciência, Coração
  • 1945 Nem tudo é póssível/Feliz ilusão
  • 1948 Alfredo/Caso perdido
  • 1948 Meu amor/Fiquei louco
  • 1949 Noites de junho/São João
  • 1949 Fantoche/Minha Maria
  • 1950 Miss Mangueira/Balzaquiana
  • 1950 Ai! Gegê
  • 1950 São Paulo/No fim da estrada
  • 1950 Marcha do América/Marcha do Madureira
  • 1955 Brasil em Ritmo de Samba
  • 1977 Jubileu de Prata – (com Nora Ney)
  • 1980 Oh! As Marcinhas – (com Emilinha Borba)

Rachel Barton Pine

Belo Horizonte hoje recebe uma ilustre visita, que não poderia passar desapercebida pelos Sousa: a violinista prodígio Rachel Barton Pine (nascida a 11/10/1974) , natural de Chicago. Considerada uma criança prodígio ao violino, ela começou a tocar com 3 anos e meio. Ela já se apresentou com dezenas de orquestras em todo o mundo, e hoje se apresenta no Palácio das Artes com a Filarmônica de Minas Gerais. Além de tocar peças do repertório clássico habitual, ela também se notabilizou por tocar música barroca de câmara e  com bandas de heavy metal, além de ter vários albuns gravados.

Crítica: Morrissey – 07/03/2012 – Belo Horizonte

 

Lá vamos nós para mais uma aventura musical. Belo Horizonte está sendo presenteada este ano com tanta coisa boa chegando por aqui: teremos Joe Cocker, Bob Dylan e Crosby, Stills and Nash, e andamos com rumores de Adele e Paul McCartney, além do esperadíssimo retorno dos Los Hermanos em maio. Para não ficar de fora fui conferir o primeiro showzaço do ano, o ex-lider do The Smiths: Morrissey.

Confesso que tem pouco tempo que curto esse rock anos 80 (e confesso também que foi o filme 500 dias com ela que me fez resgatar este gosto escondido dentro de mim), e o pouco que conhecia era The Smiths, da carreira solo de Morrisey conhecia (e conheço) muito pouco, apesar de já ter lido e ouvido vários elogios da crítica musical.

Bem, fomos na cara e na coragem, eu e Lígia Passos (Sousa adotada por nós devido a elaboradíssimo gosto musical), ver qual é a do cara. Na chegada tivemos que aguentar alguns minutos de uma infeliz (mas esforçada) cantora americana Kristeen Young. Ela urrava versos incompreensíveis ao esmurrar um teclado sozinha no palco. Deu pena, mas parece que ela curtiu, pois saiu aplaudida pelos fanáticos fãs de Morrissey, que estavam tão felizes, que não era ela que ia estragar tudo.

Antes do começo do show passaram vídeos em um telão montado no palco, provavelmente escolhidos por Morrisey: Shocking Blue, The Sparks e até Brigitte Bardot. Serviu para esquentar o clima. Após uma barulheira inexplicável produzida por instrumentos que não consegui identificar, as 22:10h, o telão cai e surge, lá no fundo, de camisa branca e calça social, o mais esperado, Morrissey.

Muito simpático, não parecia que era o que falavam: antipático, ignora fãs, mau humorado. Morrissey parecia leve e feliz. Sua banda estava toda de camiseta vermelha escrita “Assad is Shit”, com uma crítica direta ao ditador Sírio. Começou com a animada “First of the Gang to Die” e emendou sucessos de carreira solo. Mesmo não conhecendo boa parte, Morrissey conseguiu me manter de pé e dançando ao som de seus bons hits. O público foi a loucura com o primeiro sucesso de The Smiths tocado: “Still Ill”, seguida de “Everyday is Like Sunday” cantada em coro por fanáticos e não fanáticos.

