Show: Roberto Carlos no Mineirinho 24/09/11

Os Sousa sempre vão a Shows musicais e costumam compartilhar aqui a sua experiência. Neste último final de semana, um pouco de má vontade, fui assistir a apresentação de Roberto Carlos (RC) no Mineirinho, em Belo Horizonte. Já na fila para a entrada uma constatação, o público de RC é muito grande e tem uma diversidade que jamais havia visto num show musical. Havia gente de todas as espécies, cores, formatos, credos, idades e camadas sociais misturadas na fila de entrada, e nem sempre (ou quase nunca) os mais “abonados” iam para os lugares mais caros.

Depois de uma espera de mais de uma hora, com cerca de 40 minutos de atraso, a Orquestra que acompanha o Rei, a RC 7 ou RC 14 (?) abriu o show, ou melhor a celebração, tocando um pout-pourri de músicas de RC, devidamente acompanhada por um coro de milhares de vozes. De repente – histeria – o locutor anuncia e entra o Rei. RC é carismático, esbanja simpatia e competência, não se abala com a péssima acústica do Mineirinho, nem com as onipresentes falhas dos equipamentos de audio (que chegam a interromper o show por alguns minutos). São quase duas horas de sorrisos, coros, baladas amorosas, mãos para o ar, num clima de total celebração. A plateia está alí para homenagear o seu ídolo, não importa que o repertório seja quase sempre o mesmo (aliás é bom que seja), que RC esteja sempre vestido de maneira semelhante, que não haja nenhuma cenografia especial. Só o que importa é a presença do ídolo. E porque RC é tão especial? Acho que é talvez porque ele goste do papel que lhe cabe. Na minha vida, ví poucos artistas com tamanha disposição e prazer em atender seu público (talvez Paul McCartney ou quem sabe Elvis Presley)

A música. A música é o que menos importa no show de RC. Não que ela seja ruim; a orquestra é altamente competente e RC ainda canta bastante bem, sem deixar de fora nenhum de seus maiores hits. Após as duas horas de show, a celebração termina com uma grande comunhão. Enquanto a Orquestra toca, RC distribui rosas, beijadas e entregues uma a uma, enquanto recebe dezenas de presentes (que faz questão de abrir, no palco, fazendo cara de grande satisfação)e fim. RC vai embora e a plateia sai extasiada.

É isto. Valeu a experiência. Como ele mesmo diz “Não adianta nem tentar me esquecer, durante muito tempo em sua vida eu vou viver…”

RC no Programa do Jô (1985):

TOP TOP Músicas Românticas Internacionais

amor

Aproveitando o clima namoro/noivado/casamento, e escutando a trilha sonora romântica do almoço do domingo passado promovida pelo meu pai, resolvi resgatar o TOP-TOP (que estava sumido há tempos, concordo) e fazer um de músicas românticas, afinal todo mundo já teve um amor, uma dor de cotovelo, um filme tragédia favorito, e é claro que a música romântica faz parte destes momentos, correto? Como a maioria das músicas fala de amor eu vou selecionar somente internacionais neste post, para facilitar o meu trabalho e evitar as polêmicas. Vamos lá?

5. Wicked Game – Chris Isaac
Eu arrepio quando escuto essa música. Juro. Não sei se é o impacto “Ross and Rachel” que ela me causa (porque nossa, nada mais triste do que aquela cena da Rachel na janela após brigar com o Ross), mas eu acho ela impactante. É tão impactante que chega a ser baranga. E é tão baranga que chega a ser extremamente romântica. E o clipe? Dispensa comentários, assim como o agudo estendido de Chris Isaac no refrão: “no IIIIIIIIIIIIIIIII don’t wanna fall in love…”. Aliás, dúvida para o Guru do site, Mauro Kleber, Chris Isaac teve outro sucesso?

No clima desta dúvida, do agudo sensacional e do “We were on a Break” de Ross and Rachel “Wicked Game” é nosso 5º lugar!

