Favoritos dos Sousa : Salif Keita

A Marina comentou comigo, que na música “A Primeira Vista” , de Chico Cesar ele cita um cantor africano que ela não conhecia, no verso:

” … Quando chegou carta, abri
Quando ouvi Salif Keita, dancei
Quando o olho brilhou, entendi
Quando criei asas, voei…”

É um bom motivo para ressuscitarmos os “Favoritos dos Sousa”

Salif Keita


Salif Keita, nascido em 1949 em Djoliba, Maii,  é às  muitas vezes chamado de ” A voz dourada de África” . Ele é um descendente direto de Sundiata Keita, o rei guerreiro mandinga que fundou o Império do Mali no século 13.Nascido albino – um sinal de má sorte – Keita foi rejeitado  e condenado ao ostracismo por sua família e também por sua comunidade , além disto tinha  baixa acuidade visual,  o que também contribuiu para o seu processo de alienação.

Em 1967 mudou-se para Bamako, onde começou a tocar em casas noturnas com um de seus irmãos. Dois anos mais tarde juntou-se o a uma banda de 16 membros,  patrocinada pelo governo , a “Rail Band” ,  que tocava no Hotel da estação ferroviária Bamako Buffet Hotel de la Gare – no que se tornou um show muito popular na época.

Em 1973 ele deixou a banda junto com  Kante Manfila (guitarrista, compositor e líder da banda) para se juntar a Les Ambassadeurs.  A partir de 1977, sua reputação que ultrapassou as fronteiras do Mali;  foi então condecorado com a Ordem Nacional da Guiné pelo presidente Ahmed Sékou Touré, em contrapartida, Keita  compôs “Mandjou” , contando a história do povo do Mali e louvando Sekou Toure. Esta linda canção apresenta as características sonoras típicas de Keita, apresentando  guitarra, órgão e saxofone.

Devido ao aumento da instabilidade política, Keita deixou Mali, em meados dos anos 70 para Abidjan, capital da Côte d’Ivoire (Costa do Marfim), os outros membros da banda seguiram o exemplo e eles mudaram o nome da banda para Les Ambassadeurs Internationales .Em 1984 Keita mudou-se para Paris a fim de alcançar um público mais vasto,, onde se juntou a outras estrelas africanas como Mory Kante, Toure Kunda, Tabu Ley Rochereau, Ray Lema, Papa Wemba e Manu Dibango, entre muitos outros.  Ele vive hoje no bairro de Montreuil em Paris, junto com outros 15.000 malianos . Afican Music Encyclopedia

 DISCOGRAFIA:

  • Seydou Bathili– 1982
  • Soro – 1987 – Mango
  • Ko-Yan – 1989 – Mango
  • Amen – 1991 – Mango
  • Destiny of a Noble Outcast – 1991 – PolyGram
  • 69-80 – 1994 – Sonodisc
  • Folon – 1995 – Mango
  • Rail Band – 1996 – Melodie
  • Seydou Bathili – 1997 – Sonodisc
  • Papa – 1999 – Blue Note
  • Mama – 2000 – Capitol
  • The Best of Salif Keita – 2001 – Wrasse Records
  • Sosie – 2001 – Mellemfolkeligt
  • Moffou – 2002 – Universal Jazz France
  • The Best of the Early Years – 2002 – Wrasse Records
  • Remixes from Moffou – 2004 – Universal Jazz France
  • M’Bemba – 2005 – Universal Jazz France
  • The Lost Album – 2006 – Cantos
  • La Différence – 2009 – Emarcy
  • Anthology – 2011 – Universal

Na Hora de Dormir# 2

Nestes dias, aqui em BH nós estamos pensando o tempo todo no Cruzeiro x Atlético de Domingo, quando será decidido o nosso ” Campeonato Rural (Mineiro)” , que não tem a menor importância, EXCETO, para nós cruzeirenses se o Atlético ganhar, ou vice-versa. A cidade é bastante dividida entre estas duas torcidas e a rivalidade é enorme. É com esta situação que brinca Vander Lee, neste delicioso sambinha. E boa noite !