Depois de mais alguns momentos carreira solo Morrissey trouxe o clássico “Meat is Murder”. Já não gosto da música, mas este talvez tenha sido o ponto mais baixo do show. Morrissey é um vegetariano radical. Tão radical que nesta noite o Chevrolet Hall só poderia vender lanches que não tivessem carne (as opções eram salgados de ricota ou pão de queijo). Durante a apresentação da música, um vídeo ao fundo com cenas de animais multilados passavam sem parar, com a intenção de desagradar o público, e talvez “catequizar” novos vegetarianos. Não gostei. Não sou vegetariana mas também não sou carnívora fervorosa, e como nutricionista me sinto no direito de discutir essas condutas radicais. Nesta parte confesso ter ficado mau humorada.

Por sorte, Morrissey se redimiu com as clássicas “I Know it’s Over”, “There is a Light that Never Goes Out” (histeria total), “I’m throwing My Arms Around Paris”, “Please, Please, Please Let Me Get What I Want”e “How Soon Is Now”. Nos intervalos entre as músicas sobravam elogios ao público (“I love you”, “Brasil, Brasil”) e também sobravam idolatrias pelos fãs presentes. Ficou claro para ele também, apesar do desânimo em tocar clássicos de The Smiths, que a platéia estava lá para isso, pois eram as músicas mais cantadas. Trocou de camisa duas vezes, lançando a branca que usava no início para os fãs e voltando de camisa roxa, clássica dos tempos de The Smiths.

Morrissey voltou para uma música no Bis, já de blusa amarela: “One Day Goodbye Will Be Farewell”, também admirada por todos. Despediu-se e não voltou. Para os fãs, ficou o gostinho de quero mais. Para os admiradores da música (como eu), ficou de bom tamanho, apesar de sentir falta de alguns bons clássicos da famosa banda dos anos 80. Mas já fiquei grata com “Please, Please, Please”. Morrissey mantem sua voz tenra e afinada, o temperamento inesperado e a pregação ao vegetarianismo à tona, para nós que temos pouca chance de vê-lo, é ótimo, mas talvez tenha que rever alguns conceitos para não ficar obsoleto, conseguir manter antigos fãs e ganhar os mais novos, como eu!

Fica um gostinho para vocês aqui embaixo:

 

Máquina do Tempo: Eubie Blake

A nossa Máquina do Tempo, parada há tanto tempo volta  a  “andar” para falar de Eubie Blake.

James Hubert Blake (February 7, 1887] – February 12, 1983) foi um compositor americanor, letrista, e pianista de ragtime, jazz, e música popular. Em 1921 Blake e seu colaborador de longa data  Noble Sissle escreveram o musical da Broadway  Shuffle Along, um dos primeiros musicais da Broadway escritos e dirigidos por afroamericanos. As composições de  Blake’ incluiam  hits como, “Bandana Days”, “Charleston Rag”, “Love Will Find A Way”, “Memories of You”, and “I’m Just Wild About Harry”.

Timeline

  • 1887 Nascimento
  • 1900 US Census – Hubert Blake, Baltimore
  • 1907 Boxer Joe Gans emprega Blake, no Goldfield Hotel, Baltimore
  • 1910 US Census – Hubert Blake, Baltimore
  • 1910 Casamento com Avis Elizabeth Cecelia Lee
  • 1915 Encontra Noble Sissle May 16
  • 1917 Convocado para a 1ª Guerra Mundial
  • 1920 US passport application
  • 1920 US passport
  • 1920 US Census – James Blake, New York City
  • 1921 Shuffle Along estréia
  • 1925 US passport
  • 1930 US Census – Hubert Blake, New York City
  • 1938 Avis morre de tuberculose
  • 1973 The Tonight Show com Johnny Carson dia 27  Janeiro
  • 1978 Eubie! Broadway debut
  • 1979 Saturday Night Live: convidado para o episódio com Gary Busey 10 de Março
  • 1981 Prêmio:  Medal of Freedom
  • 1983 Celebração do 100º Aniversário
  • 1983 Morte
  • 1995: Correio dos EUA lança selo em sua homenagem
  • 1995:Indicado para o New York’s American Theatre Hall of Fame.
  • 1998: James Hubert Blake High School construida em Cloverly, Maryland iem sua homenagem. Eubie Blake HS tem grande foco nas artes performáticas.
  • 2006: O album The Eighty-Six Years of Eubie Blake (1969) foi incluido pela National Recording Preservation Board na Library of Congress’ National Recording Registry.The board selects songs in an annual basis that are “culturally, historically, or aesthetically significant.”