4. Book of Love – Peter Gabriel
Quem já viu “Shall We Dance” (ou Dança Comigo em bom português)? Aposto que a maioria das mulheres já viu e se derreteu com a cena do Richard Gere subindo as escadas rolantes trazendo uma rosa para sua esposa, a Susan Sarandon, inclusive eu! Uma das responsáveis pela cena ser tão romântica é a música, Book of Love. A voz de Peter Gabriel é roucamente suave e linda, e eu acho que encaixa perfeitamente em uma música romântica. E a letra? “But I love it when you give me things, and you ought to give me weeding rings”. Lindo!

Por ser a trilha do “Shall We Dance”, pela letra e pela voz rouca de Peter Gabriel, “Book of Love” é nosso 4º lugar!

3. My Love – Paul McCartney
O amor entre Paul e Linda era muito grande. Era tão grande que o Paul até ignorava a falta de talento musical de sua esposa para deixar ela cantar e tocar em sua banda pós Beatles, o Wings. Mas Paul fez uma de suas músicas mais bonitas nesta época, que não envolvia a participação de Linda, mas que foi feita pra ela. “My Love” é simples, como todas as músicas do Paul, e quando você escuta até parece que você já conhece ela de algum outro lugar, por ser tão romântica. A letra é quase inteira baseada em my love, mas a frase campeã clichê do romance é “And when I go away, I know my heart can stay with my love, It’s understood”. Clássico.

Por ter a frase campeã clichê do romance e por ser o Paul “My Love” é o 3º lugar!

2- Last Goodbye – Jeff Buckley
Jeff Buckley é um romântico injustiçado. Suas músicas eram tão tristes que todos esqueciam que ele só queria falar de amor, e não importa se fosse uma música com desfecho infeliz como Last Goodbye, o importante era falar de amor. Nesta música o “eu-lírico” se despede de sua paixão propondo um último encontro, um último adeus. Junto com a voz suave de Jeff eu considero esta uma das músicas mais românticas que já ouvi, até arrepio!

Por ser um romântico injustiçado, Last Goodbye é nosso 2º lugar!

1- Wonderfull Tonight – Eric Clapton
Ok. Wonderfull Tonight é clich mas, se pensarmos racionalmente, é uma das músicas mais românticas já produzidas. Eric escreveu a letra em uma sentada, enquanto esperava sua namorada Pattie Boyd se arrumar, para irem a uma festa na casa de Paul e Linda McCartney. A letra é simples e descreve o que ele sentia enquanto esperava, e é nítido o tamanho da paixão de Eric por Pattie (já descrito inclusive em autobiografias e biografias não autorizadas do cantor) que foi transcrita para essa música. E a Pattie não é fraca não, além de inspirar Eric Clapton ela também foi a motivação para músicas como “Something” (que também merecia este primeiro lugar!), “I Need You” e “For You Blue” de George Harrisson, “Layla” também de Eric Clapton, além de também ter despertado o interesse de Mick Jagger e John Lennon. É mole?

Por ser uma música feita em uma sentada ao admirar a maior musa dos roqueiros da década de 70, “Wonderfull Tonight” é nosso 1º lugar!

O que é Music Matters?

Music Matters é um esforço coletivo de artistas e detodos aqueles que trabalham com ou ao redor da música para lembrar aos ouvintes da perenidade de seu valor

O que eu posso fazer ?

Procure pelo Music Matters Trustmark.

Como um fã de música, a coisa maismportante que voce pode fazer é consumir música de uma maneira ética.  Com tantas mmaneiras diferentes de escutar e baixar músicas,pode ser confuso entender quais dão suporte aos músicos que você ama. Foi por isto que desnvolvemos o Music Matters Trustmark. Lembre-se de procurar por el quando estiver escolhendo novas músicas.

Veja alguns exemplos:

Os 50 Solos de Guitarra Mais Influentesdo Rock – Parte VII

#24 – Eddie van Halen – Eruption (1978)

Porque é importante:”Gravado em 1978 é a obra de guitarra mais influente dos últimos 40 anos. Eddie pegou uma Stratocaster com humbucker (captador) , um MXR Phase 90 e um Marshall plexi e mandou ver. Seus licks superenvenenados, inspirados em Clapton enlouqueceram a comunidade da seis-cordas. O tapping de Van Halen chamou a atenção de todos os guitarristas e Eruption se tornou o solo mais emblemático das duas décadsa seguintes. Causou impacto em milhões e roqueiros e em todo gartoto que já colocou o pé dentro de uma loja de guitarras” (Guitar Payer)

