Crítica Show: Backstreet Boys em BH


Uma das missões do Vitrola é relatar e fazer a nossa crítica dos shows que presenciamos (tanto em BH quanto em qualquer lugar no mundo). Nesta última quarta feira BH recebeu mais uma banda internacional (aliás, agora voltamos definitivamente para a rota internacional de shows: só ano passado assisti pelo menos 5 shows internacionais na minha querida cidade), Backstreet Boys.

Com certeza vou ouvir “que absurdo você falar disto”, “isto não é música”, “que vergonha”, mas lembrem-se, o vitrola prega a diversidade, e ninguém aqui está falando de qualidade musical (porque eu concordo que são musiquinhas bobas) mas todos devem reconhecer que uma banda que tem uma de suas músicas como a nº3 mais tocada na década de 90 merece respeito. Eu vou tentar focar no show como um evento musical e deixar meu lado fã de 14 anos de idade de lado (mas assumo, vai ser difícil!)

Para nós, meninas nascidas na década de 80, adolescentes fervorosas na década de 90, não há nada que represente mais o nosso gosto musical do que as famosas boy bands. Não era legal ouvir rock, ser alternativo ou emo, o negócio era ver belos garotos de 20 anos dançando e cantando músicas que falavam diretamente com os nossos sentimentos (elevando a baranguice que envolvia os nossos dramas sentimentais), afinal, que adolescente nunca sofreu por amor? E estes meninos falavam (e entendiam) exatamente isto.

Para as mais de 3 mil meninas (de faixa etária >20 anos) que se encontravam no Chevrolet Hall no dia 23/02/11 o sonho de reencontrar seus ídolos foi realizado. Os Backstreet Boys foram o maior ícone deste estilo musical na década de 90, e eles estavam de volta. Um pouco mais gordos (com exceção de Brian Littrell cada ano mais magro), um pouco mais velhos, alguns casados, outros ainda solteiros para alegria das garotas.

A entrada, surpreendente ao meu ver, fez com que o Chevrolet Hall fosse a delírio. Apresentados pelo fofíssimo filho do B-Rok, ou Brian Littrell, o pequeno chamou ao palco “AJ, Howie, Nick e o meu papai” que se apresentaram atravessando o telão que transmitia um vídeo dos 4 correndo em direção ao público. Digno de efeitos especiais, digno de Backstreet Boys. Neste momento o calor infernal deu lugar a uma histeria generalizada. Mulheres com faixas com o nome da banda na testa, cartazes com recados de amor, ursinhos de pelúcia para serem lançados ao palco, todas elas gritaram e dançaram ao som de “Everybody”. Claro, não havia música mais ideal, afinal “backstreet’s back”, e finalmente em BH.

Os 4 mostraram que não perderam o pique, entre coreografias e canções também oscilavam entre trocas de roupas e vídeos para entreter a platéia (os vídeos incluiam montagens dos cantores em filmes como Velozes e Furiosos, Encantada, Clube da Luta e Matrix). Para as fãs antigas (e eu me incluo nessas) não houve decepção: ouviu-se um medley de “Quit playing games (With my Heart” e “As long as you love me”, além de versões completas de “All I Have to Give” e “I’ll Never Break Your Heart” (particularmente uma de minhas favoritas) além de explorar alguns outros sucessos como “We’ve got it going on”, “Show me the Meaning of Being Lonely”, “More than That” e “Incomplete”. Para “Larger than Life” os garotos (mais homens do que garotos) retornaram ao palco uniformizados com roupas robóticas, assim como no clipe da música, e foram fieis a coreografia.
Em “Shape of My Heart” tanto Brian quanto Nick desceram do palco para agradar aos fãs, correndo o risco de não voltar ao palco por tamanha histeria. Howie, o latin lover, abusou de seu português macarrônico e mantinha contato frequente com as fãs, assim como Brian, que apesar de não arriscar o português, conversava com o público e mandava mensagens de carinho. AJ e Nick foram mais imparciais, porém não deixaram a desejar nas apresentações.

Para finalizar o bis com a mais pedida “I Want It That Way”, que foi cantada em coro por todos os presentes, e “Straight Through My Heart”. Depois agradeceram e prometeram voltar e sairam do palco da mesma maneira que entraram, atravessando a tela de vídeo. Para as fãs da década de 90 o final tinha cara de adeus e de missão cumprida, uma dívida paga com a adolescência que admirava os jovens ídolos; para as novas fãs ficou a imagem dos garotos que cresceram mas que ainda tem pique para levar consigo uma legião de fãs por mais alguns anos. Para mim e para Gabi Sousa (minha companheira fiel de BSB) ficou o gostinho de quero mais, de nostalgia e de satisfação, e a certeza de que mesmo sem qualidade vocal e musical os BSB vão sempre ter algum espacinho, mesmo que mínimo, nas nossas canções favoritas…

Para fechar o post segue um vídeo com a famosa entrada tocando Everybody. Bom proveito! Peço desculpas já porque o vídeo é tremido, mas dá pra entender a emoção….

2 comentários em “Crítica Show: Backstreet Boys em BH

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  1. Foi lindo!!!
    Deu vontade de resgatar os posters que vinham na revista Caprico e colar na parede do quarto!!!
    Nem aquele calor infernal no Chevrolet conseguiu atrapalhar essa volta à adolescência!!! Pra mim foi perfeito!!!
    Me aventurei bem lá na frente (o máximo q a multidão permitiu!!!)! Cantei todos os hits do início ao fim!!! E saí de lá feliz da vida por ter visto ídolos em BH!!!
    Quando a gente gosta de determinado artista, banda, etc, eles tem sim qualidade vocal e musical, e não há que prove o contrário!!!!

    Confesso que meu BSB preferido sempre foi o Kevin, mas Brian ocupou seu lugar após o show!!! Coisa mais fofa!!! Queria ser aquele microfone com pedestal pra ele dançar comigo!!! Baranguice Mode On hahahaha!!!

    Deixo aqui, o que foi pra mim o ponto alto do show!!!!

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  2. Bom, sem dúvida da safra Menudos, eles são de longe os melhores, e tem até uma ou outra musica interessante.
    Já o show, acho que quase qualquer show ao vivo vale ser visto. É uma emoção completamente diferente.
    Valeu pelo post, pois o que mais gosto aqui é a diversidade de idéias!
    []Paulo

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