“Atualizações” sobre a Rádio Cultura

Algumas “atualizações” sobre a Cultura enviadas pelo nosso amigo Jairo da CulturaWeb Radio :

Os programas da época de ouro eram:
Hot Pop de 2 as 5 com Jorge Márcio
Top Hits de 6 as 7 com o Zezão
Ritmos da Noite de 22 à 0h
Background aos sábados de 20 as 21h
Aos domingos tinha o Disk Beatles disk brincando antes do Hot Pop,não me lembro o nome do apresentador
também tinha um programa de manhã com o Oliveira Rangel e me parece Tutti Maravilha,não tenho certeza.
Tri-Top que trazia 3 músicas pra gente escolher e votar sendo que a mais votada tocava novamente.

Uma coisa que fez muito sucesso na época foi a ginkana inclusive tendo uma noticia triste.Um dos locutores da Cultura voltava de uma festa dos participantes de uma equipe e sofreu um acidente com seu carro vindo a falecer se não me engano se chamava Jorge Luiz (trabalhou também na antiga Rádio Cidade).

Segundo o Jairo, o Jorge Márcio está vivo. Ele realmente recebeu um tiro na cabeça quando foi separar uma briga  e desde então está afastado.  O Jairo lembra também que o Márcio Seixas começpo na Rádio D’El Rey (AM 570), que era uma das concorrentes da Cultura, junto com a Mineira AM 690. O Jorge Márcio apresentava na D’El Rey o programa RADIOATIVA que era das 14:00-17:00.

Locutores da Cultura:

Zezão

Jorge Márcio

Oliveira Rangel

Muri Mitri

Geraldão

Zé Carlos.

Obrigado pelas lembranças Jairo.

Dica: Cultura Web Radio

Esta dica é das boas para nós os saudosistas e amantes da Rádio Cultura AM 830 BH. O Jairo colocou no ar uma rádio que tenta recuperar o antigo espírito da Cutura. Em suas próprias palavras:

“Agora você vai poder ouvir pela internet com qualidade digital os melhores hits das décadas de 60, 70, 80, 90…A Cultura Web Rádio traz de volta os ritmos dançaantes que fizeram a alegria das pistas de todo mundo em gravações originais e também remixes.Uma programação feita por quem viveu a alegria daqueles tempos.Embarque nessa viagem de volta ao passado, aumente o som, sinta-se a vontade porque os maiores sucessos da música estão de volta inteirinhos pra você aqui na Cultura Web Rádio.”

Os programas:

Cultura Background
O programa de maior sucesso nos anos dourados da Cultura AM 830 de BH está de volta aqui na Cultura Web Radio de domingo a quinta de dez a meia noite horário de Brasília. Cultura Background o sucesso do passado de presente pra você.

Rock’n Roll Classics
A Cultura Web Radio apresenta diariamente em sua programação pilulas com clássicos do rock. É o rock’n roll classics. Você também pode ouví-los a partir da meia noite horário de Brasília até as seis da manhã.

Open House Radio
O programa Open House Radio apresentado pelo DJ Alex Gutierrez e Mike In The Night  traz o melhor da Disco Music dos anos 70 e 80 em sets mixados diretamente de Miami nos EUA.Você não pode perder. É todo sábado na CulturaWebRadio.com.br. Fique ligado!