A Stratocaster e Van Halen

#25 – Allan Holdsworth – In the Dead of Night (1978)

Porque é importante: ” Como Bill Bruford descreveu, este solo era 94 segundos de pura paixão combinada com uma fluência técnica ofuscante que devem ficar registrados para sempre na história da guitarra rock. Todas as qualidades do brilhante estilo de Holdsworth encontram-se neste solo: equilíbrio, ritmo, melodias, saltos de intervalos à la Slonimsky, alavanca… e tudo isto sobre um groove matador” (Guitar Player)

Ibanez  e Allan Holdsworth

#26 – Mark Knopfler – Sultans of Swing (1978)

Porque é importante: “Quando Knopfler lançou esta obra prima, tocada com técnica de dedilhado e utilização de dois captadores, ele mostrou a guitarristas que distorção e palheta não eram necessários para fazer rock. Usando os captadores do meio e da ponte de uma Strato, um Fender Twin Reverb e um Roland JC-120, Knopfler executou solos hábeis e exuberantes que faziam referência a Chet atkins, com notas estaladas, bends melodiosos e arpejos instigantes. O timbre de Knopfler influenciou o som limpo de guitarra dos 20 anos seguintes. Quando as pessoas falam de um “timbre fora de fase” de Strato, estão falando desta música” (Guitar Player)

A Stratocaster ede Mark Knopfler e o Dire Straits

#27 –Michael Schenker– Rock Bottom (1979)

Porque é importante: ” Os anos 70 foram ótimos para álbuns ao vivo, com clássicos de Peter Frampton, Thin Lizzy e Ted Nugent, mas um dos solos mais memoráveis está em um LP duplo do UFO, cortesia de Michael Schenker. O extenso solo de Rock Bottom contém o melhor do guitarrista alemão: melodia, dinâmica, timbre arrasador e muito feeling. Esse solo fascinou roqueiros ao rdor do mundo, incluindo George Lynch, Vinnie Moore, Akira Takasaki e Kirk Hammett” (Guitar Player)

Michael schenker e sua Guitarra

Dicas: Músicas do Espinhaço

Músicos:

Bernardo Puhler: Bernardo Puhler é a pedra fundamental do projeto Músicas do Espinhaço. Este cantor, multinstrumentista e fotógrafo mineiro assina a maioria das canções do grupo e tem relação tão profunda com a Serra do Espinhaço que alguns lhe apelidaram do próprio nome da serra. Antes de formar o projeto em questão Bernardo estudou brevemente piano no conservatório da UFMG, harmonia com Clóvis Aguiar e tocou repertório de música popular brasileira em diversas casas da noite belo horizontina. Bernardo canta, toca violão, piano e flauta transversal nas gravações.

Eloy D´Paula: Formado em baixo acústico pela Universidade Federal de Minas Gerais Eloy D´Paula é um músico de sofisticação apurada. Em seu currículo constam apresentações em festivais de jazz na França, Itália e América do Sul. No Músicas do Espinhaço ele responde pela integração entre o corpo percussivo e a harmonia. Acompanha também o músico Jorge Bonfá, vencedor do prêmio BDMG instrumental em 2008.

Gustavo Campos : Bernardo convidou Gustavo Campos para uma travessia de 4 dias pelas montanhas do alto Jequitinhonha. Entre Felício dos Santos e o Parque Estadual do Rio Preto se deu a iniciação deste antropólogo no Músicas do Espinhaço. Gustavo é percussionista com experiências valiosas adquiridas em oficinas e workshops com alguns dos mais importantes músicos do Brasil como Marcos Suzano e Djalma Corrêa. Também deve seu aprendizado aos percussionistas mineiros Bruno Santos e Mateus Bahiense, às manifestações da cultura popular e aos grupos dos quais fez e faz parte. Dentre eles estão as bandas Veredas e Preto Serenata além da Roda de Djembes, grupo de estudos dedicado à musicalidade africana.

Matheus Félix: Violinista e bandolinista Matheus Félix é conhecido pelo diversificado universo musical que transita em Minas. Formado pela UEMG no curso de Bacharelado em violino, Félix acompanha o Músicas do Espinhaço desde o início de 2010 tendo participado das gravações de “Espinhaço III” e “Pedra do Elefante” no livroCD “O Encontro das Cordilheiras”. Além do trabalho com o grupo possui o duo com Rodrigo Lana (Banda Diapasão) e o Quarteto 16 Cordas. Também é regente, professor de violino e bandolim em projetos, escolas de música e particular.

Rafael Furst: Bateria, percussões, violoncello, violão, baixo e canto são alguns dos instrumentos que esse músico se habilita durante as apresentações do Músicas do Espinhaço. Rafa é um pulso de intensidade rítmica e esta força está também presente em seu trabalho como fotógrafo profissional. Passou muitos anos se apresentando em bares de belo horizonte onde no início de 2001 conheceu Bernardo Puhler. De lá pra cá é o parceiro mais freqüente deste, tendo assinado com ele diversas canções.

Conheça outros músicos ligados ao projeto:

Uma amostrinha da boa música destes artistas:

Mais dos Músicos do Espinhaço : No BlogRaras Músicas ou no site dos artistas: Músicos do Espinhaço que estão agora lançando seu terceiro CD Jardim do Mundo

Memórias: Rádio Cultura AM 830 – Belo Horizonte

Outro dia, aqui no Vitrola falamos da Rádio Mundial e do Big Boy. Contamos como era difícil sintonizar a Mundial depois da meia-noite, cheia de chiados, só para escutar os últimos lançamentos nacionais e internacionais. Mas nós, aqui em BH, tínhamos uma alternativa – a Rádio Cultura, sintonizada em claríssima ondas médias (AM) 830 Khz. Era nela que ouvíamos outra vez, e conferíamos  os lançamentos que tinhamos mal escutado na Mundial.

A Cultura era uma mania de todos jovens, aqui em BH

Um dos programas mais esperados era o “CASH BOX” , de 14 às 17hs de segunda às sextas e que aos domingos, que tocava todo o Top 100 da parada de singles da Billboard. O locutor era  o Jorge Márcio e seu bordão : ” Seu rádio tá pegando fogo bicho?”   A música  tema do programa se chama Heya e quem canta é J. J. Light, um índio navajo que era baixista no Sir Douglas Quintet e gravou a música em 1969, com a participação de Jim Gordon, Early Palmer, Joe Osbourne e Larry Knechtel, além do guitarista Ron Morgan e Gary Rowles.

Relembre:

O outro locutor famoso na rádio era o Oliveira Rangel que falava: -Cuuullturaaa… enquanto tocava a música. Inesquecível! O programa mais conhecido do Oliveira Rangel era programa  que ia ao ar nos sábados e chamava-se :”CULTURA, BACK GROUND”

Outro grande sucesso da Cultura era o programa que começava diaramente às 22:00 e terminava às 00:oo  – chamava-se “Cultura Ritmos da noite”, era apresentado pelo Jorge Márcio,só tocava Rock e a vinheta de abertura era a seguinte música:

MÁRCIO SEIXAS

A terceira voz famosa da Rádio Cultura era a de Márcio Seixas, muito conhecida no Brasil, por que durante muito tempo foi o anunciante dos episódios das séries dubladas na Herbert Richers. Márcio ministra cursos de locução e leitura livre no Rio de Janeiro com turmas especiais para interessados vindos de outros estados do Brasil. É conhecido por dublar Raúl Juliá e Morgan Freeman na maioria de seus filmes. A última notícia que tive de Jorge Márcio foi triste, e falava de sua morte, em consequência de um tiro recebido. Do Oliveira Rangel não tenho notícias.

A Rádio Cultura lançou discos de vinil com músicas de sua programação, mas não tenho informações sobre suas faixas

Infelizmente, a Rádio foi comprada em 2004, pela Igreja Católica e hoje transmite apenas programas religiosos. É os bons tempos se foram.

Quer escutar rock no rádio hoje ? Desista ! Mesmo nos EUA várias rádios especializadas no velho e bom rock’n roll fecharam nos últimos anos…Voltaremos ao assunto em breve.

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