Crítica: John Fogerty em BH

Voltei! Sim, depois de muito tempo mas voltei! Essa vida de mestranda, nutricionista (e durante uma semana dona de casa) me tomou bastante tempo nos últimos meses, mas eu tinha que voltar para dar minha opinião sobre o primeiro grande show internacional em BH neste ano: John Fogerty!

Apesar de ter se apresentado no Marista Hall e esgotado os ingressos (porque eu acho mesmo que ele merecia um local maior, mas mineirinho, realmente ninguém merece…) o eterno roqueiro fez jus a fama, tanto da carreira solo, mas principalmente (e inesquecívelmente) dos tempos de Creedence Clearwater Revival.

Vamos começar com as impressões: primeiro as minhas excelentíssimas e animadas companhias, o casal Natália Mazoni (pode dar uma olhada no blog Aqui em Casa Toca), e Tomaz de Alvarenga (colunista do Contratempo no site da Uai) e meu namorado Nelson Fonseca (que não tem blog mas é chique mesmo assim!) foram essenciais: muito grito, muita dança, muito air guitar e muito rock. A platéia estava sensacional. Eu não sei como descrever mas me agrada muito ver cinquentões, que cresceram ouvindo Creedence, junto com jovens que aprenderam a amar a boa música. Era um mix de nostalgia e energia jovem, capaz de contagiar até aqueles que não conheciam muito da história do “jovem” roqueiro que se apresentava no palco aquela noite.

Embalado por vários HITS, John levou a platéia, e não a perdeu nem nas músicas da carreira solo. Me perdoem mas a memória falha, e eu não consigo lembrar a sequência correta das músicas, mas posso afirmar que ele mesclou sucessos e hits não tão conhecidos. Começou com “Hey Tonight”, levando a platéia a loucura (e me deixando admirada com tamanha simpatia). No final de cada música podiamos ouvir um “God bless you, I love you!” que, apesar de repetitivo, soou verdadeiro. Confesso que o ponto mais esperado da noite (ao menos por mim) era “I Heard It Through The Grapevine”, aquele baixo sedutor e a guitarra inconfundível, porém ela foi minha maior decepção…começou no intervalo entre duas músicas, sem o devido destaque ao baixo (que pra mim é o melhor da música) e sem a devida animação de John…ficou parecendo que ela não é mesmo uma das suas favoritas. Aliás, falando em baixo, deixe-me reforçar o que eu disse à Natália durante o show, e ao meu pai, logo após do show: não existe composições mais perfeitas para um baixista do que as composições do Creedence. O baixo se destaca entre os outros instrumentos e, sendo assim, qualquer baixista mediano pode ter seu momento de destaque (o que NUNCA, deixo bem claro, desmereceria Stu Cook, em destaque no Creedence).
Hey Tonight:

I Heard It Through The Grapevine:

Outros bons momentos foram “Who’ll Stop The Rain”, “Have You Ever Seen The Rain” (levando todos a loucura), “Proud Mary”, “Fortunate Son” e, acredite, “Pretty Woman” e “Blue Suede Shoes”, tocado no último bis.

Na minha opinião ficou faltando “Susie Q”. O público pediu insistentemente. Mas pediu tanto que ele voltou, para um segundo bis não programado, mas não tocou, decepcionando (ou até agradando) com “Blue Suede Shoes”. Mas tudo bem. O importante no final foi saber que pude participar de mais um show histórico, de uma lenda do Rock, na minha humilde cidade, que parece que tá virando point pros melhores shows internacionais.

Pra finalizar, um pouquinho de Fortunate Son:

Lançamento: Stevie Nicks: In Your Dreams

O Vitrola dos Sousa tem uma nova dica – olha quem está de volta: Stevie Nicks, (Stephanie Lynn Nicks), (Phoenix, Estados Unidos, 26 de maio de 1948) é uma cantora e compositora norte-americana, mais conhecida como cantora da banda Fleetwood Mac.

Seu novo CD, o primeiro em 10 anos é “In Your Dreams” , que tem impressionado muito bem a crítica americana. O Vitrola foi conferir e gostou. É muito bom voltar a ouvir Stevie Nicks  cantando bem como antigamente:

E para matar a saudade, num sucesso antigo…

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