Crítica: John Fogerty em BH

Voltei! Sim, depois de muito tempo mas voltei! Essa vida de mestranda, nutricionista (e durante uma semana dona de casa) me tomou bastante tempo nos últimos meses, mas eu tinha que voltar para dar minha opinião sobre o primeiro grande show internacional em BH neste ano: John Fogerty!

Apesar de ter se apresentado no Marista Hall e esgotado os ingressos (porque eu acho mesmo que ele merecia um local maior, mas mineirinho, realmente ninguém merece…) o eterno roqueiro fez jus a fama, tanto da carreira solo, mas principalmente (e inesquecívelmente) dos tempos de Creedence Clearwater Revival.

Vamos começar com as impressões: primeiro as minhas excelentíssimas e animadas companhias, o casal Natália Mazoni (pode dar uma olhada no blog Aqui em Casa Toca), e Tomaz de Alvarenga (colunista do Contratempo no site da Uai) e meu namorado Nelson Fonseca (que não tem blog mas é chique mesmo assim!) foram essenciais: muito grito, muita dança, muito air guitar e muito rock. A platéia estava sensacional. Eu não sei como descrever mas me agrada muito ver cinquentões, que cresceram ouvindo Creedence, junto com jovens que aprenderam a amar a boa música. Era um mix de nostalgia e energia jovem, capaz de contagiar até aqueles que não conheciam muito da história do “jovem” roqueiro que se apresentava no palco aquela noite.

Embalado por vários HITS, John levou a platéia, e não a perdeu nem nas músicas da carreira solo. Me perdoem mas a memória falha, e eu não consigo lembrar a sequência correta das músicas, mas posso afirmar que ele mesclou sucessos e hits não tão conhecidos. Começou com “Hey Tonight”, levando a platéia a loucura (e me deixando admirada com tamanha simpatia). No final de cada música podiamos ouvir um “God bless you, I love you!” que, apesar de repetitivo, soou verdadeiro. Confesso que o ponto mais esperado da noite (ao menos por mim) era “I Heard It Through The Grapevine”, aquele baixo sedutor e a guitarra inconfundível, porém ela foi minha maior decepção…começou no intervalo entre duas músicas, sem o devido destaque ao baixo (que pra mim é o melhor da música) e sem a devida animação de John…ficou parecendo que ela não é mesmo uma das suas favoritas. Aliás, falando em baixo, deixe-me reforçar o que eu disse à Natália durante o show, e ao meu pai, logo após do show: não existe composições mais perfeitas para um baixista do que as composições do Creedence. O baixo se destaca entre os outros instrumentos e, sendo assim, qualquer baixista mediano pode ter seu momento de destaque (o que NUNCA, deixo bem claro, desmereceria Stu Cook, em destaque no Creedence).
Hey Tonight:

I Heard It Through The Grapevine:

Outros bons momentos foram “Who’ll Stop The Rain”, “Have You Ever Seen The Rain” (levando todos a loucura), “Proud Mary”, “Fortunate Son” e, acredite, “Pretty Woman” e “Blue Suede Shoes”, tocado no último bis.

Na minha opinião ficou faltando “Susie Q”. O público pediu insistentemente. Mas pediu tanto que ele voltou, para um segundo bis não programado, mas não tocou, decepcionando (ou até agradando) com “Blue Suede Shoes”. Mas tudo bem. O importante no final foi saber que pude participar de mais um show histórico, de uma lenda do Rock, na minha humilde cidade, que parece que tá virando point pros melhores shows internacionais.

Pra finalizar, um pouquinho de Fortunate Son:

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