 

Rádio Cultura BH AM 830 – O LP da Cultura

 

 

Caros amigos, atendendo a vários pedidos acho que consegui achar um dos LPs da Cultura. As faixas:

CULTURAMANIA: 12 BOLACHAS EXCLUSIVAS DA RÁDIO CULTURA DE BELO HORIZONTE –  SELEÇÃO DE REPERTÓRIO ADEMIR LEMOS (1976)

   LADO A :

  1. SHOTGUM SHUFFLE – SUNSHINE BAND
  2. LOVE AND UNDERSTANDING – KOOL THE GANG
  3. YOU MEANTHE WORLD TO ME SWEETHEART-RONNIE L
  4. BAND OF GOLD – ARMADA ORCHESTRA
  5. STING YOUR JAWS PART 1 – ULTRA FUNK
  6. DO IT YOURSELF – NAPOLEON JONES

LADO B

  1. BOHANNON’S BEAT PART 1 – HAMILTON BOHAHHON
  2. COME ON DANCE WITH ME – FAMILY PLANN
  3. FAMILY AFFAIR – VEIT MARVOS
  4. MIGHTY O J – PATTI DREW
  5. KEEP IT UP – MILTON WRIGHT
  6. BLOOD DONORS NEEDES -THE ELIMINATORS

Não é o LP principal da Cultura, mas pelo menos já é um deles. este está à venda no Mercado Livre

 

 

Faces: Kristoff Silva

 Apresentamos mais um artista mineiro:

Um dos mais aclamados artistas da nova geração mineira de músicos, Kristoff Silva, tem como marca a versatilidade. Atua como violonista, cantor, compositor, professor de teoria musical e autor de trilhas para teatro, poesia e dança. Sua música tem bases na tradição, mas não tem medo de ser moderna. Originalidade e ousadia compõem.Com 14 anos de carreira, as referências maiores de Kristoff são Gilberto Gil, Luiz Tatit, Clube da Esquina, Egberto Gismonti e Zé Miguel Wisnik. O violão de Gil e a palavra cantada em Tatit têm importância fundamental em seu trabalho. O Clube da Esquina e Egberto são referências de beleza melódica e harmônica; em relação a Wisnik, a quem dedica o CD, não somente sua produção musical mas também a de ensaísta influenciam Kristoff. “Seu livro ‘O som e o sentido’ foi e é muito presente na minha atuação profissional. A amizade começou quando o conheci pessoalmente, e dela vários frutos, como o ‘Livro de Partituras’, no qual escrevi os arranjos originais de piano e as melodias das canções de sua autoria”, diz Kristoff,  que já apresentou-se ao lado de artistas como Caetano Veloso, Elza Soares, Zé Miguel Wisnik, do diretor teatral Zé Celso Martinez Correa, das cantoras Alda Rezende, Mônica Salmaso, Ná Ozzetti, Virgínia Rosa, além da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e do grupo UAKTI. Mais Kristoff Siva no Raras Músicas

Faces: Makely Ka

O Vitrola apresenta hoje um conterrâneo que merece ser conhecido: Makely Ka

Makely Ka é um dos principais compositores de sua geração. Lançou os livros de poemas Objeto Livro (1998) e Ego Excêntrico (2003). Ao lado dos parceiros Kristoff Silva e Pablo Castro, lançou em 2003 o CD A Outra Cidade.   Em 2006 lançou juntamente com a cantora Maísa Moura os CD Danaide. No ano seguinte lançou seu primeiro disco solo, Autófago. Desde 2006 edita a Revista de Autofagia o lado do poeta Bruno Brum. Conta atualmente com mais de 60 canções gravadas por diversos intérpretes no Brasil e no exterior.  Como performer, destaca-se pela sua verve crítica e irônica, sem perder o humor inteligente. Já se apresentou nos principais palcos do Brasil e excursiona pela Europa desde 2007. Sua produção artística está diretamente relacionada à atuação política através de ações ligadas ao cooperativismo, à economia criativa, à auto-gestão e à contra-indústria.(Site do artista)  Shows: contato@makelyka.com.br

Mais Makely Ka no Raras Músicas

Blog no WordPress.com.

Acima ↑

%d blogueiros gostam disto: