Hora de desejar a todos nossos leitores um Feliz Natal !
Esta é pra colocar pra tocar alto na noite de Natal.
Um pouco de música, bom gosto e família
Hora de desejar a todos nossos leitores um Feliz Natal !
Esta é pra colocar pra tocar alto na noite de Natal.
Hoje o Vitrola ficou conhecendo uma artista completa, que está acabando de gravar seu primeiro CD/DVD : Paula Beligoli. Por enquanto quem quiser conhecer a Paula vai ter que procurá-la nos bares de BH. A Paula costuma postar sua agenda de apresentações no FaceBook. Sucesso Paula, o Vitrola vai acompanhar.
O vitrola sempre está presente nos maiores eventos de música do Brasil (e especialmente de Belo Horizonte), e não podiamos deixar passar mais um grande músico que se apresenta na nossa capital.
Com cerca de 50min de atraso o músico americano Ben Harper subiu ao palco trazendo o que gostariamos (e esperávamos) ver em todo o show, sucesso e animação. “Better Way” foi a música de abertura, musicalmente bem representada e fiel a gravação de estúdio. Porém a minha alegria parou ai. Não nego que Ben é bom músico (aliás, excelente guitarrista, respeitado por muitos), mas foi terrivelmente aconselhado a montar uma péssima playlist. Apesar de aliado a sucessos como “Glory and Consequence” e “She’s Only Happy In The Sun” o playlist seguiu lento e sem ordem musical: saimos de marcantes riffs de guitarra para músicas de violão e romance, sem um momento que conseguisse embalar e prender a atenção da platéia. Aliás, a platéia foi outro ponto negativo do show. Muitos apareceram por lá sem nem sequer saber quem era Ben Harper, “pseudo-cults”, patricinhas e mauricinhos circulavam no mesmo local, e pareciam mesmo querer beber cerveja e paquerar (nada contra, mas é possível pagar menos de R$70,00 para fazer isto). A personalidade de Ben Harper também não cativou: o americano é tímido (apesar de atencioso e simpático), e pouco interagia com a platéia.
Poderia ficar pior, depois de um momento intimista com o violão (onde Ben soltou a linda “Walk Away” e a clássica “Diamonds on The Inside”), Ben soltou um cover de “Under Pressure” (onde não comprometeu mas não surpreendeu), e me pareceu que os jovens sequer conheciam o sucesso. Resultado: me vi pulando sozinha ao som do clássico do Queen.
Mas, como eu disse no dia seguinte ao show: em show onde Vanessa da Mata é o ponto alto da noite todos saem perdendo. E não deu outra. Nada contra convidar a cantora brasileira para participar da turnê (afinal a música “Boa Sorte” resgatou a carreira de Vanessa no Brasil após o sucesso “Ai Ai Ai Ai”), mas aconteceu o que todos temiam (por isso digo eu e alguns poucos fãs que estavam presentes): a música foi o auge da noite, cantada em uníssono por todos (inclusive por mim, admito), como se fosse um grito de alívio para um show que representou pouco o que prometeu.
Ben, ainda sigo te admirando, porque acho que a história fala mais do que só um momento de fracasso, mas por favor, vamos trabalhar na interação com a platéia e demitir o rapaz responsável pela playlist ok?
Segue aqui a música “She’s Only Happy In The Sun”
Aproveito para reproduzir um comentário do conterrâneo Ricardo Guimarães feito a respeito da postagem do disco de João Boamorte no nosso outro blog MK2S Music:
“A primeira vez que ouvi o João Boamorte tocar foi no teatro Francisco Nunes, em Belo Horizonte, no Parque Municipal, nos idos de 78/79, abrindo show do saudoso instrumentista Marco Antônio Araújo, de quem eu ainda guardo um vinil (Influências) e alguns trabalhos em mp3 (Quando a Sorte Te Solta Um Cisne Na Noite, Entre Um Silêncio E Outro, Lucas).
Na oportunidade, Marco Antônio apresentou o show Beatles & Stones. João Boamorte já era respeitado na capital mineira. Vi o Marco ao lado de outro talentoso músico mineiro da família Viana, na cidade de Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata, Marcus Viana (ex-Saecula Saeculorum), que viria a fundar o neoprogressivo Sagrado Coração da Terra. Os dois tocavam na Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, que se apresentava em praça pública aos finais de semana, e num projeto da Fiat Automóveis, tendo como cenário a Praça da Liberdade.
