Esta Noite se Improvisa #6 (Resultado)

Tivemos cinco acertadores nesta edição.

Paulo Souza voltou a fazer 100 pts ao enviar  ” O verme e a estrela” com Adriana Calcanhoto.

“Agora sabes que sou verme
Agora, sei da tua luz
Se não notei minha epiderme…
E, nunca estrela eu te supus
Mas, se cantar pudesse um verme
Eu cantaria a tua luz!…”

O segundo, com 50 pontos, é um estreante no nosso Ranking – ZéNerson com ” Verme”  – Garotos Podres:

“Eu sou o verme
Que vai te comer
No seu caixão,
Espero que sua carne
Seja bem macia
Pra mim não ter
Nenhuma azia!…”

A Lígia Passos foi a terceira com “Fátima” – Capital Inicial

“E as ameaças de ataque nuclear
Bombas de nêutrons não foi Deus quem fez
Alguém um dia vai se vingar
Vocês são vermes, pensam que são reis
Nã quero ser como vocês
Eu não preciso mais
Eu já sei o que eu tenho que saber
E agora tanto faz ”

Ainda enviaram suas respostas, no entanto sem pontuar:

Marina Sousa com  “Decididamente” – Vinícius de Moraes

“Quando você está mesmo sem sorte
Nem a vida e nem a morte
Querem nada de saber de você, não
Você pode estar morto, defunto
E vêm os vermes todos juntos
Lhe pedir pra não seguir a refeição”

E por fim a Gabriela Sousa com o mesmo palpite do Blog, “Flores Astrais” de João Ricardo e João Apolinário

“Um grito de estrelas vem do infinito
E um bando de luz repete o grito
Todas as cores e outras mais
Procriam flores astrais
O verme passeia na lua cheia…”

Nosso Placar agora:

  1. Paulo Souza 475 pts
  2. Lígia Matos 300 pts
  3. Natália M. 100 pt (+1 acerto)
  4. ZéNerson e J.Pedro 50 pts
  5. Marina Sousa (+2 acertos)
  6. Gabriela Sousa (+2 acertos)

E só faltam quatro palavras – aguardem.

História: ‘Paêbirú’, o disco mais caro do Brasil

 

Mais uma história interessante da MPB.

O texto abaixo é de Idelber do Blog : O Biscoito Fino e a Massa(leia no original) e que eu peço “emprestado”

“Em 1973, o paraibano Zé Ramalho estava cansado de animar bailes em bandas de iê-iê-iê de João Pessoa e Campina Grande. O pintor Raul Córdula lhe avisou que no Recife havia um pessoal diferente, conhecido pela alcunha de udigrudi pernambucano. Foi pra lá. O guru era Lula Côrtes, um hiperativo que dividia seu tempo entre o desenho e o seu inseparável (e legendário) tricórdio.

Este disco não foi a estréia de Zé. Ele havia entrado no estúdio em 1973 para participar de uma maluquice coletiva chamada Marconi Notaro no Sub Reino dos Metazoários. Lula Côrtes se firmara como líder da turma durante a I Feira Experimental de Música do Nordeste (11/11/1972), também conhecida como Woodstock cabra da peste.

“O ácido era distribuído ao público, cerca de duas mil pessoas, dissolvido num balde com K-suco”, testemunhou depois Marco Polo, futuro membro da Tamarineira Village, numa entrevista ao jornalista pernambucano José Telles (autor de Do Frevo ao Manguebeat, Editora 34).

No início de 1974 Zé foi apresentado a Lula, que vivia com a namorada Kátia Mesel no então distante subúrbio de Casa Forte (que virou bairro nobre do Recife). Lula lhe falou da Pedra do Ingá e da idéia de fazer um disco inspirado no sítio arqueológico de Ingá do Bacamarte. O disco foi feito em 1975 no estúdio da Rozenblit (empresa fundamental para a história da música pernambucana) e lançado imediatamente. Mas na terrível enchente de julho daquele ano no Recife, as águas do Capibaribe invadiram a fábrica e destruíram praticamente toda a prensagem do disco, com a exceção de 300 cópias que haviam sido levadas para a casa de Lula e Kátia.Dessas 300 cópias nasceu o mito, que é tão incrível que há gente que não acredita.

Hoje é possível encontrá-lo em CD, lançado pela Shadoks, um obscuro selo alemão. Aí no Brasil o disco sai por um preço bem salgado: alguém oferece um exemplar do CD no Mercado Livre por 120 mangos. No site da CliqueMusic é possível ouvir os primeiros 30 segundos de cada faixa. E também está disponível por aí na rede, claro, para quem tem as manhas. Quem sabe você possa achá-lo no Blog parceiro Raras Músicas ?

Hoje, o vinil original de “Paêbirú” é o álbum mais caro da música brasileira, atualmente avaliado em mais de R$ 4 mil. O LP desbanca, inclusive, o disco “Louco por Você”, de Roberto Carlos, avaliado na metade do preço.

Cada lado do LP tem um conceito: fogo, ar, terra e água. Cada um tem uma sonoridade. Fogo é mais roqueiro, ar é mais etéreo…Água tem homenagem a Iemanjá… (O Globo)

Agora esta história pode ser conferida no documentário ” Nas paredes da pedra encantada” de Cristiano Bastos e Leonardo Bonfim.  O documentário investiga a história do disco, que é tido como o fundador da psicodelia brasileira, misturada com elementos da cultura indígena. O filme traz entrevistas com Lula Côrtes, Alceu Valença, Raul Córdula e a cineasta KátiaMesel.  É isto. Vamos esperar para ver se algum cineclube exibe ou documentário ou quem sabe ele seja lançado em DVD…

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