A Feira de Arte e Artesanato ainda funcionava naquele local. Marco Antônio produziu alguns trabalhos sob encomenda para a iniciativa privada, enquanto Marcus Viana partiu para carreira solo e depois montou um septeto batizado de Transfonica Orkestra. Os fãs de Marco Antônio Araújo insistiam na semelhança de sua música com os trabalhos do grupo inglês Jethro Tull.
Em 86, Marco foi eleito pela revista Veja como o instrumentista do ano, dividindo espaço com os multi-instrumentistas Egberto Gismonti e Hermeto Paschoal. João Boamorte e Marco Antônio Araújo tiveram morte precoce, no auge de suas carreiras. O Grupo Mantra que acompanhava Marco Antônio nutria simpatia pelo holismo e pelo zen-budismo. Foi dissolvido com a morte de Marco Antônio e seus músicos passaram a tocar individualmente em bailes, festivais e shows de outros grupos locais. A última baixa foi o baterista Mário Castelo.”
Vamos curtir um pouquinho de Marco Antônio Araújo:
O Top Top é originalmente postado pela Marina, mas, como ela está muito ocupada, vamos tentar um Top Top de Época. As músicas não estão em ordem de preferência, mas sim à medida que me lembrei de cada uma. A maior parte é de músicas americanas, por um motivo muito simples, gravar discos de Natal é uma tradição americana e não é muito comum por aqui.
Jingle Bells é inevitável no Natal, mas eu sempre me lembro da versão rock de Bobby Helms
Outra música tradicional, com incontáveis versões, aqui uma curiosa versão com Michael Jackson e seus irmãos ainda crianças
O pequeno grande Stevie Wonder gravou muitas músicas de Natal. Gosto desta pequena jóia
Década de 1970, o Slade era um conjunto inglês barulhento, que fazia um rock bastante gritado. Foi uma surpresa quando eles lançaram uma música de Natal. Por aqui o sucesso foi grande
Paul McCartney também tem sua música de Natal, menos conhecida que a de John Lennon, mas talvez mais bela
Sim, também o Queen e Fred Mercury gravaram músicas de Natal. Acho esta uma pérola
O famoso single de Natal dos Beatles, distribuido para os fãs clubes da Banda ao redor do mundo, era um sonho de consumo para todos nós beatleamaniacos.
Quase todo ano elvis gravava um disco de Natal. Aqui sua bela voz num clássico natalino
Pelo menos uma música brasileira na lista. Simone foi uma das poucas cantoras brasileiras a gravar um album de Natal
O número 1 do Top Top é a música símbolo do Natal, aqui numa interpretação irreverente de Tom Waits
Esta está na lista como Hors-Concours – é talvez a música mais tocada nas rádios pop em todos os Natais e por isto não poderia estar fora da lista
Já postei uma nota comentando sobre meu primeiro disco, agora vamos cutucar de novo o passado. Vamos relembrar algumas lojas de disco, a maior parte já fechadas, outras ainda em funcionamento. Porque lembrar de lojas de disco ? É que para a minha geração a loja de disco funcionava mais ou menos como um templo, e o vendedor de sua preferência como um sumo sacerdote.
A primeira e mais importante, em BH , era a Pop Rock. Era lá que íamos esperar ansiosamente a chegada dos “petardos” lançados pela Cultura AM. Quem lembra do endereço? Rua Tupis 437 – Centro
Era ali, quase esquina com a Rua São Paulo, descendo em direção a Avenida Amazonas, onde hoje está localizada uma Igreja Pentescotal. Era uma loja pequena, com um grande acervo, que mantinha colada na sua parede uma outra raridade na época, a parada de Hot 100 da Billboard, com os discos que já haviam chegado à loja marcados com caneta marca texto amarela , para facilitar o pedido. O sumo sacerdote, também dono da loja – se não me engano, Nelson Canaan atendia pessoalmente e dava preciosas dicas. Era lá, antes de existir internet, com poucas revistas especializadas, que os fanáticos se reuniam para comprar e trocar preciosas informações.
Mate a saudade do selinho da Pop-Rock, presente em uma boa parte da minha coleção de compactos e LP’s